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A Maldição do Sanguanel

Felipe M. Guerra e Carlos Barbosa (RS), 72 min, 2014
A Maldição do Sanguanel
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Enquanto Faço as Unhas

Cristiano Requião, Rio de Janeiro (RJ), 28 min, 2010
Enquanto Faço as Unhas
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Pé de Cabra

Milton dos Santos Jr.
Pé de Cabra
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Superamigos, o Dia dos Dinossauros

Valter Santos, Taubaté (SP), 9 min, 2012
Superamigos, o Dia dos Dinossauros
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Vai que É Tua, Tafarinha

George Augusto, Manaus (AM), 5 min, 2015
Vai que É Tua, Tafarinha
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Tropa Zumbite 6, Bem-Vindos à Covacabana

Michel Klafke, Rio de Janeiro (RJ), 22 min, 2014
Tropa Zumbite 6, Bem-Vindos à Covacabana
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O Estripador da Rua Augusta

Geisla Fernandes e Felipe Guerra, São Paulo (SP), 19 min, 2014
O Estripador da Rua Augusta
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Mandala Night Club

Lula Magalhães, Recife (PE), 32 min, 2014
Mandala Night Club
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Malpassado

Julio Wong, São Paulo (SP), 20 min
Malpassado
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Carniçal

Rubens Mello, Guarulhos (SP), 15 min, 2015
Carniçal
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Judas

Joel Caetano, São Paulo (SP), 10 min, 2014
Judas
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Os Últimos Dias de Papai Noel

Eduardo Aguilar, São Paulo (SP), 9 min, 2003
Os Últimos Dias de Papai Noel
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William Shakespeare’s Macbeth do Tocantins

Sérgio Ricardo Soares, Palmas (TO), 15 min, 2012
William Shakespeare’s Macbeth do Tocantins
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Sexta-Feira da Paixão

Ivo Costa, São Gonçalo do Bação (MG), 15 min, 2014
Sexta-Feira da Paixão
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Lembranças do Amanhã

Bruno Pereira, Manaus (AM), 6 min, 2012
Lembranças do Amanhã
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Degradação das Almas

Ismael Moura, Cuité (PB), 16 min, 2011
Degradação das Almas
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Tropa Zumbite 5, as Piratas do Cabide

Michel Klafke e Paulo Ballado, Rio de Janeiro (RJ), 14 min, 2014
Tropa Zumbite 5, as Piratas do Cabide
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Iandara

Vini Trash, Jacareí (SP), 72 min, 2013
Iandara
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Enigmas do Além

Igor Simões Alonso, Osasco (SP), 14 min, 2014
Enigmas do Além
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Aptidão

Sandro Debiazzi, Osasco (SP), 6 min, 2014
Aptidão
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Laboratório do Dr. Sepúlveda

Coffin Souza, Palmitos (SC), 8 min, 2015
Laboratório do Dr. Sepúlveda
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Sem Acordo

Marcus Barbosa, Salvador (BA), 40 min, 2014
Sem Acordo
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Abutres

Arlindo Filho, Presidente Prudente (SP), 50 min, 2013
Abutres
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No Rastro da Espoleta 3

Bonerges Guedes e Vinicius Guedes, Catolé do Rocha (PB), 20 min, 2013
No Rastro da Espoleta 3
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Zona Trash

Clauwelivan S. Rocha, Olho d’Água das Flores (AL), 100 min, 2014
Zona Trash
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Depois do Fim

Luciana Ramin, Gabriel Netto e Francesca Catricalá, Goiás (GO), 9 min, 2013
Depois do Fim
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Uma Feira Livre

Nivaldo Oliveira, Senhor do Bonfim (BA), 39 min, 2010
Uma Feira Livre
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Olhinhos

Lucas Mendes, São Paulo (SP), 15 min, 2014
Olhinhos
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Conflitos e Abismos – a Expressão da Condição Humana

Everlane Moraes, Aracaju (SE), 15 min, 2014
Conflitos e Abismos – a Expressão da Condição Humana
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Uma constelação de sotaques e gêneros


Pela sexta vez, o Itaú Cultural promove a Mostra Cinema de Bordas, que tem como função principal exibir filmes de baixíssimo orçamento feitos em cidades do interior ou na periferia dos principais centros de produção cinematográfica do país.


São longas, médias e curtas com características bastante específicas, ligadas às táticas do entretenimento e ao orçamento, que beira o precário. Os filmes de bordas, no entanto, sempre aproveitam e exploram ao máximo as próprias carências, alimentando-se da experiência trivial e da precariedade com que se realizam.


O recorte temático desta edição da mostra recai sobre a multiplicidade e a heterogeneidade de gêneros cinematográficos dos filmes de bordas. Nessas produções os gêneros são mais pautados pela experiência e pelo contato pessoal de cada realizador com os produtos cinematográficos e audiovisuais do que pela estrutura tradicional genérica. Por isso, cenas, personagens e situações parecem já vistas, sobretudo em filmes hollywoodianos. O diferencial está no toque periférico e no sotaque que marca cada região do Brasil.


Na mostra os espectadores podem assistir a faroestes que acontecem no planalto paulista ou em pleno sertão nordestino; filmes de ação passados em subúrbios e cidadezinhas do país; filmes que misturam fantasmas, fantasias e lendas de certas regiões brasileiras; ficção científica com peripécias à moda da casa; comédias escrachadas em feiras interioranas; melodramas e dramas shakespearianos toscamente rasgados; filmes do submundo com excesso precário de sangue e suor; heróis e heroínas de HQs deslocados; zumbis que vagueiam pela desertificada paisagem do Nordeste ou que pulam Carnaval em Copacabana. São histórias bizarras, engraçadas ou absurdas, que fazem as delícias de quem se atreve a delas gostar.


Alguns dos filmes de bordas aqui selecionados são quase invisíveis aos olhos do público. Uns nunca saíram do âmbito de seu círculo estreito de realização; outros já foram exibidos em festivais alternativos ou mostras quase sempre circunscritas a uma monotemática de gênero que, ao privilegiar determinado modelo, acaba por excluir os demais.


Os trabalhos têm como traço comum, no entanto, a vontade de ter um lugar ao sol no cinema. E seus realizadores estão acostumados a percorrer a via-crúcis dos poucos circuitos de exibição que se mostram receptivos e lhes abrem oportunidades, na luta para fazê-los vistos e reconhecidos.


A Mostra Cinema de Bordas inclui-se nas que partilham esse périplo e apresenta uma proposta carinhosamente inclusiva, passando ao largo de denominações dicotômicas – como aquela que põe de um lado o cinema de estúdio e de outro o cinema chamado de independente.


Os filmes de bordas não atendem e não servem senão a um propósito único: o desejo de fazer cinema. Um desejo que move e motiva, igualmente, cineastas amadores e profissionais, de todos os tipos, de todas as idades, de todos os estratos sociais, espalhados por todo o país.


Bernadette Lyra

curadora

 

Minibios


Bernadette Lyra é escritora e pesquisadora de cinema. Possui graduação em letras pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), mestrado em comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e doutorado em cinema pela Universidade de São Paulo (USP). Tem pós-doutorado pela Universidade René Descartes/Sorbonne (Paris V) e atualmente é professora titular da Universidade Anhembi Morumbi.


Gelson Santana é formado em comunicação social pela Universidade Federal Fluminense (UFF), mestre e doutor em ciências da comunicação pela Universidade de São Paulo. Atualmente é professor titular do mestrado em comunicação da Universidade Anhembi Morumbi. É curador das mostras de cinema de bordas do Itaú Cultural desde 2009.


Laura Loguercio Cánepa é jornalista e pesquisadora de cinema. Doutora em multimeios pela Unicamp e mestre em ciências da comunicação pela Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, é, atualmente, professora do mestrado em comunicação da Universidade Anhembi Morumbi e pós-doutoranda no Departamento de Cinema, Televisão e Rádio da ECA/USP. É curadora das mostras de cinema de bordas do Itaú Cultural desde 2011.

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quinta 25  a domingo 28 de junho 2015 | SP

quinta 25

18h | programa 1

[classificação indicativa 16 anos]

Conflitos e Abismos – a Expressão da Condição Humana, Everlane Moraes

Olhinhos, de Lucas Mendes

Uma Feira Livre, Nivaldo Oliveira

 

20h | programa 2

[classificação indicativa 14 anos]

Depois do Fim, de Luciana Ramin, Gabriel Netto e Francesca Catricalá

Zona Trash, Clauwelivan S. Rocha

 

sexta 26

18h | programa 3

[classificação indicativa 14 anos]

No Rastro da Espoleta 3, Bonerges Guedes e Vinicius Guedes

Abutres, Arlindo Filho

Sem Acordo, Marcus Barbosa

 

20h | programa 4

[classificação indicativa 16 anos]

Laboratório do Dr. Sepúlveda, Coffin Souza,

Aptidão, Sandro Debiazzi

Enigmas do Além, Igor Simões Alonso

Iandara, Vini Trash

 

sábado 27

18h | programa 5

[classificação indicativa 16 anos] 

Tropa Zumbite 5, as Piratas do Cabide, Michel Klafke e Paulo Ballado,

Degradação das Almas, Ismael Moura

Lembranças do Amanhã, Bruno Pereira

Sexta-Feira da Paixão, Ivo Costa

William Shakespeare’s Macbeth do Tocantins, Sérgio Ricardo Soares

Os Últimos Dias de Papai Noel, Eduardo Aguilar

Judas, Joel Caetano

  

20h | programa 6

[classificação indicativa 18 anos]

Carniçal, Rubens Mello

Malpassado, Julio Wong

Mandala Night Club, Lula Magalhães

O Estripador da Rua Augusta, de Geisla Fernandes e Felipe Guerra

 

domingo 28

17h | programa 7

[classificação indicativa 14 anos]

Tropa Zumbite 6, Bem-Vindos à Covacabana, Michel Klafke

Vai que É Tua, Tafarinha, George Augusto

Superamigos, o Dia dos Dinossauros, Valter Santos

Pé de Cabra, Milton dos Santos Jr.

 

19h | programa 8

[classificação indicativa 14 anos]

Enquanto Faço as Unhas, Cristiano Requião

A Maldição do Sanguanel, Felipe M. Guerra e Carlos Barbosa

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Zombio 2 – Chimarrão Zombies

Peter Baiestorff, Palmitos (SC), 2013, 90 min
Zombio 2 – Chimarrão Zombies
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Zazá: o Artista, o Mito

Marc Breton e Alfred Smith (Marcos Bertoni & Alfredo Suppia), São Paulo (SP), 2013, 25 min
Zazá: o Artista, o Mito
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Um de Nós Morre Hoje

Weiller Vilela e Gabriel de Almeida, Santos Dumont (MG), 2013, 17 min
Um de Nós Morre Hoje
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Tropa Zumbite 4 – A Última Cagada

Michel Anthony Klafke, Rio de Janeiro (RJ), 2013, 10 min
Tropa Zumbite 4 – A Última Cagada
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Tropa Zumbite 3 – Fuga de Copacabana

Michel Anthony Klafke, Rio de Janeiro (RJ), 2012, 11 min
Tropa Zumbite 3 – Fuga de Copacabana
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Tropa Zumbite 2 – Horror no Miguel Couto

Michel Anthony Klafke, Rio de Janeiro (RJ), 2012, 9 min
Tropa Zumbite 2 – Horror no Miguel Couto
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Tropa Zumbite – a Dengue Zumbi

Michel Anthony Klafke, Rio de Janeiro (RJ), 2012, 11 min
Tropa Zumbite – a Dengue Zumbi
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Tatúrula, a História de Lia

Rubens Mello, Guarulhos (SP), 2010, 13 min
Tatúrula, a História de Lia
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Roquí Son contra o Extermínio Ambiental

Renato Dib, Manaus (AM), 2013, 25 min
Roquí Son contra o Extermínio Ambiental
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O Sacrifício de Julia Fake

Gabriel Netto e Luciana Ramin, São Paulo (SP), 2012, 19 min
O Sacrifício de Julia Fake
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O Ninja do Gueto contra o Coronel Mané

Nerivaldo Ferreira e Herondi Souza, Rio Real (BA), 2013, 48 min
O Ninja do Gueto contra o Coronel Mané
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O Beijo na Morte

Magnum Borini e Renato Batarce, São Paulo (SP), 2012, 62 seg
O Beijo na Morte
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Nervo Craniano Zero

Paulo Biscaia Filho, Curitiba (PR), 2012, 90 min
Nervo Craniano Zero
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Na Sombra do Colt

Arlindo Filho, Presidente Prudente (SP), 2009, 71 min
Na Sombra do Colt
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Loreno contra o Espantalho Assassino

Manoel Loreno, Mantenópolis (ES), 1989, 60 min
Loreno contra o Espantalho Assassino
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Linguinha, the Killer

Mauricio Junior, Guarapari (ES), 2012, 31 min
Linguinha, the Killer
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Lambari

Márcio Soares, Caratinga (MG), 2011, 14 min
Lambari
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Kinólatras

Gustavo Serrate, Rodrigo Huagha e Tiago Belotti, Brasília (DF), 2012, 14 min
Kinólatras
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Expresso Terminal

Tony de Luc, Manaus (AM), 2006, 4 min
Expresso Terminal
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Entrei em Pânico ao Saber o que Vocês Fizeram na Sexta-Feira 13 do Verão Passado – Parte 2

Felipe M. Guerra, Carlos Barbosa (RS), 2011, 80 min
Entrei em Pânico ao Saber o que Vocês Fizeram na Sexta-Feira 13 do Verão Passado – Parte 2
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Encosto

Joel Caetano, São Paulo (SP), 2013, 7 min
Encosto
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Dizem que os Cães Veem Coisas

Guto Parente, Fortaleza (CE), 2012, 12 min
Dizem que os Cães Veem Coisas
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Desalmados: um Filme de Humor Negro Romântico

Geisla Fernandes, São Paulo (SP), 2012, 14 min
Desalmados: um Filme de Humor Negro Romântico
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Contágio

Rafael Nani, São Paulo (SP), 2011, 8 min
Contágio
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Capitão Márvel 2 – a Maldição de Adão Negro

Valter N. Santos, São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ), 2009-2012, 31 min
Capitão Márvel 2 – a Maldição de Adão Negro
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Black Power Jones

Igor Simões, Osasco (SP), 2013, 25 min
Black Power Jones
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A Testemunha

Milton Santos Jr., São Bernardo (SP), 2013, 45 min
A Testemunha
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A Coveira das Almas

Sandro Debiazzi, São Paulo (SP), 2012, 19 min
A Coveira das Almas
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O cinema é como o deus Janus. Ele é um só. Mas tem dupla face. De um lado fica a arte de narrar com imagens, sons e movimento; de outro, a indústria de filmes. E talvez seja por esse motivo que as denominações se multiplicam. E nunca se explicam. Mesmo quando uma dessas faces predomina, aparecem variantes. Assim é que na contramão do chamado cinema comercial e narrativo surgem termos diversos: cinema-poesia, cinema de arte, de vanguarda, marginal, independente...
 
Todos esses nomes designam realidades heteróclitas e permitem ambiguidades. Por essa razão, optamos pelo termo cinema de bordas, que parece envolver o cinema como um todo e estar menos comprometido com apenas uma das suas faces, pois conjuga as mesmas características duplas antes citadas. O material usado para contar histórias é o mesmo. A condição de indústria produtiva é a mesma. Portanto, o cinema de bordas é tão cinema como qualquer outro. E é cinema o que os cineastas de bordas fazem com seus filmes. Só que de outra maneira – uma maneira que diz respeito às trocas que existem entre os indivíduos envolvidos nas produções, suas formações cinéfilas e o ambiente geográfico, social e cultural em que eles vivem.
 
Os filmes de bordas são realizados em decorrência do mais profundo desejo de fazer cinema. Mas isso não exclui, antes inclui, a penúria do orçamento, a falta de aparatos tecnológicos consistentes, a formação autodidata dos realizadores, o amadorismo dos atores e atrizes, as dificuldades locais. Assim é que a produção, a realização, a exibição e a distribuição dos filmes de bordas seguem um mapa de resoluções e acordos traçado sobre precariedades que são mais ou menos dribladas pela criatividade, inventividade e talento de cada um e de todos.
 
Prova disso são os filmes que integram esta mostra, que o Itaú Cultural generosamente faz chegar ao público pela quinta vez.
 
Garimpados em regiões rurais, cidadezinhas pequenas e arredores dos grandes centros, tais filmes revelam que um trabalho cinematográfico produtivo, persistente, regional e intenso continua a florescer, sob as condições mais precárias e inóspitas, nos lugares mais distantes e periféricos do país. O que nos faz crer, cada vez mais, que o cinema é livre e sem fronteiras, que nenhum cinema é melhor ou pior que outro e que todos têm o direito de fazê-lo.
 
Bernadette Lyra, Gelson Santana e Laura Cánepa
curadores

 
Bernadette Lyra é escritora e pesquisadora de cinema. Graduada em letras pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), é mestre em comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e doutora em cinema pela Universidade de São Paulo (USP), com pós-doutorado na Université René Descartes, Paris V, Sorbonne. Autora de livros e artigos sobre cinema e audiovisual, é professora do mestrado em comunicação na Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo.
 
Gelson Santana
é graduado em comunicação social/cinema pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e mestre e doutor em ciências da comunicação pela USP. Autor de artigos científicos, resenhas e capítulos de livros sobre cinema e audiovisual, é professor do mestrado em comunicação na Universidade Anhembi Morumbi.
 
Laura Cánepa é jornalista e pesquisadora de cinema. Mestre em ciências da comunicação pela USP e doutora em multimeios pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), é professora do mestrado em comunicação na Universidade Anhembi Morumbi e pós-doutoranda no Departamento de Cinema, Televisão e Rádio da Escola de Comunicações e Artes da USP.
 
Demais membros do grupo independente de pesquisa:
Alfredo Luiz Suppia, Lúcio dos Reis Piedade, Rogério Ferraraz, Rosana Lima Soares e Zuleika de Paula Bueno.
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quinta 20 a domingo 23 de junho 2013 | SP


quinta 20

18h programa 1
Tropa Zumbite – A Dengue Zumbi, de Michel Anthony Klafke
[indicado para maiores de 12 anos]

Contágio, de Rafael Nani
[indicado para maiores de 14 anos]

Lambari, de Márcio Soares
[livre para todos os públicos]

Capitão Márvel 2 – A Maldição de Adão Negro, de Valter N. Santos
[indicado para maiores de 10 anos]

Linguinha, the Killer, de Mauricio Junior
[indicado para maiores de 10 anos]

20h programa 2
O Beijo na Morte, de Magnum Borini e Renato Batarce
[livre para todos os públicos]

Nervo Craniano Zero, de Paulo Biscaia Filho
[indicado para maiores de 14 anos]


sexta 21

18h programa 3
Tropa Zumbite 2 – Horror no Miguel Couto, de Michel Anthony Klafke
[indicado para maiores de 12 anos]

A Coveira das Almas, de Sandro Debiazzi
[indicado para maiores de 14 anos]

Kinólatras, de Gustavo Serrate, Rodrigo Huagha e Tiago Belotti
[indicado para maiores de 12 anos]

O Ninja do Gueto Contra o Coronel Mané, de Nerivaldo Ferreira e Herondi Souza
[indicado para maiores de 10 anos]

20h programa 4
Black Power Jones, de Igor Simões
[indicado para maiores de 12 anos]

Desalmados: Um Filme de Humor Negro Romântico, de Geisla Fernandes
[indicado para maiores de 14 anos]

Loreno Contra o Espantalho Assassino, de Manoel Loreno
[indicado para maiores de 12 anos]


sábado 22

16h programa 5
Na Sombra do Colt, de Arlindo Filho
[indicado para maiores de 16 anos]

18h programa 6
Tropa Zumbite 3 – Fuga de Copacabana, de Michel Anthony Klafke
[indicado para maiores de 12 anos]

Zazá: o Artista, o Mito, de Marc Breton e Alfred Smith (Marcos Bertoni & Alfredo Suppia)
[indicado para maiores de 16 anos]

Roquí Son Contra o Extermínio Ambiental, de Renato Dib
[exibição em 3D]
[indicado para maiores de 14 anos]

20h programa 7
O Sacrifício de Julia Fake, de Gabriel Netto e Luciana Ramin
[livre para todos os públicos]

Entrei em Pânico ao Saber o que Vocês Fizeram na Sexta-Feira 13 do Verão Passado – Parte 2, de Felipe M. Guerra
[indicado para maiores de 16 anos]


domingo 23

16h programa 8
Tropa Zumbite 4 – A Última Cagada, de Michel Anthony Klafke
[indicado para maiores de 12 anos]

Um de Nós Morre Hoje, de Weiller Vilela e Gabriel de Almeida
[indicado para maiores de 14 anos]

Dizem Que os Cães Veem Coisas, de Guto Parente
[indicado para maiores de 12 anos]

Tatúrula, a História de Lia, de Rubens Mello
[indicado para maiores de 18 anos]

A Testemunha, de Milton Santos Jr.
[indicado para maiores de 12 anos]

18h programa 9
Encosto, de Joel Caetano
[indicado para maiores de 12 anos]

Expresso Terminal, de Tony de Luc
[indicado para maiores de 12 anos]

Zombio 2 – Chimarrão Zombies, de Peter Baiestorff
[indicado para maiores de 18 anos]


quinta 20 a sábado 22
[20 e 21 de junho, das 14h às 18h, e 22 de junho, das 14h às 20h]

Oficina Produzindo com Recurso Zero

Roteiro, pré-produção, captação de imagens e finalização. Todas as etapas de realização de um filme são abordadas durante os encontros, que têm como referência os trabalhos da produtora paulista Recursos Zero Produções – que, criada em 2001 pelos cineastas Joel Caetano, Mariana Zani e Danilo Baia, já lançou 15 curtas-metragens, alguns deles premiados em festivais como o Cinefantasy e o Montevideo Fantástico.

A ideia do curso é transmitir essa experiência aos participantes de forma teórica e, principalmente, prática – estimulando a criatividade dos alunos e mostrando que podemos fazer bons filmes com poucos recursos.

Como meta, a turma deve produzir pelo menos um curta – que será exibido no encerramento da mostra – ao longo da oficina.

20 vagas
[inscrições a partir do dia 6 de junho pelos fones 11 2168 1876 ou 11 2168 1779, de terça a sexta, das 10h às 18h]
[indicado para maiores de 18 anos, principalmente iniciantes ou estudantes de cinema e RTV]
[serão oferecidos certificados àqueles que tiverem 75% de presença]

 

 


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  • PROGRAMAÇÃO
  • I
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O Cabrabode

Milton Santos, 45 min, Cícero Dantas (BA), 2011
 O Cabrabode
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O Vagabundo Faixa Preta (1992) e O Show Variado (2010)

[realizador homenageado]
O Vagabundo Faixa Preta (1992) e O Show Variado (2010)
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Gringo Não Perdoa, Mata (1995) e Inferno no Gama (1993)

[realizadores homenageados]
Gringo Não Perdoa, Mata (1995) e Inferno no Gama (1993)
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Vermibus

Rubens Mello, 25 min, Guarulhos (SP), 2012
Vermibus
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Uma Vinchester Para Três Tumbas

Uma Vinchester Para Três Tumbas Arlindo Filho, 91 min, Presidente Prudente (SP), 2012
Uma Vinchester Para Três Tumbas
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Roqui Son Contra O Extermínio Ambiental

Renato Dib, 2 min, São Paulo (SP) e Manaus (AM), 2012
Roqui Son Contra O Extermínio Ambiental
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Onde Está Meu Rim?

Renato Dib, 1 min, Manaus (AM), 2010
Onde Está Meu Rim?
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Necrochorume

Geisla Fernandes, 17 min, São Paulo (SP), 2012
Necrochorume
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Morte e Morte de Johnny Zombie

Gabriel Carneiro, 14 min, São Paulo (SP), 2011
Morte e Morte de Johnny Zombie
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Mais Denso Que Sangue

Ian Abé, 15 min, Cabaceiras (PB), 2011
Mais Denso Que Sangue
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Lua Perversa 2

André Bozzetto Jr, 18 min, Pinhalzinho (SP), 2011
Lua Perversa 2
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Jerônimo, O Herói do Sertão

David Rangel, 32 min, Paty do Alferes (RJ), 1996
Jerônimo, O Herói do Sertão
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Hipnose Para Leigos

Chico Lacerda, 6 min, Recife (PE), 2005
Hipnose Para Leigos
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Flor de Abril

Cícero Filho, 110 min, São Luiz (MA), 2011
Flor de Abril
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Fatman & Robada

Rogério Baldino, 32 min, Porto Alegre (RS), 1997
 Fatman & Robada
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Entrega Especial

Rodrigo Brandão, 27 min, Juiz de Fora (MG), 2006
Entrega Especial
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DR

Felipe Guerra e Joel Caetano, 12 min, Carlos Barbosa (RS) e São Paulo (SP), 2012
DR
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Como Irritar Dandies do Hardcore

Gurcius Gewdner, 16 min, Rio de Janeiro (RJ), 2012
 Como Irritar Dandies do Hardcore
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Brasil, Um País de 5%

Nerivaldo Ferreira e Johel Alvez Bright, 36 min, Rio Real (BA), 2011
Brasil, Um País de 5%
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Black Power Jones

Igor Simões Alonso, 17 min, Osasco (SP), 2012
Black Power Jones
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Bastar

Gustavo Serrate, 20 min, Brasília (DF), 2010
Bastar
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Antes/Depois

Christian Caselli, 9 min, Rio de Janeiro (RJ), 2005
Antes/Depois
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A Noite dos Chupacabras

Rodrigo Aragão, 95 min, Guarapari (ES), 2011
A Noite dos Chupacabras
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A Maudição da Casa de Vanirim

Manoel Loreno (Seu Manoelzinho), 26 min, Mantenópolis (ES), 1987
A Maudição da Casa de Vanirim
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A Lenda da Lagoa Vermelha II − A Vingança

Eutímio Carvalho, 30 min, Cícero Dantas (BA), 2012
A Lenda da Lagoa Vermelha II − A Vingança
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O cinema é uma galáxia que pode ser explorada da forma que mais parecer deleitosa para cada um. É nessa liberdade que reside a graça e a beleza para quem se compromete a percorrer os caminhos, os desvios, os túneis, as encruzilhadas, os subterrâneos, as escavações, as entradas, as saídas e tudo o mais que dá acesso à sua exploração. O conceito do cinema de bordas funciona como um artefato alternativo para essa busca cinematográfica – e vem ocupando cada vez mais lugar nos estudos cinematográficos.

Cinema de bordas é o nome de um tipo muito particular e curioso de realização e exibição periféricas de filmes. As produções desse tipo de cinema são feitas quase sempre com baixo orçamento, adotam o estatuto do improviso e da precariedade, além de serem adeptas de uma estética mais ou menos “tosca”, “impura”, “mista” ou “trash”. Em geral, os filmes de borda circulam em espaços caseiros ou em mostras alternativas e atendem a um público específico e fiel que neles vê os reflexos de seu hábitat, de seu gosto e de seu próprio imaginário.

Sobretudo, os filmes de bordas não têm pretensões. Basta-lhes saber que estão a serviço do entretenimento trivial. Neles, coexistem histórias de ficção em que os resíduos da cultura popular aparecem atualizados – ou, se preferir, metamorfoseados – se remixados sob o contrato dos modos usuais com que os meios audiovisuais de comunicação atuam sobre os hábitos e costumes de moradores de determinadas regiões do país. Daí resulta uma preferência dos realizadores pelos gêneros cinematográficos, com aproveitamento de temas, situações, cenas, imagens e sons que já foram usados por outros filmes, séries de televisão e demais produtos. Reciclam-se dessa forma imagens visuais e sonoras já presentes nas revistas de histórias em quadrinhos, nas pulps, nos velhos filmes seriados e de matinês, em que imperam as aventuras no oeste americano, a literatura policial, as comédias adocicadas, o pornô, a ficção científica e o horror. Em um filme de bordas, tudo pode ser reaproveitado – o que é feito com humor, resolução criativa e assertividade.

Esta quarta edição da mostra Cinema de Bordas realizada pelo Itaú Cultural se faz primordialmente em torno de um fenômeno cinematográfico de caráter tribal que agrupa atores e atrizes, produtores e realizadores dos mais diferentes lugares do país, com a especial relevância para o fato de que alguns se conheceram, se aproximaram ou se juntaram por ocasião das outras três mostras realizadas pelo instituto.

Os espectadores podem entrar no delicioso jogo de descobri-los nos créditos e nas narrativas dos filmes, uma vez que muitos deles participam, atuam e colaboram em conjunto, uns nas produções dos outros. Pode-se mesmo afirmar que se trata de um verdadeiro movimento de comunidade que começa a percorrer o rico e quase desconhecido universo periférico do cinema de bordas no Brasil.

Para além desse lúdico e criativo projeto de trocas e contribuições que toma corpo na tela desta mostra, a filmografia exibida inclui algumas produções de um Brasil mais profundo, distante e escondido, em uma escala territorial que vai do Sul ao Norte, passando pelo Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do país. São filmes garimpados em lugarejos recônditos de pequenas cidades, que jamais serão vistos nas salas comerciais de exibição.

Ao emprestar seu nome e seu espaço ao cinema de bordas, o Itaú Cultural efetua uma tríplice ação em favor do cinema e do audiovisual brasileiro: permite a divulgação de filmes que permanecem invisíveis ou perdidos em suas localidades, longe da circulação e de um eclético público cinéfilo; potencializa a produção cinematográfica periférica em toda a sua diversidade; e incentiva e divulga modelos alternativos na historiografia cinematográfica de nosso país.

Bernadette Lyra, Gelson Santana e Laura Cánepa
curadores

Bernadette Lyra é doutora em cinema pela USP, com pós-doutorado na Université René Descartes, Paris V, Sorbonne. É sócia-fundadora e participa do conselho científico da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (Socine). Escreve para o jornal A Gazeta, de Vitória (ES). É, também, professora do mestrado em comunicação na Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo.

Gelson Santana
é doutor e mestre em ciências da comunicação pela USP. Formou-se em comunicação social e cinema pela Universidade Federal Fluminense (UFF). É coordenador do Seminário Temático Gêneros Cinematográficos, da Socine. Atualmente, é professor do mestrado em comunicação na Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo.

Laura Cánepa é jornalista, doutora em multimeios pela Unicamp e mestre em ciências da comunicação pela ECA/USP. É membro do conselho deliberativo da Socine. Foi coordenadora do curso de realização audiovisual da Unisinos (RS) entre os anos de 2006 e 2008. Atualmente, é professora do mestrado em comunicação da Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo.

Colaboração especial de Carlos Primati, jornalista e pesquisador.
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quarta 1 a domingo 5 de agosto 2012 I SP


quarta 1 agosto
20h
conversa com os curadores Bernadette Lyra, Gelson Santana e Laura Cánepa e exibição de uma seleção especial de filmes
Onde Está Meu Rim?, de Renato Dib
[indicado para maiores de 14 anos]

Roqui Son Contra O Extermínio Ambiental, de Renato Dib
[indicado para maiores de 14 anos]

DR, de Felipe Guerra e Joel Caetano
Vermibus, de Rubens Mello
[indicado para maiores de 14 anos]

quinta 2 agosto
18h
Morte e Morte de Johnny Zombie, de Gabriel Carneiro
[indicado para maiores de 12 anos]

Entrega Especial, de Rodrigo Brandão
[indicado para maiores de 14 anos]

Fatman & Robada, de Rogério Baldino
[indicado para maiores de 14 anos]

Brasil, Um País de 5%, de Nerivaldo Ferreira e Johel Alvez Bright
[indicado para todas as idades]

20h
Hipnose Para Leigos, de Chico Lacerda
[indicado para maiores de 14 anos]
 
Como Irritar Dandies do Hardcore, de Gurcius Gewdner
[indicado para maiores de 16 anos]

Mais Denso Que Sangue, de Ian Abé
[indicado para maiores de 14 anos]

Jerônimo, O Herói do Sertão, de David Rangel
[indicado para maiores de 16 anos]

Bate-papo com David Rangel, um dos precursores da realização dos filmes de bordas no Brasil. A conversa será mediada por Rogério Ferraraz, pesquisador e coordenador do mestrado em comunicação da Universidade Anhembi Morumbi.

sexta 3 agosto
18h
Antes/Depois, de Christian Caselli
[indicado para maiores de 16 anos]

Bastar, de Gustavo Serrate
[indicado para maiores de 14 anos]

Black Power Jones, de Igor Simões Alonso
[indicado para maiores de 14 anos]

O Cabrabode, de Milton Santos
[indicado para maiores de 16 anos]

20h
Necrochorume, de Geisla Fernandes
[indicado para maiores de 16 anos]

Lua Perversa 2, de André Bozzetto Jr.
[indicado para maiores de 14 anos]

A Lenda da Lagoa Vermelha II − A Vingança, de Eutímio Carvalho
[indicado para maiores de 16 anos]

A Maudição da Casa de Vanirim, de Manoel Loreno (Seu Manoelzinho)
[indicado para maiores de 14 anos]

Bate-papo entre os curadores e realizadores presentes.


sábado 4 agosto
18h
A Lenda da Lagoa Vermelha II − A Vingança, de Eutímio Carvalho
[indicado para maiores de 16 anos]

Uma Vinchester Para Três Tumbas, de Arlindo Filho
[indicado para maiores de 14 anos]

20h
Lua Perversa 2, de André Bozzetto
[indicado para maiores de 14 anos]

Flor de Abril, de Cícero Filho
[indicado para maiores de 16 anos]

domingo 5 agosto
16h
Jerônimo, O Herói do Sertão, de David Rangel
[indicado para maiores de 16 anos]

A Maudição da Casa de Vanirim, de Manoel Loreno (Seu Manoelzinho)
[indicado para maiores de 14 anos]

Black Power Jones, de Igor Simões Alonso
[indicado para maiores de 14 anos]

DR, de Felipe Guerra e Joel Caetano
[indicado para maiores de 16 anos]

Bate-papo entre os curadores e realizadores presentes.


18h
Vermibus, de Rubens Mello
[indicado para maiores de 16 anos]

A Noite dos Chupacabras, de Rodrigo Aragão
[indicado para maiores de 16 anos]

Oficina Produzindo com Recurso Zero

quinta 2 a sábado 4
14h às 18h 

Roteiro, pré-produção, captação de imagens e finalização. Todas as etapas de realização de um filme serão abordadas nesta oficina tendo como referência o trabalho feito pela produtora paulista de filmes Recursos Zero Produções. Criada há 11 anos pelos cineastas Joel Caetano, Mariana Zani e Danilo Baia, a Recurso Zero já realizou 13 curtas-metragens. Alguns deles, a exemplo de Minha Esposa É um Zumbi (2006), Junho Sangrento (2007) e Gato (2009), receberam prêmios importantes, como o de Melhor Filme pelo Júri Popular do Cinefantasy.

A idéia do curso é passar parte dessa experiência aos participantes de forma teórica e principalmente prática, estimulando a criatividade dos alunos e mostrando que podemos produzir bons filmes com poucos recursos, apenas com o que temos nas mãos.

Como meta, os alunos devem concluir o curso com pelo menos um curta produzido pela turma.

15 vagas
[inscrições para a oficina até 25 de julho pelo telefone 11 2168 1779]
Sala Itaú Cultural (247 lugares)
[indicado para maiores de 18 anos] 18


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  • PROGRAMAÇÃO
  • I
  • TEXTO CURATORIAL
O Suicídio (2007)

[realizador homenageado]
O Suicídio (2007)
video
O Homem Sem Lei (2006)

[realizador homenageado]
O Homem Sem Lei (2006)
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O Tormento de Mathias

Sandro Debiazzi, 51 min, São Paulo (SP), 1992-2011
O Tormento de Mathias
foto
A Maleta

Rodrigo Brandão, 16 min, Santos Dumont (MG), 2010
A Maleta
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O Lobisomem da Pedra Branca

José Denísio Pereira, 30 min, Pedralva (MG), 1982-1983
O Lobisomem da Pedra Branca
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O Doce Avanço da Faca

Petter Baiestorf, 25 min, Palmitos (SC), 2010
O Doce Avanço da Faca
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Extrema Unção

Felipe Guerra, 19 min, Carlos Barbosa (RS), 2010
Extrema Unção
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Adventure Island

Bruno Garcia, 55 min, Rio de Janeiro (RJ), 2005
Adventure Island
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A Novilha Rebelde (The Sound of Mu)

Elisa Queiroz e Erly Viera Jr., 18 min, Vitória (ES), 2005
A Novilha Rebelde (The Sound of Mu)
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BBZ

Filipe Ferreira, 20 min, Porto Alegre (RS), 2007
BBZ
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A Gripe do Frango

Manoel Loreno (Seu Manoelzinho), 57 min, Mantenópolis (ES), 2008
A Gripe do Frango
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O Galo da Madrugada

Sandra Ribeiro, 5 min, Gravatá (PE), 1998
O Galo da Madrugada
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O Sacrifício – Noite Maldita do Vinil, 2007

Rubens Mello, 9 min, São Paulo (SP), 2007
O Sacrifício – Noite Maldita do Vinil, 2007
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Os Clubbers Também Comem

Lufe Steffen, 10 min, São Paulo (SP), 1999
Os Clubbers Também Comem
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A Ida de Quem Não Foi

Jussan Silva e Silva, 51 min, Muqui (ES), 2009
A Ida de Quem Não Foi
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Roquí – O Boxeador da Amazônia

Renato Dib, 21 min, Manaus (AM), 2009
Roquí – O Boxeador da Amazônia
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Museu de Cera

Pedro Daldegan, 7 min, Santa Rita do Passa Quatro (SP), 1988
Museu de Cera
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Mindinho

Bruno Pinaud, 1 min, Rio de Janeiro (RJ), 2001
Mindinho
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A Paixão dos Mortos

Coffin Souza, 12 min, Palmitos (SC), 2011
A Paixão dos Mortos
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Estranha

Joel Caetano, 12 min, São Paulo (SP), 2011
Estranha
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A Noite do Chupacabras

Rodrigo Aragão, 10 min, Guarapari (ES), 2011
A Noite do Chupacabras
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O cinema de bordas ancora-se em um universo paralelo de filmes que se concentram especificamente em narrativas ficcionais e que provam ser possível driblar dificuldades técnicas e deficiências orçamentárias por meio de modos alternativos de produção, realização e exibição. 

A cinematografia periférica das bordas pauta-se em três ondas que fluem, refluem e, por fim, se misturam. A primeira origina-se em realizadores quase sempre autodidatas que tiveram acesso às câmeras VHS do final dos anos 1970 e que fizeram cinema em torno de suas comunidades. A segunda localiza-se na geração que viveu a época de ouro dos fanzines, donde ela retirava o espírito anárquico usual na cena underground dos anos 1980 enquanto cultuava filmes de humor sinistro, horror debochado e sangue em excesso. A terceira decorre de cinéfilos apaixonados por produções baratas das décadas de 1970 e 1980, para quem o uso de câmeras digitais mais acessíveis e portáteis permite que cada um faça o seu próprio cinema e transforme a internet numa sala virtual. 

Com esta mostra, o Instituto Itaú Cultural vem somar qualidade, diversidade e extensão às duas mostras anteriores. Mas a característica mais marcante, aqui, é o sentido comunitário que transparece na tela quando se juntam pesquisadores, atores, atrizes e realizadores participando, colaborando e atuando de modo coletivo nos filmes. Uma troca de presenças, interesses e afetos que percorre os subterrâneos do cinema de bordas, alimenta suas veias e fortalece seu caráter tribal. 

Bernadette Lyra, Gelson Santana e Laura Cánepa 
Curadores


Bernadette Lyra é doutora em cinema pela Universidade de São Paulo (USP), com pós-doutorado na Université René Descartes, Paris V, Sorbonne. É sócia fundadora e participa do conselho científico da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (Socine). Atua ainda como professora titular do mestrado em comunicação na Universidade Anhembi Morumbi (UAM/SP).

Gelson Santana é doutor em ciências da comunicação pela USP e graduado em comunicação social/cinema pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Atua como professor titular do mestrado em comunicação na UAM/SP. 

Laura Cánepa é jornalista, doutora em multimeios pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e mestre em ciências da comunicação pela ECA/USP. Atualmente, é professora do mestrado em comunicação na UAM e membro do conselho deliberativo da Socine. Desde 2012, mantém o blog Medo de Quê? (horrorbrasileiro.blogspot.com), com dados de sua pesquisa sobre o horror no cinema brasileiro. 

Demais pesquisadores do grupo de Cinema de Bordas: Alfredo Suppia, Lúcio Reis, Rosana Soares, Rogério Ferraraz e Zuleika Bueno. 
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quarta 20 a domingo 24 de abril 2011

quarta 20 

18h
Museu de Cera, de Pedro Daldegan 
Roquí – o Boxeador da Amazônia, de Renato Dib
A Ida de Quem Não Foi, de Jussan Silva e Silva
Os Clubbers Também Comem, de Lufe Steffen
O Sacrifício – Noite Maldita do Vinil 2007, de Rubens Mello

20h
O Galo da Madrugada, de Sandra Ribeiro
A Gripe do Frango, de Manoel Loreno (Seu Manoelzinho)

Debate
com Seu Manoelzinho, mediado pela curadora Bernadette Lyra


quinta 21 

18h
BBZ, de Filipe Ferreira
A Novilha Rebelde (The Sound of Mu), de Elisa Queiroz e Erly Vieira Jr.
Adventure Island, de Bruno Garcia

20h
Extrema-Unção, de Felipe Guerra
O Doce Avanço da Faca, de Petter Baiestorf

Bate-papo
com os diretores Petter Baiestorf e Felipe Guerra, mediado por Lúcio Reis


sexta 22 

18h
O Lobisomem da Pedra Branca, de José Denísio Pereira
A Maleta, de Rodrigo Brandão
O Tormento de Mathias, de Sandro Debiazzi

20h
Museu de Cera, de Pedro Daldegan
Roquí – o Boxeador da Amazônia, de Renato Dib
A Ida de Quem Não Foi, de Jussan Silva e Silva
Os Clubbers Também Comem, de Lufe Steffen
O Sacrifício – Noite Maldita do Vinil 2007, de Rubens Mello

Bate-papo
com o diretor Pedro Daldegan, mediado pela curadora Laura Cánepa


sábado 23 

16h
O Galo da Madrugada, de Sandra Ribeiro
A Gripe do Frango, de Manoel Loreno (Seu Manoelzinho)

18h
BBZ, de Filipe Ferreira
A Novilha Rebelde (The Sound of Mu), de Elisa Queiroz e Erly Vieira Jr.
Adventure Island, de Bruno Garcia


domingo 24 

16h
Extrema-Unção, de Felipe Guerra
O Doce Avanço da Faca, de Petter Baiestorf

18h
O Lobisomem da Pedra Branca, de José Denísio Pereira
A Maleta, de Rodrigo Brandão
O Tormento de Mathias, de Sandro Debiazzi
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  • PROGRAMAÇÃO
  • I
  • TEXTO CURATORIAL
Vlad (1989) e Museu de Cera (1988)

[realizador homenageado]
Vlad (1989) e Museu de Cera (1988)
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A Bruxa do Cemitério II (2009)

[realizador homenageado]
A Bruxa do Cemitério II (2009)
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Ninguém Deve Morrer (2009)

[realizador homenageado]
Ninguém Deve Morrer (2009)
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Minha Esposa É um Zumbi (2006) e Gato (2009)

[realizador homenageado]
Minha Esposa É um Zumbi (2006) e  Gato (2009)
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Entrei em Pânico ao Saber o que Vocês Fizeram na Sexta-Feira 13 do Verão Passado (2011)

[realizador homenageado]
Entrei em Pânico ao Saber o que Vocês Fizeram na Sexta-Feira 13 do Verão Passado (2011)
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Vlad

Pedro Daldegan, Campinas (SP), 1989, 5 min
Vlad
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O Show Variado

Simião Martiniano, Jaboatão dos Guararapes (PE), 2008, 40 min
O Show Variado
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Ninguém Deve Morrer

Petter Baiestorf, Palmitos (SC), 2009, 30 min
Ninguém Deve Morrer
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Morgue Story – Sangue, Baiacu e Quadrinhos

Paulo Biscaia Filho, Curitiba (PR), 2009, 78 min
Morgue Story – Sangue, Baiacu e Quadrinhos
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O Massacre da Espada Elétrica

Gerson Castilho, Lucio Gaigher, Merielli Campi e Rodolfo Arrivabene, Guarapari (ES), 2008, 15 min
O Massacre da Espada Elétrica
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Gato

Joel Caetano, São Paulo (SP), 2009, 23 min
Gato
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Entrei em Pânico ao Saber o que Vocês Fizeram na Sexta-Feira 13 do Verão Passado [Recut]

Felipe M. Guerra, Carlos Barbosa (RS), 2001-2009, 90 min
Entrei em Pânico ao Saber o que Vocês Fizeram na Sexta-Feira 13 do Verão Passado [Recut]
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Doutor Ekard

Marcos Bertoni, São Paulo (SP), 2002, 18 min
Doutor Ekard
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Cyberdoom

Igor Simões Alonso, São Paulo (SP), 2009, 40 min
Cyberdoom
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Coronel Cabelinho vs. Grajaú Soldiaz

Pepa Filmes, Rio de Janeiro (RJ), 2001, 80 min
Coronel Cabelinho vs. Grajaú Soldiaz
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Chupa-Cabras

Rodrigo Aragão, Guarapari (ES), 2005, 12 min
Chupa-Cabras
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A Bruxa do Cemitério 2

Semi Salomão, Apucarana (PR), 2009, 83 min
A Bruxa do Cemitério 2
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Aparências

Liz Marins, São Paulo (SP), 2006, 8 min
Aparências
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Filme teste 2010

ficha
Filme teste 2010
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O cinema de bordas engloba um contingente de produções materializado por força do “desejo de cinema” que assalta um tipo particular de realizador. São filmes de baixo orçamento, independentes, quase artesanais e caseiros, que reutilizam – com bom humor e sem o menor constrangimento – aspectos ligados aos gêneros canônicos de Hollywood – o horror, a ficção científica, o faroeste, o musical, entre outros.

Não são poucas as questões em torno dessa ocupação. Como entender a paixão que leva esses realizadores, muitos deles autodidatas e sem formação profissional na área, a investir financeiramente muito do que têm – o que, na maior parte das vezes, é pouco – em trabalhos que dificilmente serão exibidos fora do local onde foram produzidos? Como medir a garra da qual eles dispõem para fazer um filme, ainda que com poucos recursos e equipamentos quase sempre mambembes?

O bom é que de tantas precariedades, alteridades e adversidades resulta um montante exuberante e prolífico que se movimenta em um universo paralelo de produção e de exibição. Vem daí a graça, a leveza e a distinção desse lote de filmes, deliciosamente estranhos e surpreendentemente criativos, que integram esta segunda edição da mostra Cinema de Bordas.

Bernadette Lyra e Gelson Santana
Curadores


Bernadette Lyra é doutora em cinema pela Universidade de São Paulo (USP), com pós-doutorado na Université René Descartes, Paris V, Sorbonne. É sócia-fundadora e participa do conselho científico da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema (Socine). Atua ainda como professora titular do mestrado em comunicação na Universidade Anhembi Morumbi (UAM/SP) e professora visitante na Universidade do Algarve, Portugal.

Gelson Santana é doutor em ciências da comunicação pela USP e graduado em comunicação social/cinema pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Atua como professor titular do mestrado em comunicação na UAM/SP.

Pesquisadores do grupo de Cinema de Bordas: Alfredo Suppia, Laura Cánepa, Lúcio Reis, Rosana Soares, Rogério Ferraraz e Zuleika Bueno.
Fechar
quarta 21

16h
Gato, de Joel Caetano (SP)
A Bruxa do Cemitério 2, de Semi Salomão (PR)

18h
bate-papo com o diretor Rodrigo Aragão e a pesquisadora Laura Cánepa

18h30
Chupa-Cabras, de Rodrigo Aragão (ES)
Morgue Story – Sangue, Baiacu e Quadrinhos, de Paulo Biscaia Filho (PR)


quinta 22

18h
Doutor Ekard, de Marcos Bertoni (SP)
Coronel Cabelinho vs. Grajaú Soldiaz, de Pepa Filmes (RJ)

20h
bate-papo com a diretora Liz Marins e a pesquisadora Laura Cánepa

20h30
Aparências, de Liz Marins (SP)
Entrei em Pânico ao Saber o que Vocês Fizeram na Sexta-Feira 13 do Verão Passado, de Felipe M. Guerra (RS)


sexta 23

18h
O Massacre da Espada Elétrica, de Gerson Castilho, Lucio Gaigher, Merielli Campi e Rodolfo Arrivabene (ES)
O Show Variado, de Simião Martiniano (PE)
Cyberdoom, de Igor Simões Alonso (SP)

20h
bate-papo com o diretor Joel Caetano e a pesquisadora Laura Cánepa

20h30
Gato, de Joel Caetano (SP)
A Bruxa do Cemitério 2, de Semi Salomão (PR)


sábado 24

16h
Chupa-Cabras, de Rodrigo Aragão (ES)
Morgue Story – Sangue, Baiacu e Quadrinhos, de Paulo Biscaia Filho (PR)

18h
Doutor Ekard, de Marcos Bertoni (SP)
Coronel Cabelinho vs. Grajaú Soldiaz, de Pepa Filmes (RJ)


domingo 25

16h
Aparências, de Liz Marins (SP)
Entrei em Pânico ao Saber o que Vocês Fizeram na Sexta-Feira 13 do Verão Passado, de Felipe M. Guerra (RS)

18h
O Massacre da Espada Elétrica, de Gerson Castilho, Lucio Gaigher, Merielli Campi e Rodolfo Arrivabene (ES)
O Show Variado, de Simião Martiniano (PE)
Cyberdoom, de Igor Simões Alonso (SP)
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  • PROGRAMAÇÃO
  • I
  • TEXTO CURATORIAL
Mangue Negro (2008)

[realizador homenageado]
Mangue Negro (2008)
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A Dama da Lagoa (1997) e O Farol (2007)

[realizador homenageado]
A Dama da Lagoa (1997) e O Farol (2007)
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Zombio

Petter Baiestorf, 1999, 45 min, Palmital (SC)
Zombio
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A Valise Foi Trocada

Simião Martiniano, 2007, 90 min, Jaboatão dos Guararapes (PE)
A Valise Foi Trocada
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O Soco Silencioso

Lucas Moreira, 2009, 15 min, São Leopoldo (RS)
O Soco Silencioso
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O Rico Pobre

Manoel Loreno (Seu Manoelzinho), 2002, 56 min, Mantenópolis (ES)
O Rico Pobre
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Rambú IV: O Clone

Júnior Castro, 2008, 80 min, Manaus (AM)
Rambú IV: O Clone
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Patrícia Gennice

Felipe M. Guerra, 1998, 56 min, Carlos Barbosa (RS)
Patrícia Gennice
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Mangue Negro

Rodrigo Aragão, 2008, 100 min, Guarapari (ES)
Mangue Negro
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Insector Sun: O Guardião da Terra – A Hora da Verdade

Chris Lee, 2008, 40 min, Ribeirão Preto (SP)
Insector Sun: O Guardião da Terra – A Hora da Verdade
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Horror Capiau

Dimitri Kozma 2007, 9 min, São Paulo (SP)
Horror Capiau
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O Farol

Francisco Caldas de Abreu Jr., 2007, 29 min, Pedralva (MG)
O Farol
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Era dos Mortos

Rodrigo Brandão, 2007, 42 min, Santos Dumont (MG)
Era dos Mortos
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Desaparecidos

Antonio Marcos Ferreira, 2006, 75 min, Cascavel (PR)
Desaparecidos
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A Dama da Lagoa

Francisco Caldas de Abreu Jr., 1997, 20 min, Pedralva (MG)
A Dama da Lagoa
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Cocô Preto

Marcos Bertoni, 2008, 16 min, São Paulo (SP)
Cocô Preto
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A Capital dos Mortos

Tiago Belotti, 2008, 87 min, Brasília (DF)
A Capital dos Mortos
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Aventuras de um Caçador

José Manoel, 2003, 55 min, Recife (PE)
Aventuras de um Caçador
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O Assassinato da Mulher Mental

Joel Caetano, 2008, 20 min, São Paulo (SP)
O Assassinato da Mulher Mental
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O mundo do cinema de hoje é construído sobre todo tipo de suporte, habitado por todo tipo de filme e experimentado por todo tipo de espectador. É nesse lugar que ocorre, também, o cinema de bordas. A diferença é que as características específicas de produção e exibição transformam esse tipo de cinema em universo periférico, paralelo àquele composto de instituições  detentoras  do poder dentro do emaranhado do território cinematográfico.

Nele, os filmes são feitos com um “molho” específico em que os modos do sistema popular – como a oralidade e a corporalidade – se acham contaminados pelas formas do cinema de gênero já conhecidas, filtradas e repassadas pelo crivo do sistema massivo, como a televisão e a internet. Por força dessa predileção tão peculiar, não existe pecado nem constrangimento em pilhar, reiterar e saquear o “baú dos tesouros”. Dessa maneira, a par de lendas e histórias regionais, o cinema se abastece, sobretudo, dos filmes policiais, de horror, ficção científica, kung fu, aventuras de histórias em quadrinhos, faroeste, comédia e toda espécie de gênero. O resultado é uma performance cinematográfica autofágica, que beira, perigosa e corajosamente, a estética trash. Cheia de sons e fúria, improviso e espetáculo, déjà vu e bom humor, artesania e imagens em movimento.

Todos os filmes desta mostra foram selecionados segundo esses critérios. Por razões de tempo e espaço, foram deixados de fora muitos outros, pois esse tipo de cinema periférico se constitui em um vastíssimo contingente, espalhado de Norte a Sul do país. Sempre atento aos movimentos, às mutações, às confluências e às conformações da cultura, o Itaú Cultural apoia o grupo de pesquisadores do cinema de bordas, que está preocupado em introduzir coordenadas mais equilibradas e abrangentes nos estudos do cinema e do audiovisual no país, e apresenta esta mostra, que congrega um punhado de bravos realizadores brasileiros e seus filmes incríveis. 

Realizadores que não se intimidam com a falta de recursos ou com o excesso de precariedade que rondam suas produções. Realizadores que demonstram uma especial habilidade em misturar, fragmentar e atualizar os gêneros cinematográficos, adaptando-os ao seu gosto cinéfilo e às condições regionais, sociais e comunitárias da vida.  Realizadores que podem morar tanto em grandes centros urbanos quanto na periferia, ou em pequenas cidades do interior do país onde, tendo acesso a uma câmera ou a qualquer dispositivo de registro sonoro e imagético, vão à luta e fazem o seu cinema. 

Bernadette Lyra e Gelson Santana
curadores


Bernadette Lyra é doutora em cinema pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), com pós-doutorado na Université René Descartes, Paris V, Sorbonne. É sócia-fundadora e participa do conselho deliberativo da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema (Socine). Atualmente, é coordenadora e professora titular do mestrado em comunicação da Universidade Anhembi Morumbi (UAM/SP) e professora visitante da Universidade de Algarve, Portugal. 

Gelson Santana é doutor em ciências da comunicação pela ECA/USP e graduado em comunicação social/cinema pelo Instituto de Arte e Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense (Iacs/UFF). Atua como professor titular do mestrado em comunicação da UAM/SP. 

Pesquisadores do grupo de Cinema de Bordas: Alfredo Suppia, Laura Cánepa, Lúcio Reis, Rosana Soares, Rogério Ferraraz e Zuleika Bueno. 
Fechar
quarta 22 

20h
Debate
com os curadores Bernadette Lyra e Gelson Santana, seguido de exibição de filmes
Horror Capiau, de Dimitri Kozma
A Dama da Lagoa, de Francisco Caldas de Abreu Jr


quinta 23 

17h
Insector Sun: O Guardião da Terra/A Hora da Verdade, de Chris Lee
Cocô Preto, de Marcos Bertoni
Era dos Mortos, de Rodrigo Brandão

20h
O Assassinato da Mulher Mental, de Joel Caetano
A Capital dos Mortos, de Tiago Belotti


sexta 24 

17h
Aventuras de um Caçador, de José Manoel
O Rico Pobre, de Manoel Loreno (Seu Manoelzinho)

20h
O Soco Silencioso, de Lucas Moreira
Rambú IV: O Clone, de Júnior Castro


sábado 25 

17h
Desaparecidos, de Antonio Marcos Ferreira
Zombio, de Petter Baiestorf

20h
A Valize Foi Trocada, de Simião Martiniano


domingo 26 

17h
O Farol, de Francisco Caldas de Abreu Jr
Patrícia Gennice, de Felipe M. Guerra

20h
Mangue Negro, de Rodrigo Aragão
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