A Macabra Biblioteca do Dr. Lucchetti

6 a 8 e de 13 a 15 de outubro,
sextas-feiras a domingos, das 20h às 21h30
Direção de Paulo Biscaia Filho, da Cia. Vigor Mortis

O espetáculo conta a história do detetive particular John Clayton, contratado pela sedutora Helen Zola, esposa do estranho cientista Dr. Zola, para um caso perigoso. Clayton aceita o caso, apesar das advertências de sua melhor amiga, a jornalista policial Vonetta, que tem um passado soturno com Zola.

A trama é impulsionada pela busca da mítica biblioteca do Dr. Lucchetti, uma coleção de livros que guarda segredos sobre tudo o que há de sobrenatural. Tanto o espetáculo quanto as obras audiovisuais são interpretadas pelos atores Michele Rodrigues, Ed Canedo, Kassandra Speltri, Kenni Rogers e Paulo Rosa, da Vigor.

“A peça parece mais com uma história em quadrinhos ou um filme noir do que com uma de teatro”, explica o diretor da peça e da Cia. Vigor Mortis, Paulo Biscaia Filho. “Entre monstros clássicos e personagens cativantes, o público ficará com os olhos atentos na história cheia de mistérios e reviravoltas, que culminam com um final surpreendente”.

Segundo ele, Jacques Tourneur é um dos cineastas favoritos de Lucchetti, por isso resolveram fazer uma peça que tivesse o estilo de Marca da Pantera ou I Walked With a Zombie. A Macabra Biblioteca do Dr. Lucchetti não é uma adaptação da obra de Lucchetti mas uma montagem inédita que empresta vários personagens de seu universo, que por sua vez já foram emprestados de diversas outras galáxias literárias.

 

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Peso Bruto

20 a 22 e de 27 a 29 de outubro,
sextas-feiras a domingos, das 20h às 21h30
De Jussara Belchior

Trata-se de um solo da bailarina Jussara Belchior, integrante do Grupo Cena 11, com a proposta de questionar o estranhamento do corpo gordo na dança, uma forma de resistência que contesta os padrões de beleza e comportamento na tensão entre formato e embalagem, aparência e conteúdo.

A dança de Jussara dialoga entre o peso, o desejo, o apetite, a beleza e a sensualidade, colocando em contraposição o controle e a brutalidade. “Investe-se aqui na palavra gorda e não em suas metáforas, explorando desde já desassociar seu aspecto pejorativo”, afirma ela. São essas reflexões que os espectadores são convidados a ter.

Peso Bruto explora a materialidade do próprio corpo como caminho da afirmação, questionando as noções da gorda como subjetividade que opera um corpo errado, inadequado, não permitido, não belo e não desejável. Nesta pesquisa, a junção das palavras peso e bruto expande as possibilidades da expressão, articulando sua potência.

Segundo a artista, nos corpos, o peso é medida da gordura, estar acima do peso ideal é mal visto e peso torna-se sinônimo de algo ruim. Já o bruto está relacionado ao que é grosseiro, rude ou não lapidado. Essas analogias provocam uma reflexão sobre o que se pode entender como embalagem de um corpo e qual seu conteúdo. Peso Bruto é a análise de um corpo que se sabe gordo, pesado e forte, mas que não se limita a essas qualidades.

 

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