Itaú Cultural leva Spider, de Louise Bourgeois, ao Instituto Inhotim  e inicia uma viagem da escultura pelo Brasil

Depois de permanecer por pouco mais de duas décadas abrigada em regime de comodato  ao lado do Museu de Arte Moderna, no Parque Ibirapuera, em São Paulo, a obra pertencente  à Coleção Itaú Cultural começa uma série de itinerâncias pelo país.  Neste mês, chega a Minas Gerais, para ser exibida na Galeria Mata do Inhotim. No ano que vem, segue para Porto Alegre, Curitiba e Rio de Janeiro

No dia 15 de dezembro, o Instituto Inhotim abre as suas portas para a escultura Spider (Aranha). A obra realizada pela escultora francesa Louise Bourgeois (1911-2010) em 1996, foi vista no Brasil pela primeira vez na 23ª Bienal de São Paulo e adquirida para a Coleção Itaú Cultural. Em 1997, o instituto a cedeu em regime de comodato ao Museu de Arte Moderna – MAM/SP, no Parque Ibirapuera. Ela permaneceu ali até o ano passado, em um espaço de vidro de onde podia ser observada da marquise do parque. Na ocasião, a obra foi enviada para a Fundação Easton, em Nova York, para averiguação e restauro, de modo a garantir a sua longevidade e possibilitar a sua exibição em espaços expositivos diversos.  Agora, a escultura bota o pé na estrada.

“Assim como fazemos com grande parte da Coleção Itaú Cultural, tomamos a decisão de circular uma das suas mais importantes obras internacionais e ampliar o acesso do público a esta grandiosa escultura”, diz o diretor do Itaú Cultural Eduardo Saron. “Não poderia haver melhor lugar para começar essa jornada do que um dos mais notáveis museus do mundo, o Instituto Inhotim”, completa.

Esta Spider é a primeira das seis aranhas que a artista produziu em bronze a partir de meados da década de 1990 e que estão espalhadas pelo mundo. A escultura, pertencente à Coleção Itaú Cultural, será exibida no Inhotim até o dia 14 de abril na Galeria Mata, vizinha da Galeria True Rouge, que abriga uma obra emblemática de Tunga. Com 770 metros quadrados de área expositiva e duas entradas independentes, ela está localizada no eixo amarelo – área central do Museu – e tem vista para um dos cinco lagos do Inhotim.

Uma das primeiras galerias a ser construída no instituto, seu espaço já abrigou obras de importantes artistas, como Renata Lucas, Dominique Gonzalez-Foerster e Edward Krasinski. A mostra Por aqui tudo é novo — desenvolvida a partir do relato do viajante James W. Weels, que, no final do século 19, se encantou por Brumadinho — continua em exibição na mesma galeria, que, em 2017, recebeu mais de 84 mil visitantes. Até novembro deste ano, foram 61,5 mil visitas.

“O Inhotim e o Itaú Cultural têm em comum a missão de dar ao público acesso a obras de grande relevância dos mais diversos artistas”, observa María Eugenia Salcedo, diretora artística adjunta do instituto mineiro. “Por meio dessa parceria, os visitantes terão a oportunidade de ver Spider no Inhotim em diálogo direto com expressivas obras contemporâneas de outras mulheres, grandes esculturas e outros trabalhos que criam conexões entre a artista e o acervo em exposição no Museu”, prossegue ela para finalizar: “Além disso, receber uma obra que começa sua itinerância no Inhotim, depois de um longo restauro, é muito significativo para o Instituto, uma vez que a conservação é um grande desafio e um dos nossos focos nos próximos anos.”

Neste espaço expositivo e nas demais itinerâncias, Spider é acompanhada de um texto do crítico de arte Paulo Herkenhoff e de um vídeo de pouco mais de cinco minutos realizado pela equipe do Itaú Cultural, com relato da também crítica Verônica Stigger. Este material foi produzido especialmente para a itinerância.

Entre imagens da escultura, Verônica discorre sobre a vida da artista que se entrelaça com esta sua criação. Ela reproduz de Herkenhoff que as aranhas de Louise Bourgeois representam a mãe da artista, sintetizada em dois adjetivos aparentemente paradoxais: frágil e forte. Diz Verônica: “A fragilidade e a força se conjugam nesta versão de Spider. À primeira vista, é uma peça imponente, até um tanto monstruosa: ela é toda em bronze, com três metros e meio de altura, oito longas patas e um núcleo central duro, todo torcido em espirais, que faz as vezes de cabeça e ventre — um grande ventre capaz de armazenar os ovos.” E conclui: “Em uma olhada mais atenta, percebe-se como, apesar da força e da rigidez do bronze, ela também é frágil, delicada: suas patas são longas e muito finas, dando a impressão de serem insuficientes para sustentar o pesado corpo da aranha.”

Feita em bronze, a escultura pesa mais de 700 quilos – 68kg, cada uma das oito patas; 113kg o corpo e 57kg a cabeça. O seu traslado, exige grande cuidado e dedicação. Com a inexistência do esboço e projeto original da escultura, a equipe do Itaú Cultural criou um aparato para garantir a sua estrutura na desmontagem e remontagem. A produção do instituto desenhou uma plataforma que é colocada debaixo dela para sustenta-la. As partas, cujas pontas são de agulha, são retiradas uma a uma enquanto uma espécie de berço se eleva da plataforma para segurar o corpo do pesado aracnídeo. Na remontagem, o caminho é o inverso.

 

Itinerância

O plano de viagem de Spider tem duração garantida por todo 2019, durante o qual ainda poderá ser vista em mais três cidades: Porto Alegre, Curitiba e Rio de Janeiro. Na primeira, será exibida na Fundação Iberê Camargo. Na segunda, no Museu Oscar Niemeyer. No Rio de Janeiro, em instituição ainda em definição, a itinerância será encerrada no fim do ano. A escultura deve prosseguir em sua viagem pelo país no seguinte.

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Serviço

Spider (Aranha), de Louise Bourgeois a Coleção Itaú Cultural

Abertura: sábado 15 de dezembro de 2018

Visitação: de 15 de dezembro de 2018 a 14 de abril de 2019

Terça-feira a sexta-feira: 9h30 às 16h30

Sábado, domingo e feriado: 9h30 às 17h30

Entrada: R$ 44 inteira (meia-entrada válida para estudantes identificados, maiores de 60 anos  e parceiros).
Crianças de até cinco anos não pagam.

Às quartas-feiras (exceto feriados), a entrada é gratuita.

 

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