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Semana de Gestão e Políticas Culturais

Semana de Gestão e Políticas Culturais

A Semana de Gestão e Políticas Culturais, criada em 2008, teve como proposta realizar uma formação introdutória de produtores e gestores culturais

Publicado em 22/08/2014

Atualizado às 11:15 de 29/09/2022

Desde 2006, o Observatório Itaú Cultural configura-se como um espaço de reflexão e pesquisa sobre o setor cultural, que também contribui para a formação de recursos humanos. Afinal, a gestão da cultura exige, cada vez mais, a articulação de conhecimento sobre contextos específicos com os fundamentos da gestão, da produção, da economia e das políticas; a combinação entre um embasamento teórico sólido e a capacidade de realizar intervenções na prática.

Levando isso em conta, a Semana de Gestão e Políticas Culturais, criada em 2008, tem como proposta realizar uma formação introdutória de produtores e gestores culturais, para que possam lidar melhor com as especificidades da gestão cultural, compreender as diversas demandas de sua região, bem como os desafios do tempo presente.

Realizada normalmente em parceria com Secretarias Municipais e Estaduais de Cultura, Universidades, entidades do terceiro setor e outros órgãos que tenham interesse pela temática, a Semana já aconteceu em 24 cidades: São Luiz, Porto Velho, Boa Vista, Rio Branco, Salvador, Aracaju, Maceió, João Pessoa, Florianópolis, Curitiba, Porto Alegre, Goiânia, São Paulo, Macapá, Recife, Bauru, Ribeirão Preto, Presidente Prudente, Belo Horizonte, Janaúba, Feira de Santana e Crato. Neste período, cerca de 3000 profissionais ligados às áreas culturais foram beneficiados.

Ainda que as avaliações dos participantes das edições anteriores sejam, em sua grande maioria, positivas, decidimos, no ano de 2016, repensar o formato e o escopo da formação. Consideramos, nessa revisão, as profundas mudanças que o campo cultural tem atravessado, e também a experiência adquirida nesses anos ofertando formação para agentes culturais por todo o país. Além disso, organizamos três Grupos de Trabalho reunindo pesquisadores, ativistas, gestores, produtores e articuladores das artes e da cultura, a fim de discutir como deveria ser, hoje, uma formação introdutória para produtores e gestores culturais.

Dentre as sugestões que emergiram dos GTS – presentes também, em grande medida, nos depoimentos de ex-alunos –, destacam-se uma melhor dosagem entre teoria e prática; um maior diálogo com as realidades locais, inserindo-se, inclusive, um breve diagnóstico preliminar da região na grade; mais espaço para os alunos trazerem suas próprias experiências e dúvidas; e uma melhor articulação entre os diferentes módulos da formação, de modo que seu encadeamento gere coerência e sinergia.

Desse processo de revisão, resultou uma nova versão da Semana de Gestão e Políticas Culturais, que certamente mantém vários conteúdos e pressupostos originais, mas também incorpora novas propostas. Com duração de 40 horas, a formação está organizado em cinco dias subsequentes, com atividades pela manhã e pela tarde, de segunda a sexta-feira. Momentos de aula expositiva serão combinados com debates, visitas técnicas e estudos de caso.

Antes do início da Semana, a equipe do Observatório Itaú Cultural, com apoio da instituição parceira no local do evento, levantará informações sobre aquele contexto sociocultural particular, por meio de entrevistas com agentes culturais da região, documentos, dados estatísticos e com base nas respostas dos alunos inscritos – que, para garantirem sua vaga, responderão a um questionário. Tais informações serão levadas em conta pelos docentes e pela equipe de organização.

O novo programa foi concebido para compor um panorama  ao mesmo tempo multifacetado e coeso da gestão cultural. O primeiro módulo consiste em um diagnóstico do grupo e da realidade local; em seguida, é fornecida uma espécie de glossário conceitual do campo da cultura; no terceiro módulo são abordadas as políticas culturais no Brasil, em sua dimensão histórica e institucional; o quarto módulo é dedicado a aspectos legislativos específicos da área cultural; na sequência, são apresentadas ferramentas de planejamento e gestão; o módulo seguinte trata de novas maneiras de mobilização e captação de recursos; já no módulo final são explorados os impactos da cultura no desenvolvimento, bem como as maneiras de avaliá-lo.

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