Dez anos de economia da cultura no Brasil e os impactos da covid-19

Com foco nos desafios que a pandemia do novo coronavírus impôs a agentes culturais no Brasil, o Itaú Cultural lança o estudo Dez anos de economia da cultura no Brasil e os impactos da covid-19 – um relatório a partir do Painel de Dados do Observatório Itaú Cultural.

Para embasar a análise, o relatório traz informações sobre os últimos dez anos de economia da cultura, considerando a evolução histórica do setor. Assim, recorre a diferentes fontes oficiais – a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), a Pesquisa Anual de Serviços (PAS), a Pesquisa Industrial Anual (PIA), a Pesquisa Anual de Comércio (PAC) e o Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (Siconfi), entre outros indicadores reunidos no Painel de Dados do Observatório Itaú Cultural, plataforma on-line que, lançada em abril deste ano, apresenta dados sobre a economia criativa e da cultura.

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O estudo aborda três eixos: financiamento públicotrabalhadores e empresas criativas e comércio internacional de produtos e serviços criativos.

Entre os tópicos levantados, está o referente à execução orçamentária por parte das secretarias estaduais de cultura em 2020, obtido por meio de pesquisa inédita realizada com gestores estaduais e focada na readequação dos orçamentos em função dos protocolos de funcionamento no contexto da pandemia.

Com a análise da série histórica, também é possível observar um melhor desempenho dos orçamentos dedicados à cultura nas esferas estadual e municipal, em comparação com a federal. A recém-sancionada Lei Aldir Blanc, que estabelece ajuda emergencial para artistas e outros profissionais da cultura atingidos pela pandemia, também é considerada no relatório, que analisa o impacto dos recursos aportados nos orçamentos públicos dos estados e capitais brasileiras.

A pesquisa ainda analisa a evolução do perfil dos trabalhadores e das empresas dos setores cultural e criativo no Brasil, e reflete como as diferentes instâncias que os compõem foram afetadas pela pandemia. Merecem destaque, nesse sentido, os dados referentes ao comércio internacional em áreas como as de atividades artesanais, moda e tecnologia da informação, que contribuem positivamente para a balança comercial brasileira.

Espera-se que o relatório contribua para a atuação de agentes culturais e gestores públicos no enfrentamento às dificuldades colocadas pela pandemia de covid-19 e que aponte para estratégias de desenvolvimento dos setores cultural e criativo, evidenciando sua importância para a economia brasileira.