Jornalista e crítica

Formada em jornalismo em 1952, pela Faculdade Cásper Líbero, Aracy Amaral tem dezenas de textos publicados nos principais jornais do país. São muitos os assuntos que atraem seu interesse e sobre os quais escreve: artistas e exposições de arte moderna e contemporânea, bienais, museus, arquitetura, Brasil e América Latina, entre outros. Entre suas colaborações na imprensa escrita estão uma coluna semanal publicada em A Gazeta – voltada para o público feminino – e críticas sobre artistas brasileiros e exposições dedicadas à arte contemporânea e moderna. Tem destaque uma série de artigos em que Aracy aprecia diversas edições da Bienal de São Paulo – ela visitou todas! – e tece comentários sobre a concepção geral das mostras, apontando muitas vezes aspectos relevantes de trabalhos específicos.

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JORNALISMO E CRÍTICA

Regina Helena de Paiva Ramos, jornalista e escritora, André Toral, pesquisador, artista visual e filho de Aracy, Rejane Cintrão, curadora e produtora, e Paulo Portella, artista visual e educador, Ana Maria Belluzzo, professora e curadora, e Regina Teixeira de Barros, curadora e professora, falam sobre o início da carreira de Aracy Amaral como jornalista e sobre a força de seu trabalho como crítica de artes visuais.

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Início de carreira

Aracy Amaral lembra que seu primeiro emprego foi como tradutora na agência France Presse. Trabalhava no turno da manhã e geralmente encontrava por lá uma mulher que varava a noite no turno da madrugada e que, no futuro, cruzaria outra vez seu caminho: Patrícia Redher Galvão (1910-1961), mais conhecida como Pagu – personagem do modernismo brasileiro que entrou para a história por sua atividade artística e política.

Aracy, nessa época, desconhecia o passado da colega de trabalho, por quem nutria fascínio e temor. Também trabalhava na redação o último marido de Pagu, o jornalista Geraldo Ferraz (1905-1979), outro personagem profícuo do cenário político-cultural paulistano.

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Aracy escreve sobre modernismo no Suplemento Literário

O Suplemento Literário do jornal O Estado de S. Paulo é uma publicação referencial do jornalismo cultural brasileiro. Idealizado pelo crítico literário Antonio Candido e dirigido pelo poeta e semiólogo Décio de Almeida Prado, circulou entre 6 de outubro de 1956 e 22 de dezembro de 1974. Entre os seus colaboradores, estiveram o historiador e crítico de cinema Paulo Emílio Sales Gomes, o cineasta Rogério Sganzerla, o historiador da arte Lourival Gomes Machado e também nossa homenageada, Aracy Amaral.

Aracy contribuiu com o Suplemento do início da década de 1960 ao início da década de 1970. Alguns desses textos estão publicados nesta seção:

Artigo “Blaise Cendrars: a Chegada”, de Aracy Amaral, publicado em O Estado de S. Paulo, em 16 de novembro de 1968 | acervo do jornal

Artigo “Correspondência de Mário para Tarsila”, de Aracy Amaral, publicado em O Estado de S. Paulo, em 3 de agosto de 1968 | acervo do jornal

Artigo “Freitas Valle, o Magnífico”, de Aracy Amaral, publicado em O Estado de S. Paulo, em 7 de setembro de 1968 | acervo do jornal

Artigo “Introdução a Tarsila”, de Aracy Amaral, publicado em O Estado de S. Paulo, em 15 de julho de 1968 | acervo do jornal

Artigo “O ‘Choque’ de 1922: Mário x Oswald”, de Aracy Amaral, publicado em O Estado de S. Paulo, em 1º de junho de 1968 | acervo do jornal

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Publicidade no jornal O Estado de S. Paulo, de 9 de setembro de 1975, com chamada para o programa O Show da Manhã, no qual Aracy Amaral tinha um quadro intitulado "Vamos falar de arte?”, transmitido pela rádio Jovem Pan na década de 1970 | reprodução | acervo do jornal

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Terá na verdade algum crítico lucidez nítida do impacto que uma frase sua, ou um adjetivo mesmo, em meio a um parágrafo que ele rapidamente bate à máquina sobre determinada exposição, pode causar no pintor jovem – ou mesmo no artista “calejado”? Não acredito...


Trecho do texto “Anita Malfatti: cinquenta anos depois”, publicado em Arte e meio artístico: entre a feijoada e o x-burguer, de Aracy Amaral