Por que dançar?

Em aula (1)

Décio Otero, em aula na academia do Stagium da Rua Augusta | imagem: Edouard Fraipont

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Convite

(…) convido o leitor a percorrer a história do Stagium não apenas com os olhos embriagados pela beleza das imagens e das conquistas obtidas.

Que o (re)conhecimento dessa história, espero, possa ajudar os que virão depois de nós, como queria Bertolt Brecht, a entender os tempos difíceis que vivemos e a saber que se pode construir um sonho. Se o registro do sonho possível que é o Stagium cumprir minimamente esse objetivo, valeu a pena a conhecê-lo.

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Em aula (2)

Marika Gidali, em aula na academia do Stagium da Rua Augusta | imagem: Edouard Fraipont

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Documento histórico (1)

Notícia sobre a estreia do Ballet Stagium, com "Orfeu e Eurídice" (jornal A Tribuna, de Santos, em 23/10/1971)

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Apresentação

Registro da apresentação de Dessincronias, espetáculo do Stagium, na Barca da Cultura - um projeto de Paschoal Magno que levou teatro, dança e música aos povoados às margens do Rio São Francisco, em 1974. O contato com a população artística causou forte impacto na consciência artística da companhia | imagem: Mário de Aratanha

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Histórico

“Pensamos em criar um grupo artístico que se preocupasse com ideias”, escreveu Décio Otero sobre o início do Ballet Stagium, em outubro de 1971. Naquele ano, ele e Marika Gidali haviam dirigido, para a TV Cultura, a série Convite à Dança – programas de 45 minutos que apresentavam estilos variados – e decidiram que o trabalho começado ali devia continuar.

A companhia já realizou mais de 3 mil espetáculos, vistos por quase 2 milhões de espectadores. Viajou por todo Brasil, dançando e educando na arte da dança tipos diferentes de público: dos grandes teatros à terra batida de uma aldeia no Xingu; de plateias americanas e europeias aos menores detentos da Febem (hoje, Fundação Casa).

A visão política crítica e a vocação social são aliadas à criação artística do grupo. Sob a sombra da ditadura, suas obras tratavam de temas como exclusão social e direitos humanos – o Stagium se tornou símbolo de resistência a seus contemporâneos. Ao lado disso, construiu projetos educativos com crianças, jovens e professores. Um deles, o Joaninha (2000 a 2010), trabalhou com mais de 1.500 alunos.

Os poucos recursos e o esforço contínuo pela sobrevivência tornam os 40 anos do Stagium tanto mais surpreendentes. Como diz a crítica Helena Katz, “trazer à luz um pouco do tanto que o Stagium vem fazendo tem sabor de construção de cidadania em um campo que não cultiva a sua memória. Espalha a esperança de que algumas utopias podem dar certo”.

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Apresentações

Trecho da apresentação da companhia, parte do material desta Ocupação

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O que dançar? Para quem dançar? Por que dançar?

Décio Otero é bailarino e coreógrafo. Dança profissionalmente desde 1951. Com Marika Gidali, fundou, em 1971, o Ballet Stagium. Criou mais de 70 coreografias para a companhia. Escreveu os livros Stagium – as Paixões da Dança e Marika Gidali – Singular e Plural.

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Questionamentos

Marika Gidali é bailarina e diretora. Em 1954, inicia a carreira profissional no Ballet do IV Centenário. Em 1971, funda o Ballet Stagium, com Décio Otero. Seu trabalho social, por meio da dança, foi reconhecido internacionalmente.

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Reflexão

Quais seriam os caminhos para reerguer uma dança desacreditada? O que significava ser artista onde o rego d’água da educação e da cultura era um filete a correr em pequenos círculos nos planos dos burocratas? Seria certo pôr luzes no palco para exibir beleza técnica? Para “dançar o Brasil” seria preciso conhecer o Brasil?

Foram tantas as situações vividas nas lonjuras, tantas as invenções de espaço, tantos os desafios, tantas as conquistas, que escrevíamos na pele um calhamaço deexperiências viscerais. O sêmen possibilitou a germinação e o Stagium tornou-se modificador de conceitos, alardeando uma estética que remeteria a dança brasileira à busca de novos caminhos, talvez mais difíceis, talvez mais próximos de nós mesmos.

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Utopia

Helena Katz é crítica de dança e professora. Acompanhou o percurso do Stagium ao longo de toda a sua história. Artigos sobre o grupo – e sobre a dança nacional em geral – podem ser lidos em seu site: www.helenakatz.pro.br .

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Registrando emoções

Edgard Duprat é um dos curadores desta Ocupação. Foi bailarino do Stagium de 1977 a 1984, de 1986 a 1989 e em 1995, tendo registrado em vídeo as viagens e o acervo coreográfico do grupo. Filho do primeiro casamento de Marika Gidali, hoje dirige empresas na área audiovisual.

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40 anos de história

Carlos Gardin é figurinista e um dos curadores desta Ocupação. Sua formação artística foi realizada no Ballet Stagium. Trabalhou com publicidade e televisão, em programas como Castelo Rá-Tim-Bum e Zapping Zone.

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A busca pelo homem

Fabio Villardi é bailarino. Foi parte do elenco do Ballet Stagium de 1977 a 1987 e de 1990 a 2001. Participou de projetos sociais da companhia, como o Joaninha, o Professor Criativo e as aulas na Febem, atual Fundação Casa.

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Artistas com a mão na massa

Ana Teixeira é consultora do Dança Contemporânea, da Sesc TV, pesquisadora da Enciclopédia Itaú Cultural de Dança e doutoranda em comunicação e semiótica pela PUC/SP. Atuou como bailarina, de 1989 a 2004, em companhias como Balé da Cidade de São Paulo (onde foi diretora artística assistente de 2003 a 2009) e StaaTstheatre de Kassel, na Alemanha.

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Elenco atual da companhia (1)

imagem: Emidio Luisi

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Elenco atual da companhia (2)

imagem: Emidio Luisi

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Exposição em São Paulo (1)

imagem: Ivson Miranda

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Exposição em São Paulo (2)

imagem: Ivson Miranda

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Exposição em São Paulo (3)

imagem: Ivson Miranda

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Exposição em São Paulo (4)

imagem: Ivson Miranda