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Ocupação Alceu Valença mergulha
na dimensão temporal do cantor

A 48ª mostra da série Ocupação Itaú Cultural, que se desdobra em programação em diálogo com o tema e um hotsite do instituto, encerra 2019 dedicada ao múltiplo artista, cantor, compositor, instrumentista e advogado brasileiro, natural de São Bento do Una, agreste de Pernambuco. A exposição tem ferramentas de acessibilidade e tecnológicas e percorre o seu imenso acervo, permitindo um passeio por todos os seus mundos. No fim de semana da abertura, tem shows de Alessandra Leão e Rafa Barreto e Almério, que repassam a sonoridade pernambucana.

 

O ano encerra no Itaú Cultural embalado pelo universo de Alceu Valença – dos versos às rimas, do baião ao frevo, do circo ao cinema, perpassando toda a sua vida e obra. O ano 2020, começa no instituto com o mesmo espírito. A Ocupação Alceu Valença é inaugurada no dia 14 de dezembro e se estende até 2 de fevereiro. A mostra tem curadoria de equipe do instituto, formada pelos núcleos de Artes Cênicas e de Música. A consultoria é de Julio Moura, autor de A luneta do tempo – um diário dos bastidores do filme de Alceu Valença, e a cenografia leva a assinatura do artista Leopoldo Nóbrega, criador no Carnaval de 2019 e no próximo da figura do Galo da Madrugada, um dos maiores blocos da folia pernambucana.

Trata-se da 48ª Ocupação, série realizada pelo instituto desde 2009 na qual celebra artistas brasileiros que influenciaram e influenciam gerações, figuras essenciais da arte e cultura do país. Tendo como fio condutor uma das principais questões do cantor e compositor pernambucano – o tempo, que não para –, a exposição apresenta ao público fotografias, poemas, músicas, audiovisuais, objetos e produções literárias de sua autoria.

A pesquisa teve início no acervo da mãe do músico, Adelma Valença, morta em outubro de 2018 aos 104 anos. Ela foi um forte estímulo na carreira musical do filho. Foi quem lhe deu, por exemplo, o seu primeiro violão, a contragosto do marido que queria ver o filho diplomado doutor em direito. Quando a sua carreira começou a acontecer e depois deslanchou, ela passou a guardar tudo o que dizia respeito ao seu menino. São muitos os mundos que ele percorreu nestas cinco décadas de carreira, aos quais o público tem acesso na Ocupação dividida em seis eixos.

Nascido na Fazenda Riachão, em São Bento do Una, no agreste pernambucano, o pequeno foi cravado pela cultura de sua terra natal – a feira da cidade, o circo, o cinema, a vaquejada, os aboiadores e violeiros. Suas primeiras influências vieram dos cantadores de feira, de Jackson do Pandeiro, Luiz Gonzaga e Marinês. Eles são a base de sua personalidade musical. Valença subiu pela primeira vez ao palco aos seis anos para concorrer em um concurso de talentos mirins de sua cidade. Ficou em segundo lugar com a música Meu bem, de Capiba. Aos 26, em 1972, disparou na carreira com o disco de estreia gravado em parceria com Geraldo Azevedo. Até hoje gravou 31 deles.

Alceu Valença chegou a cursar a Universidade Federal de Pernambuco e se formou advogado. Foi para Harvard, selecionado pela Associação Universitária Internacional graças à resposta que escreveu para “estabeleça a relação entre Cristianismo e Marxismo” – ela está estampada em um dos eixos da Ocupação.

O mundo deste pernambucano é como um caleidoscópio, onde, além da música cabem o cinema, o circo, a literatura, poesia, dramaturgia. Os seis eixos da Ocupação Alceu Valença pontuam todos eles, ao redor de uma representação do agreste no centro do espaço expositivo.

Na Ocupação, o público é recebido em uma antessala onde se lê seu poema O Tempo, exposto também em braile. Na sequência, se entra em um espaço com baixa luminosidade, pontuado de estrelas, em uma referência à luneta de seu filme A luneta do tempo (2014) e à constelação da família. Em seguida, tem a projeção de A Noite do Espantalho, filme de Sérgio Ricardo onde ele fez papel principal e representou o Brasil no Oscar para o melhor filme estrangeiro, em 1975.

O segundo eixo percorre a sua obra, parcerias e estrada, em uma espécie de psicodelia. O terceiro segue por Olinda. Ouve-se o mar e se vê Alceu Valença fazer breves aparições na janela. Também tem audiovisuais, como um super 8 gravado por ele mesmo, uma obra imersiva em 360 graus, sobre a cidade, e a gravação de um trecho de show que o cantor fez em Pernambuco, quando percebeu a presença de Dom Helder Câmara na plateia, e lhe fez uma homenagem.

Uma porta, na sequência, dá acesso ao eixo 4, o coração da mostra e representante do agreste. Tem paredes de barro, uma árvore feita de corda de sisal no centro, uma projeção de São Bento do Una atualmente, imagens de A Luneta do Tempo, referências circenses e um audiovisual em que o cantor pede chuva para o universo.

A passagem para o quinto eixo é feita entre uma lona de circo, lembrando que Valença queria trabalhar no picadeiro. A partir dali o público repassa toda a discografia do pernambucano e acessa a uma playlist criada pelo instituto com suas músicas para ouvir no Spotify. A saída pelo eixo 6 não poderia ser outra: referências ao Carnaval com uma paisagem sonora do HD pessoal do cantor construída por sons carnavalescos. Neste eixo também tem uma vitrola com 18 discos disponíveis para o público ouvir.

 

Tecnologia

Assim como aposta na inclusão de ferramentas de acessibilidade em suas exposições, o Itaú Cultural vem utilizando, cada vez mais, recursos tecnológicos nas mostras que apresenta ao público. Na Ocupação Alceu Valença tem uma obra em realidade virtual – nos eixos 4 e 5 – em que um vídeo leva o observador a uma experiência em 360 graus, acompanhando narrativa do próprio cantor.  Em cerca de cinco minutos se faz um passeio pelo agreste de São Bento do Una, onde Valença nasceu e viveu parte de sua infância, e Olinda, finalizando com o show VALENCIANAS II realizado por ele recentemente no Auditório Ibirapuera com a Orquestra Ouro Preto.

Uma série de QR Codes também se espalha pela exposição, ampliando o acesso do público ao mundo de Valença. Um deles, está no audiovisual com um depoimento do cantor e remete para o verbete do artista na Enciclopédia Itaú Cultural de Artes. Outro, entre fotos do compositor e ao lado de Geraldo Azevedo, direciona para um depoimento do parceiro no site do instituto. Igualmente, entre imagens de Jackson do Pandeiro e Valença no Projeto Pixinguinha, o código leva para depoimento do pernambucano sobre sua parceria com o alagoano. Tem ainda o QR Code que remete para a obra em realidade virtual de Olinda e mais um para a playlist no Spotify com músicas do homenageado desta Ocupação.

 

Música

Nos dias 14 e 15 de dezembro (sábado e domingo), o Itaú Cultural leva ao público dois shows que acontecem em sinergia com a Ocupação Alceu Valença.  No primeiro, os músicos Alessandra Leão e Rafa Barreto apresentam Punhal de Prata, onde revisitam obras de Valença lançadas na década de 70 em meio ao cenário psicodélico de Recife. O repertório foi montado a partir dos quatro primeiros discos lançados naquele período: Quadrafônico - 1972, Molhado de Suor - 1974, Vivo! - 1976 e Espelho Cristalino - 1977. Este show acontece às 20h do sábado e marca a primeira parceria entre a pernambucana Alessandra Leão e o paulistano Rafa Barreto para se debruçar sobre um repertório de um autor consagrado.

Às 19h do domingo, Almério, vencedor da categoria Cantor Revelação do Prêmio da Música Brasileira em 2018, apresenta músicas de compositores da mesma região no seu segundo álbum Desempena. O artista recorda canções clássicas da MPB dos anos de 1960 e de 1970, e, ao mesmo tempo, os sons eletrônicos aliados a pífanos, alfaias, violas e zabumbas.

 

 

Serviço

Ocupação Alceu Valença

Abertura: sábado 14 de dezembro, às 11h

Visitação: de 14 de dezembro de 2019
a 2 de fevereiro de 2020

Piso térreo

Classificação etária: livre

De terças-feiras a sextas-feiras, das 9h às 20h
(permanência até 20h30)

Sábados, domingos e feriados, das 11h às 20h

Piso térreo

 

Realização:

Itaú Cultural

Avenida Paulista, 149,
Estação Brigadeiro do Metrô

Fones: 11. 2168-1777

Acesso para pessoas com deficiência

Ar condicionado

 

Estacionamento:
Entrada pela Rua Leôncio de Carvalho, 108

Se o visitante carimbar o tíquete na recepção do Itaú Cultural:

3 horas: R$ 7; 4 horas: R$ 9; 5 a 12 horas: R$ 10.

Com manobrista e seguro, gratuito para bicicletas.

 

     

Assessoria de Imprensa:
Conteúdo Comunicação

Fone:  +55 11 5056-9800

No Itaú Cultural:

Fone: 11.2168-1950

Carina Bordalo (programa Rumos)

Fone: 11.2168-1906