Percurso explora a multiplicidade da obra do artista

Esta mostra apresenta uma trajetória diversificada: a de Carlos Augusto da Silva Zilio, responsável por uma obra que, nos últimos 60 anos, se constituiu com ironia, engajamento político, estudo da forma, incursões subjetivas e crítica de arte. Assim, estão neste espaço expositivo momentos criativos autônomos, como que muitas vidas em uma.
‍
A exposição Carlos Zilio – a querela do Brasil é um percurso por essa multiplicidade. Nascido em 1944, no Rio de Janeiro (RJ), Zilio foi formado pelo contato com a arte na infância, pelos afetos familiares e pela admiração por mestres, como o pintor Iberê Camargo (1914-1994). Na década de 1960, participou da luta armada e foi preso pela ditadura militar. Após o exílio, retornou ao Brasil, onde consolidou uma carreira como professor. Hoje, sua criação segue em movimento e exibe nova fase.
‍
No conjunto, trata-se de um trabalho que contempla diálogos entre o pintar e questões de ordem coletiva do nosso tempo, unindo a isso uma busca por novas maneiras de expressão – da investigação conceitual ao exercício livre, passando pela política.
‍
Com curadoria de Paulo Miyada, a mostra ocupa três andares do Itaú Cultural (IC), nos quais o público tem a oportunidade de conhecer pinturas, desenhos e instalações do artista, além de vídeos que ilustram sua trajetória. A exposição destaca a riqueza e a diversidade da obra de Zilio e, sobretudo, reconhece sua força criativa e relevância para a arte contemporânea no Brasil.
‍
Itaú Cultural