Foto: Gabi Carrera

Acessibilidade

Conteúdos acessíveis idealizados pelo Itaú Cultural e em parceria com o Instituto Tunga são disponibilizados no Musea

Os recursos de acessibilidade desta exposição estão disponíveis no aplicativo que reúne audioguias, videoguias, teaser e audiodescrições, ao lado de conteúdos educativos e complementares preparados para contribuir na imersão do público na vida e obra do artista. Eles podem ser baixados na loja de aplicativos do celular ou acessado por QR Code em versão web.

Cinco objetos táteis inéditos para o projeto de acessibilidade da exposição TUNGA: conjunções magnéticas, acompanhados de audiodescrições, foram desenvolvidos pelo Instituto Tunga, em parceria com o Itaú Cultural – um sexto, que havia sido produzido pelo próprio artista também estará disponibilizado para toque. Eles atendem as necessidades de pessoas com baixa visão. Nestas peças, alguns símbolos do vocabulário do artista reaparecem com novo propósito – ver com as mãos, sentir o que não está, perceber o outro sendo visto ou compartilhar uma percepção. O projeto permitiu ao próprio instituto revisitar a obra de Tunga. Além desses objetos, o Itaú Cultural preparou três mapas, igualmente táteis (também para pessoas com baixa visão), seis audioguias, sete videoguias e mais uma audiodescrição, para atender a todos os públicos.

Todo o conteúdo de acessibilidade pode ser acessado pela Musea, plataforma para exposições que permite continuar a visita após sair da exposição, ou por QR Code, simultaneamente durante a visita à exposição. Vejas quais são:

Objetos táteis

Pensados pelo Instituto Tunga e pelo Itaú Cultural, atendem as necessidades de pessoas com baixa visão.

1. A importância do desenho na obra do Tunga e a série de Gravitações magnéticas, de 1980, são explorados através de uma prancha tátil de um dos desenhos da série.

2. Um tipo de trançado recorrente na obra de Tunga tinha inspiração nos Tipitis – espécie de espremedor de palha trançada que os índios da região amazônica usavam para escorrer e secar mandioca. Este objeto tátil apresenta esta trama e trata sobre o conceito de "bolso" na obra do artista, fazendo relação com a obra Sem título da série Marionettes e Cooking Crystals. Ele é feito com cabo de aço revestido de náilon. 

3. Discos de cera - Estes objetos, feito em cera, fazem referência, de uma forma surrealista e livre como Tunga fazia, às reentrâncias e saliências do corpo. Estão relacionados com as obras Ão, Toro e Sem título, da série Morfológicas.

4. Mondrongo – produzido em resina, este objeto tátil levemente oval tem ramificações em sua base que lembram taças ou funis. Se relaciona com a obra Balança com Dentes

5. Copos e ímãs são utilizados neste objeto para demonstrar o poder do magnetismo na obra de Tunga, com suas conjunções, atração e repulsão, construção de pontes. Ele faz relações com as obras: Palíndromo Incesto, Lezart, TaCaPe, Sem título, da série Estojo e Sem título, da série Portal.

6. Mesa de três pés – com ela, se apresentam os conceitos de equilíbrio e de fragilidade e leveza. Três obras da exposição também apresentam essa forma, uma espécie de mesa de três pés na qual o quarto pé de apoio é a haste de abajur. No objeto tátil, o quarto pé de apoio é um bastão de madeira.

Audiodescrições

Atendem as necessidades de pessoas com baixa visão.

1º andar
Fone 1:  
Apresenta o artista e descreve o mapa tátil, na faixa 1. Leitura do texto curatorial na faixa 2.

Fone 2:  
A faixa 1, descreve o andar, apresenta informações a respeito das primeiras obras de Tunga – desenhos – e quem o influenciou, como Marcel Duchamp, o poeta e desenhista Henri Michaux, o surrealista André Masson e o escritor Georges Battaile. Ele não compartilhava das influências mais comuns em sua geração, como o pop art e a arte conceitual, mas bebia de fontes ligadas ao surrealismo.  

O áudio faz referência, ainda às obras apresentadas neste piso: os desenhos da série “From ‘la voie humide’”, os Desenhos Protuberantes e as Phanografias, além de grandes esculturas expostas ao centro do espaço expositivo, como uma de dois metros de altura, que compõe “From ‘la voie humide’”, e Palíndromo Incesto.  

A faixa 2 explora o primeiro objeto tátil da exposição: um dos desenhos de Tunga, que também está reproduzido em grande escala na parede próxima ao texto curatorial.

Fone 3:  
Uma das faixas descreve o objeto tátil Tipiti, cuja trama foi muito explorada pelo artista. Também relata, quando, na exposição Pálpebras, de 1979, no Rio de Janeiro, Tunga explicou que sua arte buscava fugir da supervalorização da visualidade. Trata, ainda, das diversas referências e temas recorrentes que ele utilizava em seus trabalhos. Uma delas era o cabelo, cuja forma ele explorava em suas esculturas estilizando tranças em materiais variados, como o metal, porém com estrutura que dava uma aparência de leveza e de flexibilidade.

Neste andar, tem uma obra em que Tunga utilizou o princípio do Tipiti para dar esse efeito, como Marionete, na entrada. Ela lembra um corpo em suspensão, preso por fios a bastões de metal, remetendo a uma trança. O corpo é feito de tipitis e dentro de cada um deles, há objetos. A composição das tramas e de objetos forma esse corpo desconstruído, que parece ora voar, ora estar caindo.

Fone 4:  
Aqui, são descritas as instaurações de Tungaconceito ligado às modalidades efêmeras de arte, como o happening e a performance. O espaço expositivo, apesenta algumas imagens delas, projetadas em algodão cru.

1º subsolo
Fone 1:  
Esta audiodescrição apresenta, de forma breve, o andar a partir do mapa tátil, destacando os objetos táteis para serem explorados sobre obras que se encontram neste andar. Um deles faz referência ao processo de construção da série Morfológicas, ali exposto, para o qual Tunga partiu de uma brincadeira com massinha de modelar de dentista, deixando marcas do próprio corpo e trabalhando os conceitos de vazio e cheio. Ainda, apresenta elementos de seu ateliê, entre diversos estudos para elaborar essa série como borracha, látex ou cerâmica.  Já no trabalho finalizado, as obras desta série são feitas de resina, cerâmica esmaltada, bronze, entre outros materiais.

Fone 2:  
A audiodescrição deste fone se debruça no objeto tátil Mondrongo, com dimensão aproximada de 95 por 65 por 60 de altura, apoiada em uma base sobre uma espécie de mão francesa, estruturada na parede. Este objeto faz referência à obra Balança com dentes, que os visitantes conhecerão no andar de baixo.

2º subsolo
Fone 1:  
Aqui, é descrito o que este piso oferece a partir do mapa tátil, como desenhos feitos com aquarela e nanquim sobre papel. São traços e manchas pretos, com bordas levemente arredondadas, com pequenas ondulações na borda inferior. Estes desenhos remetem à aparência externa do nu físico, como se vê em uma escultura da série Vê-nus, situada no centro do andar. Uma dessas manchas desenhada por Tunga, com pequenas ondulações na borda inferior, é transposta para a escultura em borracha preta presa a uma base de metal assimétrica e vazada iluminada por lâmpadas iluminam a obra.

Fone 2:  
Nesta audiodescrição, apresentam-se, de forma mais detalhada, as obras de destaque do andar, como Albinos, de 1982, que trazem a referência de uma marionete, com elementos que separam e ao mesmo tempo conectam o corpo da marionete ao corpo do manipulador. São peças de chumbo, feltro de lã e ferragem. As obras lembram corpos recortados no feltro e remontados por meio de parafusos e cordões em diversas variações, colocando em oposição a estrutura rígida e a flexibilidade do feltro.

Mais uma descrição se refere à instalação Lezart, exposta originalmente em 1989. Nela, há algumas placas de cobre e aço do tamanho de uma pessoa agrupadas. Sobre as placas, há uma porção de ímãs. Um emaranhado de fios de cobre, presos aos ímãs e às placas, se espalha pelo chão, lembrando cachos de cabelos. Lezart ocupa um espaço de 50 cm de altura, 35 de largura e 75 de profundidade.  

Outro destaque é Balança com dentes, apresentada em objeto tátil do andar superior. A balança possui dois metros de altura, 70 cm de largura e 3 metros de profundidade. Nesta obra de 2008, o artista traz novamente a referência de uma marionete

Fone 3:  
Descreve-se, aqui, o objeto tátil Ímãs que explora um pouco mais a relação de Tunga com o magnetismo, colocando pedrinhas magnéticas em copos para criar esculturas que tenham essa propriedade mecânica. Aqui, se faz referência à obra TaCaPe, de 1986, na qual o artista grudou ímas a uma haste metálica vertical, formando este tipo de bastão usado como arma por povos nativos brasileiros. No título da obra, as sílabas Ta, Ca e Pe são separadas por letras maiúsculas, dando a ideia de partes que se unem em um todo.

Fone 4:  
Descreve o objeto Mesinha com 3 pés, última parada da visita e referência direta às obras expostas no centro do espaço expositivo. São mesas parecidas com três pés fixos, nas quais Tunga explorou usar abajures no lugar do quarto pé, móvel. Os abajures dessas obras estão enroscados em asas de borboleta vazadas, feitas de metal. Da haste de cada abajur, sai um fio elétrico. O equilíbrio da mesa pode mudar, dependendo de qual objeto é colocado como suporte.

WebApp Musea 

Este aplicativo de celular e web procura concentrar fotografias, vídeos, textos e áudios da   exposição, tornando o conteúdo acessível para pessoas com deficiência auditiva e visual. Os diferentes conteúdos da exposição são apresentados por andar e divididos nos seguintes eixos:

1º Andar
1. Apresentação 
2. Processo Criativo 
3. Entrelaçamentos 

1º Subsolo
4. Circularidade 
5. Campo Expandido  

2º Subsolo

6. Materiais e Magnetismo 
7. Equilíbrio e Sensações 

Audioguias

Elaborados pelo Núcleo de Educação e Relacionamento do Itaú Cultural, funcionam como uma visita em áudio, disponível no espaço expositivo por QR  Code. Assim, o visitante pode acessar as faixas de áudio no seu dispositivo e circular pelo espaço da mostra tendo acesso ao conteúdo que traz explicações, reflexões e diálogos a partir dos itens expostos. Apresenta, ainda, aspectos biográficos sobre Tunga no que se refere à família, formação e início de sua trajetória no mundo das artes. 

1. Apresentação e pequena biografia de Tunga

2. Sobre o processo criativo do artista, por meio de seus dois locais de trabalho, o Pensatorium e o Laboratorium.

3. Este áudio aborda especificamente o trabalho de Tunga na série de Morfológicas dando ênfase no caráter de estudo que ele emprega nas suas obras.

4. Aqui, se fala sobre o processo de concepção da série Eixo Exógeno, apontando-a como exemplo de obras que trabalham o tema do feminino.

5. Este audioguia trata de uma linha de trabalho muito importante na carreira de Tunga, as “instaurações”. Por meio dela, o audioguia discorre sobre como o artista se inspira em manifestações do campo teatral, criando um trabalho híbrido.

6. O último audioguia aborda a noção de "campo expandido". Alocando o trabalho de Tunga no contexto da contemporaneidade, faz um paralelo com o trabalho de Joseph Beuys

Videoguias

Elaborados pelo educativo, em Libras e com legenda em português, tem como princípio apresentar a mostra ao público surdo, propondo trajetos e diálogos. Ele fica disponível no espaço expositivo em tablets fixados nas paredes e dividido em faixas temáticas em consonância com os conteúdos da exposição. 

1. Apresenta a exposição junto de uma breve introdução sobre quem é Tunga, tomando como referência o significado de seu nome.

2. Aborda o tema do corpo apoiado na obra From 'La Voie Humide. Sugerindo uma breve leitura da escultura, fala como Tunga trabalha o elemento corpo de maneira fragmentada nesta obra, com intuito de ilustrar o conceito de Cola-poétia/Energia de Conjunção.

3. Aqui, o assunto é a inspiração de Tunga na alquimia, por meio de breve apresentação da relação das obras Phanografos e Quase Auroras.

4. Este apresenta a visão de arte sobre Tunga e objetivo do artista de tratar de assuntos que sejam comuns a todos independentemente da cultura. A trança é um destes elementos.

5. Este apresenta o conceito de Toro (ou toróide), trabalhado de diversas maneiras por Tunga. A proposta é mostrar como esse conceito permeia a sua produção na intenção de promover encontros.

6. Aqui, se discorre sobre as sensações que as obras de Tunga despertam no público, destacando a sensação do equilíbrio, no qual um conjunto de forças que imperam sobre a matéria.  

7. Por fim, este trata da qualidade artística que Tunga aplica no tratamento sobre os materiais, destacando o imã como um material que traz a síntese da sua ideia de energia de conjunção.

Video com audiodescrição

Neste vídeo, uma colagem visual é gerada a partir da sequência de imagens e vídeos de performance, mostrando um panorama das sensações que o trabalho de Tunga instiga.

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De 11 de dezembro 2021 a 10 de abril de 2022
Itaú Cultural (1º andar, subsolo 1 e subsolo 2) e Instituto Tomie Ohtake (Salas 1 e 2 e Grande Hall)  

Realização: Equipe Itaú Cultural e Instituto Tunga

Parceria: Instituto Tomie Ohtake

Curadoria: Paulo Venancio Filho

Projeto expográfico: Isa Gebara

Classificação indicativa: 12 anos 

Entrada gratuita, sem necessidade de agendamento prévio

Itaú Cultural

Funcionamento: terças-feiras a domingo, das 11h às 19h.

Informações: pelo telefone (11) 2168.1777. Atualmente, esse número funciona de segunda-feira a domingo, das 10h às 18h.
E-mail: atendimento@itaucultural.org.br

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Instituto Tomie Ohtake

Av. Faria Lima 201 - Complexo Aché Cultural (Entrada pela Rua Coropés, 88) - Pinheiros SP

Funcionamento: Terça-feira a domingo, das 11h às 20h | Metrô mais próximo - Estação Faria Lima/Linha 4 - amarela

Informações: 11 2245 1900  

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