Institucional

Figura emblemática das artes visuais brasileiras, construtor de um universo imaginativo único e produção refinada

Com mais de 300 peças em exibição, entre obras e itens do ateliê, TUNGA: conjunções magnéticas celebra a produção artística de Antônio José de Barros Carvalho e Mello Mourão (1952-2016), o Tunga. O artista, dono de um universo imaginativo único e de uma produção refinada, é figura emblemática das artes visuais do país.  

Formado em arquitetura e urbanismo na década de 1970, ele dialogou com grandes nomes das artes contemporâneas, como Waltércio Caldas, Cildo Meireles, Sergio Camargo e Lygia Clark – os três últimos já tema de exposição no Itaú Cultural (IC).

Desenhos, esculturas, objetos, instalações, vídeos e performances. A diversidade de suportes revela os múltiplos interesses de Tunga, que percorria diferentes áreas do conhecimento, como literatura, matemática, arte e filosofia. A pluralidade também se fez presente no uso de materiais. De maneira notável, Tunga explorou ímãs, vidro, feltro, borracha, dentes e ossos. Sua obra ganhou simbologia e presença, aproximando-o da produção artística em evidência no panorama internacional.  

A partir da década de 1980, Tunga participou da Bienal de Veneza, teve quatro passagens pela Bienal internacional de São Paulo e expôs no Museu de Arte Moderna (MoMA), em Nova York, e na Whitechapel Gallery, em Londres. No Instituto Inhotim, em Minas Gerias, dois espaços destacam sua obra, a Galeria True Rouge (2002) e a Galeria Psicoativa (2012). Tunga é o primeiro artista contemporâneo e o primeiro brasileiro a expor no Museu do Louvre, em Paris, em 2005.  

Parte dessa extensa produção está em TUNGA: conjunções magnéticas. Além do IC, a mostra estende-se para o espaço do Instituto Tomie Ohtake, que recebe a escultura Gravitação magnética (1987) – cujos esboços ocupam ambos os espaços culturais – e o filme-instalação Ão (1981).  

Desde 2010, o IC revisita, em mostras individuais, o acervo de artistas fundamentais do cenário brasileiro; em 2022 será a vez do sergipano Arthur Bispo do Rosário. O conteúdo dessas exposições se expande no site Itaú Cultural e na Enciclopédia Itaú Cultural de arte e cultura brasileira.