Itaú Cultural: 32 anos dedicados à arte no Brasil
contribuindo para a valorização da cultura brasileira
Nestas três décadas, o instituto tem se dedicado à pesquisa, mapeamento, incentivo, produção e difusão de manifestações artístico-intelectuais nas mais diversas áreas de expressão. A organização mantém, ainda, intensa programação gratuita, tanto em sua sede em São Paulo, quanto em equipamentos culturais parceiros em todo o país e por meio de transmissão on-line das iniciativas que também contém ferramentas de acessibilidade.
Braço institucional do banco Itaú voltado para a pesquisa, mapeamento, incentivo, produção e difusão da cultura brasileira em todas as suas áreas de expressão, o Itaú Cultural mantém, desde 1987, intensa programação gratuita. As atividades são realizadas tanto em sua sede em São Paulo, quanto em equipamentos culturais parceiros em todo o país e, na atualidade, também por meio de transmissão on-line das iniciativas.
Desde o início de sua história, o Itaú Cultural promoveu mais de oito mil atividades focadas nas mais diversas áreas de expressão, inclusive com abrangência internacional. Até o final de 2018, mais de 182,3 mil foram impactadas presencial e virtualmente pelos projetos promovidos pelo instituto ao longo da sua existência.
Em 2017, o orçamento do instituto passou a ser composto exclusivamente por recursos diretos do Itaú Unibanco, sem a utilização de benefícios fiscais da Lei Rouanet. O aporte para as atividades do instituto em 2017 foi de R$ 93 milhões, mantido em 2018. Antes disso, a partir de 2009, a instituição já vinha reduzindo as verbas incentivadas em sua operação e projetos. Enquanto se valia da Lei Rouanet a organização utilizava o Artigo 26 desta lei que prevê contrapartida no sistema e permite a dedução de 40% do IR (e não 100%, como previsto no Artigo 18) até o limite de 4% do imposto devido pelo mantenedor.
Um dos maiores editais privados de financiamento de projetos culturais do país, o Programa Rumos é realizado pelo Itaú Cultural desde 1997. A iniciativa recebeu mais de 64,6 mil inscrições desde a sua primeira edição – na mais recente (2017-2018), foram inscritos 12.616 projetos e selecionados 109. O programa já apoiou mais de 1,4 mil iniciativas em artes visuais, arte e tecnologia, cinema e vídeo, dança, educação, literatura, jornalismo cultural, música, teatro e pesquisa.
O instituto também é grande produtor de conteúdo sobre a arte e a cultura brasileiras. Em seu portfólio, registra 832 títulos publicados – entre vídeos, livros e enciclopédias. Em 32 anos, cerca de um milhão de itens já foi distribuído gratuitamente a bibliotecas, escolas públicas, instituições culturais, emissoras de rádio e TV, pública e comunitária, e pesquisadores em todo o Brasil. A preocupação com a educação se manifesta, ainda, em uma intensa programação para escolas públicas e privadas na sede da instituição.
A instituição, acompanha os debates da contemporaneidade, estimulando reflexões sobre os novos temas que permeiam a sociedade brasileira. Em sua programação realizam-se eventos focados nos temas da sexualidade, da afetividade e da identidade de gênero, bem como de negritude e indígenas, além de contar com comitês internos para discutir questões raciais e de acessibilidade. Também dá atenção especial aos recursos acessíveis em toda a sua programação – presencial e online –, oferece um curso de Língua Brasileira de Sinais (Libras) para parte de seus colaboradores e prioriza a contratação de profissionais negros. Desde agosto e até novembro deste ano, o instituto promove o curso Culturas Surdas na Contemporaneidade: Criações e Vivencias Artísticas, oferecido gratuitamente em parceria com o Instituto Singularidades.
Programação, debates e formação na web
O Itaú Cultural produz, ainda, conteúdo para o público não presencial. A maioria das atividades que promove conta com desdobramentos virtuais. O seu site é importante ferramenta para aproximar cada vez mais o público de todos os produtos, eventos e reflexões gerados pela instituição. Transmite palestras, debates, shows e apresentações on-line, para que o púbico de outras partes do país possa acompanhar a programação simultaneamente. Desde que foi ao ar em 1997, o seu site soma mais de 163,8 milhões de acessos únicos.
O instituto também investe cada vez mais nas redes sociais e nas divulgações online de sua programação. A maioria de suas ações conta com desdobramentos virtuais e parte da programação resulta em programas de rádio e TV, que vem sendo distribuídos para uma ampla rede de emissoras públicas e comunitárias, ampliando o alcance das iniciativas. Em 2018, registrou cerca de 840 mil fãs em sua página no FaceBook, conquistou mais de 120 mil seguidores, no Instagram, e mais de 123 mil no Twitter. Os seus mais de 6,8 mil vídeos abocanharam 9,7 milhões de visualizações.
Enciclopédia online
Entre as iniciativas na web, o instituto disponibiliza a Enciclopédia Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. Uma das principais plataformas da casa, ela nasceu em 1987, mesmo ano da fundação da instituição e antes mesmo do advento da internet. Disponível na web desde 2001 – no endereço enciclopedia.itaucultural.org.br –, ganhou caráter inédito ao reunir bases de dados de textos, imagens, mídias e eventos relacionados a artistas, instituições, grupos, exposições, espetáculos e obras de diversas áreas de expressão. Atualmente soma mais de 200 mil registros; 137 são vídeos de depoimentos e entrevistas.
Assim, a Enciclopédia Itaú Cultural, se traduz como grande compêndio de arte e cultura brasileira e de informação cultural na web nas artes visuais, literatura, teatro, cinema, dança e música. Cada verbete de artista apresenta biografias, análises e informações sobre todo o contexto em que ele produziu a sua obra. Traz, ainda, esclarecimentos sobre termos e conceitos empregados no universo artístico e histórico de grupos e movimentos. O cruzamento destas informações, apuradas e validadas pelos pesquisadores e consultores do Itaú Cultural, permite ao visitante conhecer as incursões dos artistas em outros ramos das artes, que não o seu original. Por exemplo, o escritor Mário de Andrade ou o diretor de teatro Flávio Rangel, entre outros, cujos trabalhos trafegaram por várias áreas de expressão. Todo o material é constantemente atualizado e ampliado.
Em 2017, quando o Itaú Cultural completou 30 anos, a Enciclopédia ganhou novo visual, chaves para quem tem deficiência visual, cegos e surdos e desdobramento responsivo com adequação de suas páginas ao desktop, celular ou notebook. Em 2018 teve mais de 20 milhões de acessos únicos.
Só para citar alguns dos nomes que constam nesta enciclopédia, entre os músicos encontram-se Dorival Caymmi, Tom Jobim, Chiquinha Gonzaga, Milton Nascimento; Leonilson, Hélio Oiticica, Cândido Portinari, Tarsila do Amaral, nas artes visuais – Regina Silveira em arte cibernética, para citar um exemplo –; os escritores Nelson Rodrigues, Machado de Assis, Monteiro Lobato, Clarice Lispector, Milton Hatoum, Moacir Scliar; os atores Walmor Chagas, Ruth de Souza, José Celso Martinez Corrêa, entre outros do teatro. Ainda, os desenhistas e caricaturistas Henfil, Angeli, Laerte e Glauco. Na dança, o Ballet Stagium, Grupo Corpo, Lia Roberto, Marilena Ansaldi, Maria Duschenes ou, no cinema, Sandra Kogut, Beto Brant, Rogério Sganzerla, Luiz Sergio Person.
Para garantir a uniformidade na coleta desses dados e a coerência entre o material alocado em cada eixo, foram adotadas metodologias comuns para sua execução, como a indexação, o vocabulário controlado, critérios de inclusão e escolha dos verbetes e ordem de apresentação.
Formação e Observatório Cultural
No campo da formação, por meio do Observatório Itaú Cultural, há 10 anos o instituto vem oferecendo o curso de Especialização em Gestão de Políticas Culturais em parceria com a Cátedra Unesco Políticas Culturais e Cooperação da Universidade de Girona, Espanha, cujas aulas são ministradas em fases pela web e outras presenciais. Até agora, o curso recebeu mais de 12 mil inscrições dos mais diversos estados do país e atendeu quase 400 alunos. Somente no biênio 2017/2018, foram 468 inscritos em 43 vagas e 378 alunos formados, em São Paulo. No mesmo período, mas no Dragão do Mar, em Fortaleza, foram 344 inscritos para 40 vagas e 34 alunos formados.
Ainda no âmbito da gestão, foi criada a Semana de Gestão e Políticas Culturais, em que o instituto vai até as localidades. Desde a sua criação, em 2008, o curso de 40 horas beneficiou mais de três mil profissionais ligados às áreas culturais entre as 34 cidades por onde passou: São Luiz (MA), Porto Velho (RO), Boa Vista (RR), Rio Branco (AC), Salvador (BA), Aracaju (SE), Maceió (AL), João Pessoa (PB), Florianópolis (SC), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Goiânia (GO), São Paulo (SP), Macapá (AP); Recife (PE), Bauru (SP), Ribeirão Preto (SP), Presidente Prudente (SP), Belo Horizonte (MG), Janaúba (MG), Feira de Santana (BA), Crato (CE), Canoas (RS), Foz do Iguaçu (PR), Belém (PA), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Natal (RN), Palmas (TO), Teresina (PI) e Vitória (ES).
A proposta desse curso rápido é realizar uma formação de produtores e gestores culturais para que possam lidar melhor com as especificidades da gestão cultural, compreender as diversas demandas de sua região, e os desafios da atualidade. Ainda nesta área, em 2017 o instituto compôs a primeira turma do curso de especialização em gestão e políticas culturais EAD (Ensino a Distância). Participaram dessa primeira classe 250 alunos. Em 2018, houve um total de 5.126 inscrições, 180 alunos matriculados e 88 aprovados.
Em 2016, o Itaú Cultural criou a Cátedra Olavo Setubal, primeira na Universidade de São Paulo para discutir questões do universo das artes e da gestão cultural, além de temas científicos e sociais. Desenvolvida em parceria com o Instituto de Estudos Avançados (IEA/USP), com duração mínima de cinco anos, a disciplina tem como primeiro titular o cientista político, filósofo, diplomata e primeiro titular da cátedra, Sérgio Paulo Rouanet. Em 2017 o titular foi o arquiteto, designer gráfico e gestor cultural Ricardo Ohtake, para cerca de 300 alunos presenciais e mais de 500, via web. Em 2018, a titular foi a educadora e ativista social Eliana Souza e Silva, fundadora da ONG Redes de Desenvolvimento da Maré. Entre presencial e online, a audiência naquele ano foi de 555 pessoas – 144 presenciais e 411 online. Atualmente, a cadeira é dividida pelo curador Paulo Herkenhoff e Helena Nader, membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC). A cátedra compõe o curso para alunos da USP, pesquisadores, artistas, produtores culturais, instituições culturais.
Arte e a cultura em todo o país
O Itaú Cultural está presente em todo o país, fisicamente, por meio de parcerias com instituições culturais, públicas ou privadas. Esta foi a política estabelecida pelo instituto para atuar em todo o território nacional. Em vez de criar equipamentos nos diversos estados, optou-se por se unir e fortalecer as organizações já existentes, legítimas conhecedoras das realidades locais. Assim, a instituição leva exposições de artes visuais, espetáculos de artes cênicas, seminários, encontros com artistas, debates sobre temas culturais, entre outras iniciativas, a todas as regiões do Brasil. Ao longo dos últimos anos, foram realizadas 224 exposições itinerantes do acervo e produzidas pelo instituto, visitadas por cerca de 2,5 milhões de pessoas.
Só para citar um ano, em 2018 o Itaú Cultural realizou cerca de 1,2 mil atividades diferentes no Brasil e no exterior, alcançando aproximadamente 760 mil pessoas. Neste mesmo ano, a instituição realizou nove exposições itinerantes que passaram por diversas cidades brasileiras: Imagens Impressas: um percurso histórico pelas gravuras da coleção Itaú Cultural, foi vista pelo público do Museu de Belas Artes, no Rio de Janeiro, do Instituto Figueiredo Ferraz, em Ribeirão Preto, do Museu Nacional da República, em Brasília, e do Museu de Arte de Santa Catarina, em Florianópolis. Em Curitiba, o Museu Oscar Niemeyer recebeu Narrativas em Processo: Livros de Artista na Coleção Itaú Cultural. Para Porto Alegre foi Moderna para Sempre - Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú, na Fundação Iberê Camargo, seguindo para o Espaço Cultural da Embaixada do Brasil em Buenos Aires. Santos Dumont na Coleção Brasiliana Itaú foi para o espaço cultural da Unifor, em Fortaleza. A itinerância de Spider na Coleção Itaú Cultural, a escultura de Louise Bourgeois, foi iniciada no final do ano com a sua exibição no Instituto Inhotim, em Brumadinho. No total, cerca de 182 mil pessoas visitaram estas mostras em 2018.
Naquele mesmo ano, as exposições realizadas no instituto, na avenida Paulista, foram vistas por um público de cerca de 345 mil pessoas. Foram elas: Véio – a Imaginação da Madeira, Ser Estar – Sergio Rodrigues, German Lorca: Mosaico do Tempo - 70 anos de Fotografia e Imagens Impressas: um Percurso Histórico pelas Gravuras da Coleção Itaú Cultural.
Preservação e resgate da obra de brasileiros
Acreditando que cultura é um patrimônio de cada país que deve ser preservado e difundido, o Itaú Cultural também tem uma forte atuação no resgate da produção, história e processo de criação de importantes artistas da cultura brasileira, tanto em exposições como em realização de documentários. O instituto apoiou e apoia, ainda, a catalogação e a digitalização de acervos como os dos artistas visuais Hélio Oiticica, Waldemar Cordeiro, Lygia Clark, Regina Silveira e Nuno Ramos, do músico Elomar Figueira Mello, da estilista Zuzu Angel, dos arquitetos Sergio Camargo e Oscar Niemeyer, do cenógrafo e também artista visual Flávio Império, da fotógrafa Claudia Andujar, do jornalista Vladimir Herzog e outros brasileiros de todas as origens e segmentos artísticos, em um total de cerca de 49 nomes.
Um dos projetos nesse campo é o Ocupação, uma série de exposições idealizada para fomentar o diálogo da nova geração de artistas com os criadores que os influenciaram e ampliar o conhecimento do público sobre estas personalidades. Desde a sua criação, esta iniciativa já revisitou o trabalho e a história de artistas como Nelson Leirner, Abraham Palatnik, Zé Celso, Paulo Leminski, Chico Science, Rogério Sganzerla, Regina Silveira, Haroldo de Campos, Angeli, Nelson Rodrigues, Antonio Nóbrega, Mário de Andrade, Nelson Pereira dos Santos, Sérgio Britto, Zuzu Angel, Jards Macalé, Laerte, Aloisio Magalhães e grupo Giramundo. O Ocupação também já homenageou nomes como Elomar, Hilda Hilst, Dona Ivone Lara, João das Neves, Vilanova Artigas, Grupo Corpo, Glauco, Cartola e Abdias Nascimento.
Em 2017, a série Ocupação teve como foco a trajetória de mulheres fundamentais da arte e da cultura brasileiras: a atriz Laura Cardoso, a escritora Conceição Evaristo, a crítica de arte Aracy Amaral, a cantora Inezita Barroso e a psiquiatra Nise da Silveira. A exposição feita em homenagem a Conceição Evaristo deu origem a uma mostra apresentada no Centro de Artes da Maré, no Rio de Janeiro, que também recebeu uma itinerância da Mostra Diálogos Ausentes, composta de trabalhos de artistas negros. No ano passado, as homenagens foram para Angel Vianna, Antonio Candido, Ilê Ayê, Paulo Mendes da Rocha, cujas mostras foram visitadas por cerca de 380 mil pessoas. Em 2019, as personalidades que deram nome à Ocupação, até agora, foram Manoel de Barros, Gregori Warchavchik, Lydia Hortélio e, atualmente em cartaz, Vladimir Herzog.
Ainda no campo do resgate, o Itaú Cultural desenvolveu uma série de documentários sobre grandes nomes da cultura brasileira. Batizada Iconoclássicos, ela reúne os títulos Daquele Instante em Diante, sobre o músico Itamar Assumpção, dirigido por Rogério Velloso; EVOÉ! Retrato de um Antropófago, documentário sobre o dramaturgo Zé Celso, dirigido por Tadeu Jungle e Elaine Cesar; Mr. Sganzerla – Os Signos da Luz, um retrato de Rogério Sganzerla sob o olhar de Joel Pizzini; Ex-Isto, livre adaptação de Catatau, de Paulo Leminski, por Cao Guimarães, e Assim É, se Lhe Parece, filme de Carla Gallo sobre Nelson Leirner. A série foi apresentada no Canal Curta! em uma parceria do instituto com esta emissora.
Todos esses filmes já foram exibidos gratuitamente ao público em salas do Espaço Itaú de Cinema em diferentes cidades do país. No mesmo espírito, em 2014 entrou em cartaz e itinerou por diversas cidades brasileiras o filme Ouvir o Rio: Uma Escultura Sonora de Cildo Meireles. O longa-metragem, dirigido por Marcela Lordy, é sobre a busca pelo som da água pelo artista visual que lhe dá nome. O instituto produziu, ainda, A Paixão de JL, documentário sobre Leonilson dirigido por Carlos Nader, que tem percorrido festivais e colhido premiações importantes dentro e fora do Brasil. JARDS, de Eryk Rocha sobre Jards Macalé é outra produção do Itaú Cultural também com carreira bem-sucedida no cenário dos documentários. Esses artistas também foram protagonistas de grandes exposições no Itaú Cultural, nas quais se consolidou uma investigação profunda sobre seus trabalhos e processos de criação.
Em 2016 o programa Rumos Itaú Cultural apoiou o projeto Olhar: Um Ato de Resistência, que faz a digitalização de parte do acervo do diretor Andrea Tonacci (1994-2016). Antes inacessível, por ter sido feito em um suporte hoje obsoleto, o material reúne depoimentos de líderes indígenas de vários locais das Américas, colhidos pelo cineasta entre 1979 e 1980. O material será disponibilizado para pesquisadores na Cinemateca Brasileira.
Pelo Rumos, mais recentemente, o Itaú Cultural produziu os filmes Fabiana, de Brunna Laboissiere, Almofada de Penas, de Joseph Specker Nys, Os Livres do Bairro de Al-Zahraa, de Isabel Joffily e Pedro Rossi, e Tango, de Francisco Gusso e Pedro Giongo.
Biblioteca
O instituto também conta com a Biblioteca do Itaú Cultural, que oferece ao público um amplo espaço dedicado à pesquisa e à divulgação da produção artística e cultural brasileira. O espaço é responsável por um acervo especializado em artes visuais, música, teatro, dança, cinema e vídeo, design, arquitetura, crítica literária e política cultural, que reúne 11,3 mil livros, 13,8 mil catálogos de arte, mil títulos de vídeo, 474 obras de referência (enciclopédias, dicionários e guias, entre outros), 60 títulos de periódicos sobre arte brasileira e políticas culturais.
A biblioteca dá especial atenção às demandas do meio artístico e acadêmico atendendo a pesquisadores, artistas e estudantes universitários de graduação e pós-graduação, com agendamento antecipado e consulta prévia ao catálogo em www.itaucultural.org.br/acervobiblioteca.
Acervo itinerante e permanente
Composta por mais de 15 mil peças, o Itaú conta com uma das maiores coleções corporativas do mundo e a maior da América Latina. O Acervo de Obras de Arte Itaú Unibanco reúne obras de arte contemporânea e moderna, entre pinturas, gravuras, selos, fotografias, esculturas e instalações, e abriga a Coleção Brasiliana, com imagens da iconografia nacional desde o descobrimento do país, e a Coleção Numismática, que reúne moedas, condecorações e medalhas raras que fizeram parte da história brasileira.
Este acervo, complementado pela coleção Arte Cibernética e Filmes e Vídeos de Artista formada pelo Itaú Cultural, foi inteiramente constituído com recursos próprios, sem uso de recursos da Lei Rouanet. Em um esforço para garantir o acesso do público a estas obras, o Itaú Cultural realiza continuamente mostras gratuitas em sua sede, em São Paulo, e em itinerâncias pelo país e pelo exterior. Recortes destas exposições passaram por mais de 20 cidade de estados como Bahia, Ceará, Distrito Federal, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo, além de sete países como Argentina, França e Uruguai. A visitação foi de mais de cerca de dois milhões de pessoas até o fim de 2018.
Somente a Brasiliana Itaú reúne quase 3 mil itens, desdobrados em mais de seis mil iconografias – de pinturas do Brasil holandês até as primeiras edições dos mais conhecidos álbuns iconográficos produzidos durante o século XIX sobre o país, bem como livros de artistas ilustrados do século XX, obras de arte, objetos, cartografias, documentos manuscritos. Com publicações datadas dos séculos XVI ao XX, muitos trazem relatos de viajantes estrangeiros que se aventuraram pelo Brasil em busca de riquezas e glórias, verdadeiras ou imaginárias.
A coleção de numismática começou com a aquisição da coleção de moedas de Herculano de Almeida Pires, membro do Conselho de Administração do Banco Itaú, em dezembro de 1984. Na época somava 796 moedas de ouro, prata, cobre, níquel, cupro-níquel, alumínio e bronze. Com novas aquisições no Brasil e no exterior, hoje ela conta cerca de sete mil itens, aos quais se juntaram medalhas, condecorações e barras de ouro.
Um recorte da Brasiliana e da coleção de Numismática é abrigado desde 2014 no Espaço Olavo Setubal, em exposição permanente aberta ao público. Instalado em dois andares na sede do Itaú Cultural expõe aproximadamente 1,3 mil obras selecionadas curatorialmente entre os destaques das duas coleções em um recorte dos cerca de 15 mil itens reunidos somente nestes dois conjuntos.
Entre as peças exibidas estão o óleo sobre madeira Povoado numa planície arborizada, produzido por Frans Post entre 1670 e 1680 – primeira peça adquirida por Olavo Setubal para a coleção – e uma vasta seleção de gravuras de Rugendas, Debret, Chamberlain, Auguste Sisson, Schlappriz, Buvelot e Moreau, Bertichen e Emil Bauch, reproduzindo as primeiras paisagens vistas do país.
Auditório Ibirapuera
Em outra frente, desde agosto de 2011 o Itaú Cultural faz a gestão do Auditório Ibirapuera, uma das maiores casas de arte e cultura de São Paulo, em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura da Cidade de São Paulo. Desde então, este espaço ganhou nova vida, teve os preços dos ingressos popularizados, passou a receber uma programação mais eclética e ampliou o seu público. Todo o custeio da operação é feito sem uso de leis de incentivo à cultura.
Desde então até 2018, o Auditório Ibirapuera recebeu mais de 1,6 milhão de espectadores em cerca de 1,2 mil apresentações – só em 2018 somou 118 espetáculos, sendo 58 gratuitos, e um público de cerca de 102 mil pessoas. Além da programação, a instituição abriga uma escola de música, a Escola do Auditório, que, em 2018, atendeu cerca de 170 crianças e adolescentes vindos da rede pública de ensino. Aos alunos é oferecido um curso livre de música e uma bolsa mensal que ajuda a custear o seu transporte e alimentação. Esta escola já formou no total 93 alunos.
Com iniciativas desta natureza, o Itaú Cultural reafirma seu estreito compromisso com a cultura brasileira, atuando em um tripé que se calca no incentivo à arte e cultura no país, na democratização e ampliação do acesso às atividades culturais entre os brasileiros e na preservação e difusão do patrimônio cultural e artístico do Brasil de modo a formar um legado perene.
Propósito
Com a missão de inspirar e ser inspirado pela sensibilidade e pela criatividade das pessoas para gerar experiências, o Itaú Cultural, após chegar à maturidade dos 30 anos, definiu, em 2018, seu propósito e uma nova identidade visual. Esse propósito busca traduzir em uma sentença uma profusão de atividades, um jeito de fazer – e estimular – a cultura e a arte. Seu processo de construção envolveu os dirigentes da instituição.
Inspirar o poder criativo para a transformação das pessoas é a proposição do Itaú Cultural, respaldado em um guia de princípios: Estimular as participações cultural e artística das pessoas; democratizar o acesso à arte e à cultura; reconhecer e apoiar a constituição de memória da arte e da cultura brasileiras; fomentar manifestações culturais e artísticas; incentivar a experimentação e novas possibilidades artísticas; apoiar artistas e pesquisadores das diversas linguagens; articular políticas de interesse público a partir dos direitos culturais.
A instituição se pauta, ainda, em uma série de objetivos estratégicos: conhecer e ampliar públicos; fortalecer um ambiente digital que possibilite a fruição artística e cultural e a experimentação de linguagens; desenvolver e potencializar programas de formação; fomentar e produzir conhecimento sobre arte e cultura brasileiras; apoiar a constituição, a preservação e a divulgação de acervos sobre a cultura brasileira; intensificar a atuação nacional, articulando e fortalecendo as organizações locais; aprofundar as discussões e as ações relacionadas à diversidade e à acessibilidade; contribuir para as políticas culturais do país, promovendo conteúdos e diálogos; ampliar sinergias e aprofundar parcerias com o Itaú Unibanco para antecipar tendências e fortalecer vínculos com a sociedade; ser sustentável, aprimorando a governança, a gestão de riscos e a transparência de processos e desenvolver pessoas em um ambiente interno que proporcione uma equipe competente, diversa, empática e engajada.
SERVIÇO
LANÇAMENTO DO EDITAL
Rumos Itaú Cultural 2019-2020
Coletiva de Imprensa
2 de setembro de 2019, 10h
Sala Multiúso – Itaú Cultural
Realização:
Itaú Cultural
Avenida Paulista, 149, Estação Brigadeiro do Metrô
Fones: 11. 2168-1777
Acesso para pessoas com deficiência
Ar condicionado
Estacionamento: Entrada pela Rua Leôncio de Carvalho, 108
Se o visitante carimbar o tíquete na recepção do Itaú Cultural:
3 horas: R$ 7; 4 horas: R$ 9; 5 a 12 horas: R$ 10.
Com manobrista e seguro, gratuito para bicicletas.
Cristina R. Durán: cristina.duran@conteudonet.com
Karinna Cerullo: cacau.cerullo@conteudonet.com
Mariana Zoboli: mariana.zoboli@conteudonet.com
Roberta Montanari: roberta.montanari@conteudonet.com
No Itaú Cultural:
Larissa Correa:
larissa.correa@terceiros.itaucultural.org.br
Fone: 11.2168-1950
Carina Bordalo (programa Rumos)
carina.bordalo@terceiros.itaucultural.org.br
Fone: 11.2168-1906