Foto: Arquivo Alexandre Orion
Acervo itinerante e espaço permanente
Com um acervo composto por mais de 15 mil peças, o Itaú conta com a maior coleção corporativa de arte da América Latina e uma das maiores do mundo. Complementada pela coleção Arte Cibernética e Filmes e Vídeos de Artista, formada pelo Itaú Cultural, ela foi inteiramente constituída com recursos próprios, sem uso de verbas de Leis de Incentivo. Em um esforço para garantir o acesso do público a estas obras, o Itaú Cultural realiza continuamente mostras gratuitas em sua sede, em São Paulo, e em itinerâncias pelo país e pelo exterior.
Pelo menos seis recortes destas exposições foram exibidos no próprio espaço expositivo da organização e outros 16 circularam por 78 cidades do país e 12 no exterior. O roteiro incluiu as capitais de estados como Bahia, Ceará, Distrito Federal, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo, e de países como Argentina, Chile, França, México, Paraguai, Peru e Uruguai. A visitação em 2019 ultrapassou a marca de 2,5 milhões de pessoas. Estas itinerâncias também são realizadas sem o incentivo da Lei de Incentivo à Cultura
O acervo reúne obras de arte contemporânea e moderna e abriga a Coleção Brasiliana, com imagens da iconografia nacional, desde o descobrimento do país, e a Coleção Numismática, que reúne moedas, condecorações e medalhas raras que fizeram parte da história brasileira.
Somente a Brasiliana Itaú soma cerca de três mil itens, desdobrados em aproximadamente 7,5 mil iconografias – de pinturas do Brasil holandês até as primeiras edições dos mais conhecidos álbuns iconográficos produzidos durante o século XIX sobre o país, bem como livros de artistas do século XX, obras de arte, objetos, cartografias e documentos manuscritos.
Com publicações datadas dos séculos XVI ao XX, muitos documentos trazem relatos de viajantes estrangeiros que se aventuraram pelo Brasil em busca de riquezas e glórias, verdadeiras ou imaginárias.
O acervo de numismática começou com a aquisição da coleção de moedas de Herculano de Almeida Pires, membro do Conselho de Administração do Banco Itaú, em dezembro de 1984. Na época somava 796 moedas de ouro, prata, cobre, níquel, cupro-níquel, alumínio e bronze. Com novas aquisições no Brasil e no exterior, hoje ela soma cerca de sete mil itens, aos quais se juntaram medalhas, condecorações e barras de ouro.
Exposição permanente
Um recorte da Brasiliana e da coleção de Numismática é abrigado desde 2014 no Espaço Olavo Setubal, em exposição permanente aberta ao público e já visitada por cerca de 350 mil pessoas, de inauguração até 31 de dezembro de 2019. Instalado em dois andares na sede do Itaú Cultural, este espaço exibe mais de 1,3 mil obras - 969 de Brasilianas e 395 de Numismática, selecionadas curatorialmente entre os destaques das duas coleções, em um recorte dos cerca de 10 mil itens reunidos somente nestes dois conjuntos.
Entre as peças exibidas estão o óleo sobre madeira Povoado numa planície arborizada, produzido por Frans Post entre 1670 e 1680 – primeira peça adquirida por Olavo Setubal para a coleção – e uma vasta seleção de gravuras de Rugendas, Debret, Chamberlain, Auguste Sisson, Buvelot e Moreau, Schlappriz e Bertichen, reproduzindo as primeiras paisagens vistas do país.
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