Foto: Shai Andrade
Preservação e resgate da produção cultural brasileira
Acreditando que cultura é um patrimônio do país que deve ser preservado e difundido, o Itaú Cultural dedica especial atenção ao resgate da produção, história e processo de criação de importantes artistas da cultura brasileira, tanto em exposições como na realização de documentários.
Entre estas iniciativas, a organização apoia, técnica e financeiramente, projetos relacionados à identificação, catalogação e salvaguarda de dados relativos à produção de artistas brasileiros ou que atuaram no Brasil.
O objetivo principal é oferecer, por meio de parcerias, a contratação de profissionais, a gestão dos processos, os recursos técnicos e financeiros necessários para organizar, catalogar, armazenar, digitalizar e disponibilizar para consulta pública acervos pessoais de artistas.
No total, 47 acervos, de diversas áreas de expressão, já foram contemplados. Entre eles, os dos artistas Hélio Oiticica, Waldemar Cordeiro, Regina Silveira, do jornalista Vladimir Herzog, do músico Elomar Figueira Mello e da cantora, atriz, pesquisadora e apresentadora Inezita Barroso.
Também foram contemplados os acervos da estilista Zuzu Angel, da psiquiatra e pesquisadora Nise da Silveira, dos arquitetos Sergio Rodrigues, Lucio Costa e Oscar Niemeyer, do cenógrafo e artista visual Flávio Império, do crítico de arte Frederico Morais e, ainda, do grupo Sobrevento de Teatro de Bonecos, dos fotógrafos Claudia Andujar e Euvaldo Macedo Filho, do escritor Jorge Amado e da escritora Hilda Hilst, além do professor e crítico literário Antonio Candido de Mello e Souza, só para citar alguns.
Um dos projetos nesse campo de resgate do patrimônio cultural é a série de exposições Ocupação, que faz a memorabília de nomes centrais da cultura brasileira, ampliando o conhecimento do público e fomentando o diálogo da nova geração de artistas com os criadores que os influenciaram.
Desde a sua criação, esta iniciativa já revisitou o trabalho e a história de artistas como Nelson Leirner, Abraham Palatnik, Zé Celso Martinez Corrêa, Paulo Leminski, Chico Science, Rogério Sganzerla, Regina Silveira, Haroldo de Campos, Angeli, Nelson Rodrigues, Antonio Nóbrega, Mário de Andrade, Nelson Pereira dos Santos, Sérgio Britto, Zuzu Angel, Jards Macalé, Laerte, Aloisio Magalhães e grupo Giramundo. O Ocupação também já homenageou nomes como Elomar, Hilda Hilst, Dona Ivone Lara, João das Neves, Vilanova Artigas, Grupo Corpo, Glauco Cartola, Abdias Nascimento e Nise da Silveira.
Em 2017, aniversário de 30 anos do Itaú Cultural, esta série teve como foco a trajetória de mulheres fundamentais da arte e da cultura brasileiras: a atriz Laura Cardoso, a escritora Conceição Evaristo, a crítica de arte Aracy Amaral, a cantora Inezita Barroso e a psiquiatra Nise da Silveira. A exposição feita em homenagem a Conceição Evaristo deu origem a uma mostra apresentada no Centro de Artes da Maré, no Rio de Janeiro, que também recebeu uma itinerância da Mostra Diálogos Ausentes, composta de trabalhos de artistas negros. Em 2018, as homenagens foram para Angel Vianna, Antonio Candido, Paulo Mendes da Rocha e Ilê Ayê.
Somente em 2019, as personalidades homenageadas com uma Ocupação foram o escritor Manoel de Barros, o arquiteto modernista Gregori Warchavchik, a educadora e pesquisadora Lydia Hortélio, o jornalista Vladimir Herzog, o cineasta Eduardo Coutinho e o músico e compositor Alceu Valença. Até o final deste ano, a instituição realizou 48 ocupações.
Público
Em 2019, 512.434 pessoas passaram pelas atividades realizadas na sede do Itaú Cultural, na capital paulista e pelas Ocupações e demais exposições exibidas no espaço expositivo: 2039/20 – São Paulo Fora do Tempo , realizada no espaço expositivo em parceria com a rádio CBN para celebrar o aniversário da cidade; Ainda Há Noite / Nos Queda la Noche, vinculada à quinta edição do Fórum Latino-Americano de Fotografia de São Paulo; Franz Weissmann: o vazio como forma; Consciência Cibernética [?] Horizonte Quântico e O Tempo das Coisas – Mostra Rumos 2017-2018.
Considerando as itinerâncias pelo Brasil e os espectadores do Auditório Ibirapuera, gerido pelo Itaú Cultural, o público alcançado foi de cerca de 800 mil pessoas.
A audiência do Itaú cultural em atividades não presenciais, por sua vez, em 2019 chegou à marca de mais de 210 milhões de indivíduos, considerando transmissões on-line, visitas ao site e os acessos à Enciclopédia de Arte e Cultura. Além disso, a instituição registrou mais de um milhão de fãs em sua página no Facebook, conquistou mais de 170,5 mil seguidores no Instagram e cerca de 126,3 mil no Twitter. Os seus mais de 7,5 mil vídeos somaram aproximadamente 11,3 milhões de visualizações.
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