O casal Duschenes

O casal I

Acervo Centro Cultural São Paulo

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Maria e Herbert Duschenes mudaram, cada um à sua maneira, o que significa ser educador.

Ela, na dança e no entendimento do corpo – disseminando a ideia de que não há certo ou errado, bonito ou feio. Todos podem e devem dançar, explorar o potencial de movimentação do corpo.

Ele, na maneira de transmitir conhecimento e ver a arte – algo que deve ser democratizado e que vem do povo para o povo. Em suas aulas, lembradas com tanto carinho e saudades pelos ex-alunos, havia filmes registrados em super-8 e editados de acordo com o tema da conversa, trilha sonora selecionada a dedo e sua voz, apontando cuidadosamente o que acreditava que merecesse receber atenção especial, mas nunca desprezando outros aspectos.

Os dois europeus – ela húngara, ele alemão – desembarcaram em Santos (SP) em 1940, ainda estranhos um ao outro, mas ambos fugindo da Segunda Guerra Mundial. Apesar das diferentes nacionalidades, Maria e Herbert vinham da Inglaterra e carregavam algo em comum: a arte de educar.

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O casal II

O casal na comemoração de 40 anos de Herbert, na casa do Sumaré (s.d.) | Acervo de família

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Certidão de casamento

Maria e Herbert concretizaram seu matrimônio em 1954, em São Paulo | Acervo de família

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“No meio da conversa um pouco formal de inicio,a mae pediu a filha ‘para DANÇAR,e com uma naturalidade espantosa,Maria se levantou,foi dentro da casa e ligou uma musica de disco,apareceu em cima da escada pequena da cozinha para o patio e começou a dançar. Nunca vi uma transformação assim: a pequena timida se tornou uma bailarina de incrivel expressão,magnifica,segura ela voava pelo espaço como um ser de outro mundo,uma fada,um sonho,de rosto de sedutora beleza,de movimentação das maos leves  ,dedos esticados,braços em turbulencia magnetica.Incrivel.Incrivel espetaculo de beleza,irreal pelo palco afinal modesto,em volta da arvore dominante sob a luz estridente de uma lampada de area de cozinha.Eu fiquei tão fascinado que mal  podia me levantar  para voltar á realidade após uma magia desta grandeza e força. Era então isso a fala de Maria,
Uma linguagem que ela dominava á um nivel longe acima de nos
‘pesados mortais desta terra” .Curiosamente Maria achava isto tão natural que nem deu muita importancia á nossos elogios,pois ela estava num mundo diferente,a VERDADEIRA ARTISTA.”

[trecho extraído de “M A R I A” – parte da memória escrita por Herbert Duschenes – reproduzido tal como no original]

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“Quando meu marido me conheceu, ele me viu dançar, por isso que ele gostou de mim. Eu não falava, não gostava e agora tenho que falar. Tinha muita dificuldade.”

[Maria, em entrevista realizada por Cássia Navas e publicada no livro Dança Moderna (1992)]

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Seção de vídeo

O casal Duschenes – Ocupação Duschenes (2016)

O neto e o filho do casal Duschenes – Daniel Duschenes e Ronaldo Duschenes, respectivamente – relembram histórias com Herbert e Maria.

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A família de Herbert

Da direita para a esquerda: pais, irmão, cunhada e, atrás, sobrinhos de Herbert (Canadá, 1960) | Acervo de família

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Maria e a mãe

Maria (em pé) com a mãe, Edit Ranschburg, em São Paulo (1950) | Acervo de família

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Maria e o pai

Maria com o pai, Paul Ranschburg, e o filho, Ronaldo, em Bertioga (1946) | Acervo de família

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Canadá

No Canadá, as famílias de Maria e Herbert reunidas para receber o casal e seu filho, Ronaldo (1951) | Acervo de família

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Aos 20 anos Maria deu à luz o primeiro filho do casal, Ronaldo Duschenes. Após a gravidez ela contraiu poliomielite (paralisia infantil) – fato decisivo em sua vida, principalmente no que diz respeito ao aprimoramento de sua técnica.

O nascimento de Ronaldo foi também muito importante na carreira de Herbert, que na ocasião comprou uma câmera super-8, com a qual passou a registrar não apenas os momentos em família, mas também as coreografias criadas por Maria e, principalmente, as viagens que ele fazia.

Na década de 1950 o casal se mudou para uma casa no bairro do Sumaré, conhecida como “casa do Sumaré”, em São Paulo (SP). Ali Maria passou a dar aulas de dança – tornando-se referência para artistas, pesquisadores e estudantes de artes – e Herbert iniciou um grupo de estudos que se reunia todos os domingos. Em 1952 nasceu Silvia, segunda filha do casal.

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Seção de vídeo

Bertioga 2

Imagens registradas originalmente em super-8 por Herbert Duschenes.

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Ronaldo

O casal com o filho, Ronaldo (s.d.) | Acervo de família

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Silvia

O casal com a filha, Silvia, no Guarujá (década de 1960) | Acervo de família

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O casal III

O casal no Guarujá (s.d.) | Acervo Centro Cultural São Paulo

“Algumas pessoas fazem todo o resto valer a pena – todo o resto tem esperança por causa de gente como Herbert e Maria”

– Daniel Duschenes

– Daniel Duschenes

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Por Sérgio Roizenblit

Conheci Herbert Duschenes em 1984. Naquela época eu cursava o 1o ano de artes plásticas na Fundação Armando Alvares Penteado (Faap) e, como tantos outros meninos recém-saídos da escola secundária, havia sido formado num ambiente essencialmente medíocre, no sentido literal da palavra. Vindo de uma desistência na faculdade de engenharia, entrei na Faap um pouco mais velho do que a maioria dos alunos que lá estavam, com um interesse já bastante diversificado no que diz respeito ao mundo cultural. Ali me deparei com duas matérias que se articulavam e que eram muito legais: estética e história da arte – a primeira conduzida pelo professor Rafael e a segunda pelo Herbert.

Imagine, então, um grupo de moleques vendo entrar na sala de aula um senhor de blusa social fechada e gravata. Na verdade, um velhinho. Eu sempre achei que o professor Duschenes já nascera velhinho. Ele montava seu projetor de super-8 na sala e suas aulas eram filmes que ele mesmo havia criado, com um vastíssimo arquivo de imagens das artes pelo mundo, montado por ele em sua casa. Pois bem, pense em uma aula sobre Frank Zappa dada por aquele velhinho com sotaque alemão fortíssimo, suando em bicas.

Eu jamais me esqueci disso, assim como de suas aulas sobre música dodecafônica, música concreta e poesia concreta. Ou ainda de sua aula sobre o quadro O Grito, de Edvard Munch, com imagens da Noruega, onde o sol jamais se punha no verão e jamais nascia no inverno, e toda a angústia criada por aquele ambiente a ponto de gerar aquele grito mudo e silencioso. Tornei-me assistente do professor Herbert e nossos laços nunca mais se desfizeram. Eu já cineasta, documentarista de cabelos brancos, pude filmá-lo um pouco antes de seu falecimento.

Naquele tempo, ouvíamos um nome que para mim era marcado por uma aura de mulher inalcançável: Maria Duschenes, a bailarina. Lembro que um dia tive de ir, como assistente de Herbert, buscar um material na casa dele e passei muito rapidamente por Maria. Eu já sabia, graças a meu professor – que a essa altura para mim era um mestre –, que ela havia convivido com Rudolf Laban, que o mundo mal conhecia mas de quem nós, seus alunos, sabíamos a dimensão e a importância para a dança moderna. Maria era contemporânea de Mary Wigman e Kurt Jooss, entre outros bailarinos que praticamente constituíram a dança moderna.

Anos mais tarde, comecei um filme sobre a bailarina Renata Macedo Soares e sua escola, Morungaba. Renata havia sido aluna de dona Maria – como seus alunos a chamavam –, e eu fiquei tão deslumbrado com seu trabalho de dança coral com crianças, baseado nas técnicas de Maria Duschenes, que me ofereci para fazer um documentário sobre aquele lindo trabalho. Foi a primeira vez que pude sentar-me frente a frente com dona Maria.

Ela naquele momento estava no início da pior doença que um ser humano daquela magnitude poderia ter, o Alzheimer. Lembro-me do seu estado de tensão, com o rosto repleto de rugas por saber que sua memória começava a falhar. Naquele dia gravamos um longo depoimento de dona Maria e um depoimento do professor Herbert explicando o contexto no qual Laban havia desenvolvido seu trabalho na Europa. Foi uma das mais lindas contextualizações em que a arte e a história realmente se uniram.

Durante a gravação, no meio da fala do professor, minha última fita acabou e eu, como um documentarista iniciante e duro, não tinha mais fitas para gravar. Lembro-me bem do meu desespero diante daquela oportunidade que nunca mais se repetiria. Eu já ouvi essa fita uma dezena de vezes para relembrar aquele momento mágico. Na ocasião, o professor não queria gravar, porque aquele momento era todo dedicado a dona Maria e ele não queria aparecer mais que ela. Ela, uma mulher delicada e amorosa; ele, uma potência de conhecimento e dominador da cena. Um casal de fato sensacional.

Herbert e Maria Duschenes vieram para o Brasil no final dos anos 1940. Naquele momento, o país, que mal havia saído do mundo rural, recebeu uma leva de europeus altamente intelectualizados e conscientes do papel que tinham no sentido de oferecer um conteúdo cultural de uma Europa que, por um lado, desabava por causa das guerras e, por outro, vivia uma efervescência enorme repensando sua arte, sua cultura – uma explosão criativa sem precedentes em todas as áreas.

Maria Duschenes, uma grande bailarina, contraiu poliomielite aos 22 anos, e isso mudou sua vida. Herbert Duschenes era um estudioso das artes que dedicava todo o seu tempo livre a filmar imagens das artes pelo mundo. Naquele momento, Herbert fez imagens absolutamente maravilhosas de sua esposa, ainda tendo seus últimos movimentos como bailarina, registradas em Campos do Jordão (SP). Por causa da doença, dona Maria acabou se tornando professora de dança e formou um número sem fim de grandes bailarinos que passaram por sua sala. Construída em sua casa com a única finalidade de, muito mais do que ensinar dança, abrir a cabeça e libertar os corpos de tantos jovens que assim tiveram sua vida totalmente mudada.

Por meio dessas imagens, eu voltei a me relacionar com eles em mais dois filmes dos quais tive o privilégio de participar. O primeiro, uma obra de Maria Mommensohn – Mar e Moto (2003), que recebeu uma Bolsa Vitae para desenvolver um projeto sobre a importância dessas duas pessoas na construção do conhecimento cultural das artes no Brasil. Nesse filme, nosso contato foi com grupos variados que, de alguma forma, estabeleceram uma relação de muitos anos com Herbert e dona Maria. Foram grupos de bailarinos, críticos de arte, professores de dança e artistas plásticos que hoje têm posição de destaque na sociedade e são testemunha viva da dimensão da influência desses dois professores.

O crítico Agnaldo Farias contou uma das histórias, talvez a mais marcante e que depois tantos outros vieram a contar exatamente da mesma forma: um dia ele e um grupo de jovens foram à casa do professor pedir algumas informações e, ao final do encontro, Herbert disse para estarem na casa dele no domingo seguinte, às 19h. Eles foram e isso se repetiu por muitos anos, invariavelmente. Nesses domingos, o professor e a esposa vinham do Guarujá (SP), onde tinham um apartamento, para uma espécie de sarau, aula, palestra sobre artes. Esse grupo foi se formando ao longo de anos, até que os participantes se tornassem realmente homens e mulheres maduros e fundamentais para a divulgação e o aprofundamento do conhecimento das artes. Herbert e dona Maria foram a possibilidade de um contato com a arte contemporânea no Brasil. Eram eles que traziam, além de filmes, revistas e livros, o conhecimento de um universo artístico que no Brasil ainda era muito incipiente.

Dona Maria continuou com suas aulas, sempre sentada num banquinho no canto de sua sala com um gravador tocando sons contemporâneos e libertando corpos e mentes por muitos anos.

Finalmente, Inês Bogéa me convidou para realizar um filme em homenagem a dona Maria, Maria Duschenes – o Espaço do Movimento (2006), e então um ciclo se fechou. Herbert havia falecido alguns anos antes. A nossa compreensão daquela morte foi de que, mesmo com Alzheimer e sem comunicação alguma com o mundo da forma como o conhecemos, Maria Duschenes esperou seu amado marido partir antes, pois ele, com seu amor infindo por ela e por sua personalidade, jamais suportaria partir depois. Herbert jamais admitiria viver num mundo sem Maria Duschenes – e ela, generosa como sempre foi, aguardou pacientemente a partida dele.

Quando a encontrei, tive uma surpresa incrível. Ela, depois de muitos anos já totalmente desconectada de todos nós, não possuía uma ruga sequer. Seu rosto era sereno como o mar que batia na frente do apartamento onde ela viveu seus últimos anos, no Guarujá. Lembro que olhávamos para dona Maria e tentávamos uma comunicação ou um sinal qualquer – e nunca saberei se ela realmente se comunicou conosco ou se quisemos nos convencer de que isso aconteceu. Aquela senhora linda agora estava definitivamente livre – livre da razão, livre do conhecimento, livre da necessidade de ensinar –, e aquele encontro me marcou profundamente.

Hoje, Herbert e Maria Duschenes partiram para o universo e vivem como as estrelas, para as quais olhamos e lembramos com tanto orgulho e amor por saber que gente assim existe de fato no mundo e nos inunda com sua generosidade.

Sérgio Roizenblit é formado em comunicação visual pela Fundação Armando Alvares Penteado (Faap). Atua desde 1988 no mercado audiovisual, dirigindo, fotografando, roteirizando e montando. Em 1994 fundou sua primeira produtora, a Rec Play, pela qual produziu de vídeos institucionais a programas de TV e videoinstalações.

Seu primeiro longa-metragem, O Milagre de Santa Luzia – já como sócio-diretor da Miração Filmes –, é um dos muitos projetos musicais que desenvolveu. Outro viés presente em seu trabalho é a dança: tendo lançado, em parceria com Inês Bogéa, o documentário Maria Duschenes: o Espaço do Movimento. Realizou pela TV Cultura a série Grandes Personagens: História da Arte, exibida como especial de fim de ano em 2008.

Atualmente, dirige uma série de 52 episódios intitulada BR3, fruto da seleção no Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Audiovisual (Prodav).

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Carta de Herbert para Maria

Frente da carta de Herbert para Maria em alemão, com trechos em inglês (1963) | Acervo de família

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Verso da carta de Herbert para Maria em alemão, com trechos em inglês (1963) | Acervo de família

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Tradução da carta de Herbert para Maria

Minha querida: amanhã estaremos em Lisboa – infelizmente um dia antes da data informada, pois a viagem marítima é tão maravilhosa e me faz tão bem; ela poderia se estender ainda por meses, no entanto você teria de estar presente – penso muito em você e em nossa viagem com o navio Andes há 12 anos –, sobretudo ontem em Las Palmas. Naquele tempo era bem mais prazeroso, e penso isso particularmente como comparação, visto que éramos ansiosos, cheios de expectativas. Eu sinto os mesmos ensejos, no entanto fiquei impressionado quando me mostraram, no centro da antiga cidade, a Casa de Colombo – uma residência encantadora com pátio amplo e aloendros em flor. Mas o maior impacto que senti, o primeiro choque – sim, eu o chamaria assim – foi quando me deparei com a arte espanhola, em uma pequena capela, ao fundo, um altar-mor inteiramente dourado contra um teto de madeira profundamente escuro e paredes brancas caiadas. Isso me fez estremecer de exaltação. Vivo sob a impressão de como no decorrer do tempo me tornei arquiteto no âmago, me tornei mais verdadeiro e amadurecido – nunca acreditei que fosse capaz. Sim, é sobretudo viajando que se aprende a se conhecer verdadeiramente. Até ontem não queria deixar o navio – há um admirável desprendimento que protege da realidade, uma coisa perigosa –, hoje desejo com ardor ver mais desse monumental fragmento da arte espanhola. Nesse sentido, isso se tornou mais fácil – ontem se espalharam milhares de dinamarqueses, mastigando chicletes e fotografando em igrejas –; o turismo hoje em dia tem suas limitações para pessoas sensíveis. No entanto, fala a favor dos corpulentos escandinavos, aos quais foram apresentadas danças folclóricas. Eu as filmei para você – aliás, no escuro. Eu me surpreendi com quanto elas lembravam as danças da corte naturalmente pelos passos nobres – por exemplo, a dança pavana.

Ainda outras danças foram apresentadas, com batimentos perfeitos dos pés em estilo árabe; mais impressionantes, no entanto, foram os passos de tensão contidos nessa imponente pose, na cabeça erguida, na cintura apoiada e no toque do pé! Nunca havia vivenciado algo assim; isso certamente se deve a você – e aos muitos anos com você! A viagem de navio não poderia ter sido melhor; os ingleses nos fazem muito bem, e predomina uma atmosfera tão pura, descontraída e serena – por que somos sempre tão deprimidos e anormais? Essa maldita e eterna histeria! Ainda assim, eu vejo diariamente mais e mais vantagens no que tange ao nosso país e agora me tornei mais consciente de como vivemos excepcionalmente bem ali. Mas será que isso vai durar??? Os imigrantes aqui no navio que querem regressar não pensam assim, mas os brasileiros não estão nem aí e só dão risada.

Com muito amor, seu Herbert

[carta de Herbert para Maria (1963) | originalmente em alemão com trechos em inglês]

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Carta de Maria para Herbert

Carta de Maria para Herbert em inglês (s.d.) | Acervo de família

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Tradução de carta de Maria para Herbert

Para Herbert,

Eis aqui uma mala demasiadamente reta e pequena
Não é em nada a mala que você queria.
Uma mala na qual todas as suas coisas caberiam
Para um dia e uma noite, para uma viagem com pernoite.
Mas espere só para assistir à sua transformação
Em uma “revelação”
Que contém toda a bagagem que você precisa carregar
Dia e noite, sempre que você se casa.
E vou tentar carregar ela bem cheinha
Com coisas bastante exemplares,
Coisas simpáticas e leves e felizes
Estes são meus
Expansíveis, transformáveis
Mas espero que não dispensáveis
Presentes,
Para o nosso aniversário de casamento
Nosso décimo.

[carta de Maria para Herbert (s.d.) | originalmente em inglês]

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AVÔ HERBERT

Herbert com a filha, Silvia (ao centro), segurando sua filha no colo, e Emmy Kirchgatter (amiga da família) | Acervo de família

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Avó Maria

Maria com as netas Tatiana e Gabriela, filhas de Silvia, no Guarujá (década de 1980) | Acervo de família

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Seção de vídeo

S.Paulo / Guarujá

Imagens registradas originalmente em super-8 por Herbert Duschenes.