German Lorca atuou em diferentes campos da fotografia, sempre com êxito, e carrega a fama de grande fotógrafo brasileiro, tendo acompanhado e registrado a modernização do país. Nascido em 1922, o artista se mantém em atividade e experimentando as evoluções tecnológicas: embora conserve sua primeira câmera, uma Kodak Bullet 127 adquirida na década de 1930, também usa smartphone para fotografar.

A exposição German Lorca: Mosaico do Tempo, 70 Anos de Fotografia revisita as diferentes facetas da produção do fotógrafo – que engloba tanto criações artísticas quanto imagens publicitárias – e aborda aspectos importantes de sua vida, como a formação de um olhar tão particular. A curadoria é de Rubens Fernandes Junior, com assistência curatorial do professor e fotógrafo José Henrique Lorca.

O instituto produziu uma publicação para oferecer um material complementar à exposição. Primeiramente, apresenta texto assinado pelo curador abordando o processo de curadoria da exposição e se aprofundando na relação de Lorca com a imagem. Em seguida, o sociólogo José de Souza Martins explora a obra do homenageado e sua ligação com a cidade de São Paulo.

Há ainda uma reunião de depoimentos de personalidades que reforçam a importância de Lorca na história da fotografia moderna de São Paulo. Uma cronologia da trajetória do fotógrafo destaca momentos marcantes de sua vida e essenciais para sua formação. Por fim, no verso da publicação, o leitor encontra uma seleção de registros do artista.

A fotografia está sempre presente na programação do Itaú Cultural e obras de Lorca já ocuparam suas paredes e as de suas instituições parceiras em exposições coletivas, como na mostra Modos de Ver o Brasil: Itaú Cultural 30 Anos e, também,  na exposição Moderna para Sempre – Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú Cultural, que itinerou por diversas cidades brasileiras. Aos 96 anos de vida e com uma trajetória profissional que soma sete décadas, Lorca volta ao instituto com uma mostra inteiramente dedicada a ele.

Itaú Cultural