As artes cênicas estão representadas na
mostra por dança, teatro e performance
Entre as apresentações de O Tempo das Coisas – Mostra Rumos 2017-2018, as artes cênicas formam um combo destas expressões artísticas. No formato dança, exibe E a cor a gente imagina, sobre as diferenças entre o corpo cego e o corpo que enxerga, e RÉS, da Corpórea Companhia de Corpos, sobre o sistema de encarceramento em massa no Brasil. O primeiro está lincado a duas oficinas ministradas por seus idealizadores: Sensibilização Corporal, com Oscar Capucho, e Corpo, Dança, Movimento e Criação, com Vic Alves. O segundo dialoga com a oficina Como não florir só flores feito vulcões amanhecidos em dias de pedras frias?
Na linguagem teatral, o Coletivo As Travestidas sobe ao palco com a peça Quem tem medo de Travesti como resultado de pesquisa continuada desenvolvida há 15 anos acerca do universo trans no país. Esse projeto também conta com a Oficina de Montação. Por sua vez, o grupo de Pernas Pro Ar, demonstra, de forma performática, o funcionamento dos elementos cênicos de A Última Invenção, que também está no espaço expositivo.
Veja abaixo a sinopse e o serviço de cada apresentação, bem como o perfil dos proponentes:
Performance:
Demonstração performática das máquinas A Última Invenção
Do Grupo de Teatro De Pernas pro Ar
Esta performance é apresentada na abertura de O Tempo das Coisas – Mostra Rumos 2017-2018 e volta a ser realizada periodicamente até novembro. A proposta é ser um meio termo entre performance e mediação. Apresentando um personagem performático, curioso, que com suas sutilezas manipula e se surpreende com as máquinas autômatas, criando um universo fértil e fantasioso. O personagem conta a história de cada máquina presente no espaço expositivo, algumas inspirações, dificuldades, facilidades, curiosidades da construção e situações peculiares deste percurso de descobertas. O ponto culminante é a demonstração do funcionamento, suscitando dramaturgias, instigando a partir destas máquinas improváveis a imaginação do público e o envolvimento neste mundo maquinoso, onde a obra só se completa com o olhar de quem assiste.
Sobre De Pernas pro Ar
Trabalha com artes cênicas desde 1988. As marcas fundamentais do grupo surgem nos espetáculos a partir dos experimentos curiosos e instigantes dos devaneios e inventos de Luciano Wieser. Através de achados em descartes de ferro velho e quinquilharias se manifesta o teatro máquina, com construções de engenhocas, instrumentos musicais inusitados, bonecos/máquinas autômatas robotizadas e maquinarias de cena improváveis. Tem como diretor Luciano Wieser, fundador junto a Raquel Durigon. Tem um acervo de cenários móveis e 50 bonecos únicos, valorizando a sua produção artística e sendo referência e memória de sua cidade.
SERVIÇO:
4 de setembro, às 20h30 horas
5 e 6 de setembro, às 10h, 14h e 18h
7 de setembro, às 14h e 18h
8 de setembro, às 19h
1 e 2 de novembro, às 14h e 18h
3 de novembro, às 19h
Classificação indicativa: livre
Piso 1
Duração: 30 minutos
Entrada gratuita
Interpretação em Libras
Teatro:
Quem tem medo de travesti
De Coletivo As Travestidas
A peça propõe reflexões importantes acerca do universo trans, onde a invisibilidade, a exclusão e o preconceito são temas centrais na dramaturgia. O cotidiano marginalizado abre espaço para a afetividade e convoca as pessoas para pensarem com sensibilidade e coragem sob essa realidade. É um convite à alegria e a capacidade do ser humano de empatia. O trabalho tem como base narrativa a construção histórica da travestilidade, na qual travestis exerciam papel de protagonismo no teatro, cabendo-lhe ocupar lugar de destaque nas principais encenações do teatro de revista e, logo em seguida chegando à decadência, exclusão e marginalização artístico-social.
Sobre Coletivo As Travestidas
Resulta da pesquisa teórico-prática de 14 anos acerca dos universos de travestis e transformistas, sendo que seu primeiro passo cênico ocorreu na realização do solo Uma Flor de Dama, protagonizado pelo ator Silvero Pereira, em 2003. Desde então, a trajetória do Coletivo se destaca na cena teatral brasileira por sua dramaturgia, atuação e proposta estética, com montagens voltadas ao questionamento histórico, social e político que busca visibilizar a temática trans em todos os substratos de sua busca investigativa.
SERVIÇO:
Dias 21 e 22 de setembro
Sábado, às 20h
Domingo, às 19h
Classificação Indicativa: 16 anos
Sala Itaú Cultural (224 lugares)
Duração: 60 minutos
Entrada gratuita
Distribuição de ingressos:
Público preferencial: 1 horas antes do espetáculo (com direito a um acompanhante)
Público não preferencial: 1 hora antes do espetáculo (um ingresso por pessoa)
Interpretação em Libras
Dança:
RÉS
De Corpórea Companhia de Corpos
A dança se apresenta como potência direta para traduzir esse tema tão singular – as estatísticas que envolvem o sistema de encarceramento em massa no Brasil. Três corpos femininos e negros em cena compartilham as diversas possibilidades de reflexão e denúncia de um aspecto social que está sempre à margem das discussões. Propondo uma análise de gênero, raça e classe social, o trabalho questiona como adolescentes e mulheres negras vivem e respondem às múltiplas formas de violência às quais são submetidas, assim como sobre o crescimento vertiginoso desse grupo dentro do sistema prisional.
Sobre Corpórea Companhia de Corpos
Tem como objetivo evidenciar corpos negros em ações cotidianas. Partindo de questões e reflexões sociais que desempenham o papel do corpo negro na cena, os fundadores, Verônica Santos, William Simplício e Malu Avelar, estabelecem a preposição de uma pesquisa que objetiva não somente criar, mas também resgatar as próprias ações, produções, memórias, e trajetórias no percurso de suas contemporaneidades na cena.
SERVIÇO:
Dias 28 e 29 de setembro
Sábado, às 21h
Domingo, às 20h
Classificação Indicativa: 16 anos
Sala Multiuso (70 lugares)
Duração: 50 minutos
Entrada gratuita
Distribuição de ingressos:
Público preferencial: 1 horas antes do espetáculo (com direito a um acompanhante)
Público não preferencial: 1 hora antes do espetáculo (um ingresso por pessoa)
Interpretação em Libras
–
E a cor a gente imagina
De Vic Alves e Oscar Capucho
O trabalho lança luz sobre aspectos da memória e da imaginação criativa, a despeito de uma intensa privação perceptual, apoiando-se tanto nas atividades cotidianas quanto extraordinárias da pessoa com deficiência visual. Dialogando sobre as perguntas a que o cego é submetido, seja por curiosidade ou preocupação, surgiu o desejo de respondê-las, em forma de movimento e crônica poética.
Sobre Vic Alves e Oscar Capucho
Alves é bailarino e diretor da Cia. De Dançar Urbanas, de Belo Horizonte (MG), e assina a direção de E a cor a gente imagina. Capucho é ator, do grupo de teatro Nós Cegos, e assina os textos e a dramaturgia do espetáculo. Ambos possuem vivências em dança contemporânea e somaram suas experiências para a construção desse trabalho, que é o segundo da dupla. A primeira montagem, Sentidos (2014), foi contemplada em 2015 no edital Cena Música, da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte. E a cor a gente imagina, além de ter sido selecionado pelo programa Rumos Itaú Cultural 2017-2018, teve sua montagem financiada pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte.
SERVIÇO:
Datas: 2 e 3 de novembro
Sábado, às 21h
Domingo, às 20h
Piso -2 (70 lugares)
Classificação Indicativa: livre
Duração: 50 minutos
Entrada gratuita
Distribuição de ingressos:
Público preferencial: 1 horas antes do espetáculo (com direito a um acompanhante)
Público não preferencial: 1 hora antes do espetáculo (um ingresso por pessoa)
Interpretação em Libras
Audiodescrição
SERVIÇO
O Tempo das Coisas –
Mostra Rumos 2017-2018
Abertura: 4 de setembro, às 20h
Visitação: 5 de setembro a 3 de novembro
Pisos 1 e -1
Com programação musical, de cênicas, audiovisual,
oficinas e debate ao longo da mostra
De terça-feira a sexta-feira, das 9h às 20h
(permanência até as 20h30)
Sábados, domingos e feriados, das 11h às 20h
Classificação indicativa: livre
Itaú Cultural
Avenida Paulista, 149, Estação Brigadeiro do Metrô
Fones: 11. 2168-1777
Acesso para pessoas com deficiência
Ar condicionado
Estacionamento: Entrada pela Rua Leôncio de Carvalho, 108
Se o visitante carimbar o tíquete na recepção do Itaú Cultural:
3 horas: R$ 7; 4 horas: R$ 9; 5 a 12 horas: R$ 10.
Com manobrista e seguro, gratuito para bicicletas.
Realização:
Cristina R. Durán: cristina.duran@conteudonet.com
Karinna Cerullo: cacau.cerullo@conteudonet.com
Mariana Zoboli: mariana.zoboli@conteudonet.com
Roberta Montanari: roberta.montanari@conteudonet.com
No Itaú Cultural:
Larissa Correa:
larissa.correa@terceiros.itaucultural.org.br
Fone: 11.2168-1950
Carina Bordalo (programa Rumos)
carina.bordalo@terceiros.itaucultural.org.br
Fone: 11.2168-1906