Workshops em sinergia com a Mostra Rumos tratam
de maquiagem drag a realidade virtual para animação
Os temas de pelo menos seis dos projetos selecionados para este recorte de O Tempo das Coisas – Mostra Rumos 2017-2018, apresentados no espaço expositivo ou nas encenações de cênicas, se estendem para oficinas ministradas ao longo do período da mostra. Elas fazem sinergia com a peça Quem tem medo de Travesti, resultado de pesquisa continuada desenvolvida pelo Coletivo As Travestidas há 15 anos acerca do universo trans no país; a apresentação de dança RÉS , da Corpórea Companhia de Corpos, sobre o sistema de encarceramento em massa no Brasil; E a cor a gente imagina, sobre as diferenças entre o corpo cego e o corpo que enxerga.
As oficinas em consonância com as obras exibidas no espaço expositivo giram em torno dos projetos Fôlego Curto – Dramas para Ouvir, radionovelas; Pequenos Acasos Cotidianos – Presentes e Desastres da Vida Urbana, uma história gráfica sobre os costumes e as peculiaridades do ser na contemporaneidade, que surgiu de uma caminhada pela cidade; e Gravidade, obra criada especialmente para a realidade virtual, que mistura elementos da produção de um filme em 3D com as experiências de um videogame.
Veja abaixo os nomes das oficinas, de que tratam e quem as ministra em ordem cronológica:
Realidade virtual para animação. Bastidores da produção do curta em realidade virtual “Gravidade”
Projeto: Gravidade
Com Amir Admoni e Fabito Rychter
O público mergulha em algumas das ferramentas mais inovadoras voltadas para a animação. Além disso, Admoni e Rychter compartilham suas experiências ao animarem os personagens do curta-metragem Gravidade, que está em exibição no espaço expositivo da mostra. Eles explicam a razão de dispensarem os programas tradicionais de animação em prol de um sistema em realidade virtual e mostram as vantagens na prática. A oficina se divide em duas partes: a criação de uma rápida animação para demonstrar as possibilidades de cada ferramenta e a criação de desenhos feitos pelos participantes.
Sobre Amir Admoni
Diretor de filmes de animação para cinema, TV, games e teatro há 20 anos. Especialista em diversas técnicas e linguagens, desde a animação tradicional e stop motion à digital 3D, videomapping e live-action. Trabalhou para MTV, Disney e Canal Brasil.
Sobre Fabio Rychter
Roteirista de TV há 20 anos, com mais de 15 anos trabalhando na Globo. Escreveu por muito tempo os programas Tapas & Beijos e o Casseta & Planeta. Hoje comanda a Delirium XR, produtora especializada em realidade virtual.
SERVIÇO:
Dias 11 e 12 de setembro, às 19h
Classificação Indicativa: Livre
Duração: 6 horas
Sala Multiuso
Entrada gratuita (inscrição online de 23 de agosto a 1 de setembro, pelo site www.itaucultural.org.br)
Divulgação dos selecionados no dia 4 de setembro
Emite certificado de participação
Interpretação em Libras
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Oficina de Montação
Projeto: Travestis Itinerantes
Com Mulher Barbada, Yasmin Shirran, Deydianne Piaf e Verônica Valenttino
A oficina propõe um olhar sobre a maquiagem e a indumentária Drag. Por meio de técnicas de caracterização, o público pode entender a importância da estética, do visagismo e da criação da imagem de uma nova persona.
Sobre Veronica Valenttino
Mulher trans, atriz, diretora e dramaturga. Graduada em Artes Cênicas pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). Faz parte do Coletivo Artístico As Travestidas e vocalista da banda Verónica Decide Morrer. É atriz nos espetáculos Cabaré da Dama, Engenharia Erótica, Fábrica de Travestis, Yes, Nós temos bananas e Quem tem medo de travesti. Fez os filmes Jéssika, com direção de Galba Gogoia, rendendo o prêmio de menção honrosa no Festival Internacional de Cinema do Rio de Janeiro, e A Cidade dos Abismos, de Priscila Bettim. Desde 2015, circula atualmente com o seu primeiro disco com a Tournée Verónica Decide Morrer pelo Circuito Sesc de Cultura.
Sobre Rodrigo Ferrera (Mulher Barbada)
Mais conhecido como a Drag Queen Mulher Barbada, é cantor, ator, figurinista e maquiador. Atualmente integra o Coletivo Artístico As Travestidas, onde faz parte dos espetáculos Quem Tem Medo de Travesti, Cabaré das Travestidas e TransOhno. Trabalha em diversas casas da noite de Fortaleza (CE), sendo residente do Mambembe com as festas Transvirada e Menage à Fuáh.
Sobre Denis Lacerda (Deydianne Piaf)
Ator, drag queen e comediante. Trabalha há 17 anos com teatro, cinema e TV. Ganhou concurso de humor do multishow. Fez filmes como Shaolin do sertão, Cine holliudy 2 e Guiana Francesa. Está no Coletivo As Travestidas há 13 anos.
Sobre Diego Salvador (Yasmin Shirran)
Nascido em Fortaleza (CE). Ator, com formação técnica em dança e circo, performer, artesão e figurinista.
SERVIÇO:
Dia 20 de setembro, às 10h
20 vagas
Classificação Indicativa: 14 anos
Sala Multiuso
Duração: 6 horas (com 1h de intervalo)
Entrada gratuita (inscrição de 2 a 9 de setembro, pelo site www.itaucultural.org.br)
Divulgação selecionados no dia 13 de setembro
Emite certificado de participação
Interpretação em Libras
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Estúdio de drama – Cinema como Suporte para Escrita de Texto Dramáticos
Projeto: Fôlego Curto – Dramas para ouvir
Com Igor Nascimento
Trabalha-se o design do texto, a composição do personagem, montagem do espaço, desbastagem do tempo e o direcionamento da ação usando noções como elipse, decupagem, composição de quadro e montagem cinematográfica. O objetivo é provocar criações textuais que não partam necessariamente da noção tradicional do conflito, alicerçado nas unidades tempo, ação e espaço e que se contamine por múltiplas plataformas como rádio, vídeo, instalação, performance, música e dança.
Sobre Igor Nascimento
Diretor, dramaturgo e roteirista, é formado em Letras com habilitação em Literatura e Língua Francesa. É mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura e, atualmente, doutorando em Artes da Cena no Instituto de Artes da Unicamp, com pesquisa que relaciona o drama contemporâneo e a montagem cinematográfica.
SERVIÇO:
De 23 a 25 de setembro, às 18h
15 pessoas
Classificação Indicativa: 12 anos
Duração: 3 horas
Sala Vermelha
Entrada gratuita (inscrição de 2 a 11 de setembro, pelo site www.itaucultural.org.br, com carta de intenção)
Divulgação dos selecionados no dia 17 de setembro
Emite certificado de participação
Interpretação em Libras
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Como não florir só flores feito vulcões amanhecidos em dias de pedras frias?
Projeto: Ocupação RÉS – Mulheres em cárcere
Com Verônica Santos e William Simplício
A Corpórea Companhia de Corpos compartilha práticas corporais com as pessoas, partindo de suas urgências e experiências individuais, pensando em como essas vivências protagonizam o cotidiano da história de cada um. Dividida em duas partes, a primeira é comandada por William Simplício, fazendo um trabalho de sensibilização cênica; na segunda, Verônica Santos fica com a parte de expressão corporal, entendendo que qualquer corpo pode dançar.
Sobre Verônica Santos
Natural de Belo Horizonte, formada em Educação Física, iniciou os estudos em dança no Studio Daniela Lopes, em 1994, com aulas de ballet clássico, dança contemporânea, jazz e dança moderna. Especializou-se nas técnicas de dança Vaganova Ballet Syllabus, Royal Academy of Dancing Brasil e Martha Graham – aplicadas por mestres mineiros. É uma das idealizadoras e criadoras da Corpórea Cia. de Corpos e atualmente cursa Comunicação das Artes do Corpo na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Sobre William Simplício
Ator, diretor, músico, compositor, preparador de corpo cênico e provocador cênico. Formado pela Escola Livre de Teatro. Iniciou sua formação artística no Grupo de Teatro Socialista, no ano de 1993, em Recife (PE), sua cidade natal. Atuou nas companhias e coletivos paulistas: Cia do Mofo, Cia. Pessoal do Faroeste, Cia do Pássaro, Cia. Uma das três, Cia. Aporia, 28 Patas furiosas, Cia. Folias D'Arte, Coletivo Cronópios, Cia os Crespos, Coletivo Negro, Cia. Pavio d Abajur. Atualmente é fundador da Corpórea Companhia de Corpos.
SERVIÇO:
Dia 27 de setembro, às 15h
30 pessoas
Classificação Indicativa: 14 anos
Sala Multiuso
Duração: 4 horas
Entrada gratuita (inscrição de 6 a 13 de setembro, pelo site www.itaucultural.org.br)
Divulgação dos selecionados no dia 20 de setembro
Emite certificado de participação
Interpretação em Libras
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Como desenvolver o desenho através da sua relação com o espaço?
Projeto: Pequenos Acasos Cotidianos – Presentes e Desastres da Vida Urbana
Com Juliana Russo
Juliana utiliza o desenho como ferramenta para aprender a olhar o que está no entorno, espaços, padrões e detalhes que normalmente passam despercebidos, explorar a cidade, localizar problemas e potenciais. O desenho é utilizado como registro e reflexão dos territórios urbanos.
Sobre Juliana Russo
Nasceu em São Paulo, em 1976. Desde 2004, mistura seu trabalho autoral com ilustrações para revistas, jornais e livros. Integrou o projeto Cidades para Pessoas, uma pesquisa de iniciativas para cidades mais humanas, e o grupo Urban Sketchers, que reúne desenhistas de cidades pelo mundo. Em 2015, lançou pela editora Gustavo Gili, o livro gráfico São Paulo Infinita. Em 2017, participou da residência artística para a criação da revista Baiacu, editada por Laerte e Angeli, e foi selecionada para um encontro de artistas em Varsóvia, na Polônia, e outro em Montenegro, no País dos Balcãs. Desenvolve o projeto Sala Aberta, um espaço de exposições de desenhos e venda de publicações independentes na sala da sua casa.
SERVIÇO:
Dias 6 e 20 de outubro, às 14h
Classificação indicativa: Livre. Menores de 18 anos devem estar acompanhados dos pais ou responsáveis
Duração: aproximadamente 240 minutos
25 lugares
Sala Vermelha (piso 3)
Esta oficina encerra com uma saída externa
Entrada gratuita (inscrição de 20 a 29 de setembro, pelo site www.itaucultural.org.br)
Divulgação dos selecionados no dia 3 de outubro
Interpretação em Libras
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Sensibilização Corporal
Projeto: E a cor a gente imagina
Com Oscar Capucho
Compartilha a sua relação com o espaço e o movimento, tendo como provocação a sua condição física de corpo cego e as formas de se relacionar e fazer arte.
SERVIÇO:
Dia 31 de outubro, às 16h
20 pessoas
Público alvo: artistas e não-artistas, pessoas cegas e com baixa visão
Classificação Indicativa: 12 anos
Piso: -2
Duração: 120 minutos
Entrada gratuita (inscrição de 11 a 18 de outubro, pelo site www.itaucultural.org.br)
Divulgação dos selecionados no dia 25 de outubro
Interpretação em Libras
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Corpo, Dança, Movimento e Criação
Com Vic Alves
Com foco na expressão corporal e dramaturgia do movimento para a cena, aborda pilares básicos das danças urbanas, como o balanço do corpo em consonância com ritmo e as variadas possibilidades de estilos musicais, passos básicos, desenvolvimento de microcélulas coreográficas, improvisação, consciência corporal, dinâmicas e exercícios para estimular a criação e interpretação através do corpo que dança.
Sobre Vic Alves e Oscar Capucho
Alves é bailarino e diretor da Cia. De Dançar Urbanas, de Belo Horizonte (MG), e assina a direção de E a cor a gente imagina. Capucho é ator, do grupo de teatro Nós Cegos, e assina os textos e a dramaturgia do espetáculo. Ambos possuem vivências em dança contemporânea e somaram suas experiências para a construção desse trabalho, que é o segundo da dupla. A primeira montagem, Sentidos (2014), foi contemplada em 2015 no edital Cena Música, da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte. E a cor a gente imagina, além de ter sido selecionado pelo programa Rumos Itaú Cultural, teve sua montagem financiada pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte.
SERVIÇO:
Dia 31 de outubro, às 19h
25 pessoas
Público-alvo: artistas em geral com experiência a partir de um ano em qualquer dança
Classificação Indicativa: 12 anos
Piso: -2
Duração: 120 minutos
Entrada gratuita (inscrição de 11 a 18 de outubro, pelo site www.itaucultural.org.br)
Divulgação dos selecionados no dia 25 de outubro
Interpretação em Libras
SERVIÇO
O Tempo das Coisas –
Mostra Rumos 2017-2018
Abertura: 4 de setembro, às 20h
Visitação: 5 de setembro a 3 de novembro
Pisos 1 e -1
Com programação musical, de cênicas, audiovisual,
oficinas e debate ao longo da mostra
De terça-feira a sexta-feira, das 9h às 20h
(permanência até as 20h30)
Sábados, domingos e feriados, das 11h às 20h
Classificação indicativa: livre
Itaú Cultural
Avenida Paulista, 149, Estação Brigadeiro do Metrô
Fones: 11. 2168-1777
Acesso para pessoas com deficiência
Ar condicionado
Estacionamento: Entrada pela Rua Leôncio de Carvalho, 108
Se o visitante carimbar o tíquete na recepção do Itaú Cultural:
3 horas: R$ 7; 4 horas: R$ 9; 5 a 12 horas: R$ 10.
Com manobrista e seguro, gratuito para bicicletas.
Realização:
Cristina R. Durán: cristina.duran@conteudonet.com
Karinna Cerullo: cacau.cerullo@conteudonet.com
Mariana Zoboli: mariana.zoboli@conteudonet.com
Roberta Montanari: roberta.montanari@conteudonet.com
No Itaú Cultural:
Larissa Correa:
larissa.correa@terceiros.itaucultural.org.br
Fone: 11.2168-1950
Carina Bordalo (programa Rumos)
carina.bordalo@terceiros.itaucultural.org.br
Fone: 11.2168-1906