Diversidade e lançamentos marcam as obras musicais apresentadas em shows na Mostra Rumos

Em setembro e outubro O Tempo das Coisas – Mostra Rumos 2017-2018, traz novidades musicais e lança os trabalhos, selecionados pelo edital, de Fabiano Formiga, Mestres Bule Bule e Pedro Ortaça. A programação de música, conta, ainda, com show do Trio Manari. A pesquisa musical do primeiro está no disco FurmigaDub e Seu Bando; do segundo, em Tertúlia Visceral. O trio apresenta o DVD Sons da Floresta. Também sobem ao palco Aécio Diniz e Alemberg Quindins com a paisagem sonora A Lenda.

 

Cada show, apresenta aos espectadores um elemento singular. Em um, é a mistura cultura popular nordestina com música eletrônica contemporânea e o resgate de canções de mestres nunca gravados. Em outro, é a união de dois mestres da música popular brasileira de raiz, um baiano e um gaúcho. Tem também um mergulho no universo percussivo nortista, que leva os sons amazônicos ao palco, e outro que conta e canta o surgimento do povo Kariri e de seu território.

 

Conheça, aqui, mais detalhes desses trabalhos seguindo a cronologia de apresentações:

 

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Trio Manari

De Aline Vieira

Show de apresentação do DVD Sons da Floresta, no qual o grupo apresenta sete músicas inéditas. É um trabalho mergulhado no universo percussivo nortista, com grandes peças dedicadas a esses instrumentos, com os tambores tomando a frente. Estudantes dos sons amazônicos, dos seus ruídos e crenças, esse trabalho apresenta uma pesquisa da “orquestra” que a floresta produz. Sendo assim, os instrumentos são sons de água, mar, chuva, vento, terra, pássaros.

 

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Sobre Aline Vieira

Em 2010, aos 19 anos, ingressou na oficina de percussão da Escola de Música da Universidade Federal do Pará. Deste então, começou a estudar sobre música e gestão cultural, herdando a veia artística do pai – militante da cultura do carnaval paraense – que a incentivou a buscar referências da terra, ajudou e auxiliou na escrita de projetos.

 

Sobre Trio Manari

Formado por Kleber Benigno "Paturi", Márcio Jardim e Nazaco Gomes, pesquisam os sons da Amazônia desde 2000, o maior desafio do grupo. Para entrar no universo do negro, do índio, do caboclo marajoara e retirar de suas crenças e lendas material sonoro que é fonte de inspiração para releitura de canções populares, o Trio Manari viajou ao interior do Pará.  A documentação dessas viagens está no primeiro álbum, Braços da Amazônia, lançado em 2002. O grupo também ministra oficinas de percussão, para jovens e adultos. Os ritmos tradicionais da região, como o Carimbó, o Lundu e o Samba de Cacete, se tornam objetos de estudo para os alunos, estimulados a criar uma sonoridade própria a partir deles.

 

SERVIÇO:

Dia 7 de setembro, às 21h

Classificação indicativa: livre

Local: Auditório Ibirapuera Oscar Niemeyer 

Avenida Pedro Álvares Cabral, Portão 2

Parque Ibirapuera

Duração: 75 minutos

806 lugares

Ingressos:

R$ 15 (meia-entrada)

R$ 30 (inteira)

 

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A Lenda

De Aécio Diniz e Alemberg Quindins

É uma paisagem sonora, contando e cantando o nascimento geográfico de um território e o surgimento de um povo, onde o soerguimento da Chapada do Araripe se faz platô sagrado, oásis em pleno sertão habitado pelo povo Kariri. A coleta de sons e uma pesquisa mitológica em sítios arqueológicos faz do concerto uma viagem da música na pré-história em seu universo de mitos e lendas.  As composições são de Alemberg Quindins e Rosiane Limaverde, os arranjos de Aécio Diniz e a produção musical de André Magalhães. A Lenda é uma viagem antropológica do Brasil profundo, de caminhos repletos de mitos, reinados e encantamentos.

 

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Sobre Aécio Diniz

Músico e produtor cultural formado pela Fundação Casa Grande - Memorial do Homem Kariri, em Nova Olinda (CE). Estudante do Curso de Artes Visuais da Universidade Regional do Cariri (URCA). Produz trilhas sonoras para vídeos, documentários, filmes e curtas-metragens para a TV Casa Grande, TVC e TV Futura. Na Casa Grande FM, rádio comunitária da Fundação Casa Grande, dirige e integra a equipe de programação e produção de radiodocumentários e radiocontos.

 

Sobre Alemberg Quindins

Músico de formação popular, historiador autodidata. Desde 1983 pesquisa lendas, memórias, artefatos e vestígios do povo Kariri. Em 1992, ele restaurou a primeira casa grande da fazenda que deu origem ao Município de Nova Olinda (CE), onde criou um centro cultural que recebeu o resultado de sua pesquisa sobre a memória do povo Kariri.

Nasceu assim, a Fundação Casa Grande-Memorial do Homem Kariri, sem fins lucrativos que tem como missão educar crianças e jovens por meio da gestão cultural e do protagonismo juvenil, nas áreas de música, comunicação, teatro, arqueologia, museologia, curadoria, leitura e cinefilia.

 

SERVIÇO:

Dia 29 de setembro, às 19h

Classificação indicativa: livre

Sala Itaú Cultural

Duração: 70 minutos  

224 lugares

Entrada gratuita

Distribuição de ingressos:

Público preferencial: 1 horas antes do espetáculo (com direito a um acompanhante)

Público não preferencial: 1 hora antes do espetáculo (um ingresso por pessoa)

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Interpretação em Libras

 

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Tertúlia Visceral

Da Joner Produções

O projeto reuniu Bule Bule e Pedro Ortaça, dois mestres da cultura popular brasileira de raiz, um baiano e outro gaúcho, para fazerem imersões no ambiente cultural um do outro e, assim, criarem uma obra musical em parceria. Os dois se reencontram no palco do Itaú Cultural, para o lançamento do disco-livro Tertúlia Visceral. É a primeira vez que eles ouvirão o disco juntos. O evento conta com a projeção de vídeos e imagens dos encontros na Bahia e no sul do país, quando se visitaram e iniciaram o processo criativo que gerou as composições inéditas do disco.

 

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Sobre a Joner Produções

É um laboratório de inovações e resultados. Oferece ideias, estratégias e serviços para clientes das esferas pública, privada e do terceiro setor. Busca inspiração no planejamento permanente das próprias ações e realiza projetos especiais que envolvem e mobilizam pessoas e a diversidade cultural. Aposta no trabalho criativo e na construção coletiva, agrega uma equipe de profissionais qualificados nas áreas de produção de eventos, projetos culturais, pesquisa e planejamento de projetos especiais.

 

Sobre Mestre Bule Bule

Antônio Ribeiro da Conceição, conhecido como Bule Bule, nasceu em 22 de outubro de 1947, na Cidade de Antônio Cardoso (BA). Figura emblemática da cultura popular e conhecido como um dos maiores repentistas baianos, também é cordelista, com mais de 100 títulos publicados e membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel. Exímio sambador, tiraneiro e forrozeiro, possui uma obra musical registrada em seus oito discos e dois DVDs. Aos 70 anos de vida e 50 anos de carreira, dividiu o palco com figuras renomadas como Gilberto Gil, Beth Carvalho, Gabriel o Pensador e Tom Zé. Apresentou-se nos Estados Unidos, na Alemanha, Espanha e em Portugal, representando e divulgando a cultura popular nordestina.

 

Sobre Pedro Ortaça

Em meados de 1966, Pedro Ortaça, juntamente a Noel Guarani e Cenair Maicá, se reuniu e decidiu criar um modo de cantar e tocar. Logo, os três se juntaram ao grande pajador Jaime Caetano Braun, que os denominou Os quatros troncos da cultura missioneira, pois conseguiram, cada qual com seu estilo, criar uma nova identidade na cultura musical gaúcha. A identidade musical missioneira é o que os difere diante da música gaúcha.  Ortaça faz da música um instrumento para manter acesa a fogueira cultural da região, fortemente cultivada pelos indígenas guaranis e pela ordem religiosa jesuíta.

 

SERVIÇO:

Dia 26 de outubro, às 20h

Classificação indicativa: livre 

Local: Sala Itaú Cultural

Duração: 90 minutos

224 lugares

Entrada gratuita

Distribuição de ingressos:

Público preferencial: 1 horas antes do espetáculo (com direito a um acompanhante)

Público não preferencial: 1 hora antes do espetáculo (um ingresso por pessoa)

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Interpretação em Libras

 

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FurmigaDub e Seu Bando

De Fabiano Formiga

O projeto mescla cultura popular nordestina com música eletrônica contemporânea. Consiste no registro da pesquisa musical que Fabiano Formiga desenvolve há quase uma década com a cultura popular nordestina. O músico lança nesta mostra, o disco que dá nome ao projeto, do qual participaram os mestres da cultura popular Anita Garybaldy, Alex Madureira, Marinho e as Caianas dos Crioulos. No show, Formiga interage por meio de samples, manipulação digital e instrumentos convencionais com a obra dos mestres. Antes da apresentação são exibidos quatro minidocumentários, que registram a interação e a prosa entre ele e os mestres, revelam o processo de fusão da cultura popular com artifícios digitais utilizados pelo músico e contam a vida, o processo criativo e a importância desses mestres para as suas comunidades.

 

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Sobre Fabiano Formiga

Multi-instrumentista paraibano, formado pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), tocou por 13 anos na Orquestra Sinfônica do Estado e, desde 2011, dedica-se à produção de faixas autorais. Suas canções vêm conquistando o público das principais festas de música brasileira e eletrônica do Brasil, onde ele é presença constante tanto em DJ sets quanto em apresentações ao vivo. Além de compor suas próprias músicas, FurmigaDub, como é conhecido, é responsável por resgatar e gravar canções de mestres da cultura popular nunca gravados, ajudando a preservar e difundir esses trabalhos únicos da cultura brasileira.

 

SERVIÇO:

Dia 27 de outubro, às 19h

Sala Itaú Cultural

Classificação indicativa: 12 anos

Duração aproximada: 90 min  

224 lugares

Entrada gratuita

Distribuição de ingressos:

Público preferencial: 1 horas antes do espetáculo (com direito a um acompanhante)

Público não preferencial: 1 hora antes do espetáculo (um ingresso por pessoa)

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Interpretação em Libras

 

 

 

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