Jovens Arquitetos,

Artigas em aula, no ano de 1982 | Imagem: Acervo da Família Artigas

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Arquitetura do Ensino

O curso superior de arquitetura é algo relativamente recente em São Paulo. Foi só no final dos anos 1940 – graças a um movimento no qual Vilanova Artigas desempenhou um papel de destaque – que a área deixou de fazer parte das matérias das faculdades de engenharia.

Atuando como professor desde que se graduou – como engenheiro-arquiteto, em 1937 –, Artigas foi um dos responsáveis pela fundação, em 1948, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP). Nos anos 1960, o projetista ainda deu forma ao atual prédio da instituição, tido hoje como sua obra referencial, e propôs uma ampla reforma para o ensino da área, adotada posteriormente por escolas de todo o país.

Membro do Partido Comunista Brasileiro (PCB), o arquiteto esteve constantemente na mira da ditadura militar e foi afastado das salas de aula em várias ocasiões. O processo que recebeu em 1969 aboliu por dez anos o seu direito de lecionar. Voltou à FAU em 1980, mas como auxiliar de ensino. Só retomou a posição de professor titular ao prestar, a contragosto, um concurso em junho de 1984 – sete meses antes de morrer.

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Educador

Carlos Guilherme Mota é historiador, mestre e doutor em história moderna e contemporânea, pós-doutor pela Universidade Stanford e livre-docente pela Universidade de São Paulo (USP). Fez parte da banca no concurso prestado por Artigas para professor titular da USP.

Ciro Pirondi é um dos fundadores da Escola da Cidade. Formado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Braz Cubas e doutor pela Universidade Politécnica da Catalunha, de Barcelona, na Espanha, editou com outros arquitetos Vilanova Artigas, livro da série Arquitetos Brasileiros lançado em 1997.

Jon Maitrejean é graduado em arquitetura e urbanismo pela Universidade de São Paulo (USP) e atua como professor na Universidade São Judas Tadeu. Professor da USP até abril de 1969, foi aposentado compulsoriamente pela ditadura militar, de maneira similar a Artigas.

José Armênio de Britto Cruz foi aluno de Artigas na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP), onde se formou. É sócio do escritório Piratininga e presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil, seção São Paulo (IAB/SP), órgão do qual seu antigo professor foi um dos fundadores.

Paulo Markun é jornalista. Seu livro mais recente é Brado Retumbante, que traz depoimentos sobre o período da ditadura militar. Amigo de Rosa Artigas, filha do arquiteto, frequentava sua casa – que consistia em um polo político importante.

Reginaldo Forti, genro de Artigas, é sociólogo e mestre em urbanismo.

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"O Desenho" (1967) marca o retorno do professor à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade de São Paulo (USP), depois do exílio e clandestinidade impostos pela ditadura civil-militar. Segundo Pedro Fiori Arantes, no livro Arquitetura Nova - Sérgio Ferro, Flávio Império e Rodrigo Lefèvre, de Artigas aos Mutirões, "contrariando a expectativa geral, Artigas decidiu taticamente ignorar a situação política e falar, simplesmente, sobre 'O desenho'. Apesar de não ter feito um discurso nos termos que o público imaginava, Artigas talvez tenha exposto ali, mais do que em qualquer outra oportunidade, o verdadeiro sentido que pretendeu imprimir à arquitetura". Leia a aula completa no Issuu | imagem: Acervo da Família Artigas

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Artigas em aula, no ano de 1982 | Imagem: Acervo da Família Artigas

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Por uma Formação Ampla do Arquiteto

Ciro Pirondi é um dos fundadores da Escola da Cidade. Formado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Braz Cubas e doutor pela Universidade Politécnica da Catalunha, de Barcelona, na Espanha, editou com outros arquitetos Vilanova Artigas, livro da série Arquitetos Brasileiros lançado em 1997.

Eduardo de Jesus Rodrigues é bacharel, mestre e doutor em arquitetura e urbanismo, além de livre-docente, pela Universidade de São Paulo (USP), onde leciona. Trabalhou no escritório de Artigas durante quatro anos.

José Armênio de Britto Cruz foi aluno de Artigas na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP), onde se formou. É sócio do escritório Piratininga e presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil, seção São Paulo (IAB/SP), órgão do qual seu antigo professor foi um dos fundadores.

Pedro Paulo de Melo Saraiva é arquiteto, urbanista e professor. Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, foi convidado por Artigas para trabalhar na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP), como seu assistente, em 1962. Os dois tornaram-se amigos e voltariam a colaborar em projetos, como no plano de reurbanização e readequação do Anhangabaú, não executado.

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Projeto de Renovação do Ensino da FAU/USP (1)

Imagem: Acervo da Família Artigas

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Projeto de Renovação do Ensino da FAU/USP (2)

Imagem: Acervo da Família Artigas

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Projeto de Renovação do Ensino da FAU/USP (3)

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Projeto de Renovação do Ensino da FAU/USP (4)

Imagem: Acervo da Família Artigas

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Discurso aos Formandos da FAU

"Aos Formandos da FAUUSP", discurso de paraninfo aos novos bacharéis da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade de São Paulo. Escrito durante o exílio — em novembro de 1964, no Uruguai — o texto foi lido no Brasil por Paulo Mendes da Rocha | Imagem: Acervo da Família Artigas

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Por um Futuro de Progresso e Felicidade

Paulo Mendes da Rocha é arquiteto, urbanista e professor. Recebeu o Pritzker, prêmio que, em arquitetura, tem o prestígio de um Nobel. Lecionou na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP), por convite de Artigas, de 1959 a 1998. Além dessa ocasião, trabalhou com ele durante o projeto do Conjunto Habitacional Zezinho Magalhães Prado, do programa Caixa Estadual de Casas para o Povo (Cecap).