Obra completa, rastros e restos do legado deixado por Barros

Geraldo de Barros (1923-1998) viveu a segunda metade do século XX com a preocupação constante de incluir a alteridade em seu projeto artístico, seja por meio da socialização da obra como objeto-forma em si – compreendida pelo que é, de fato, sem a necessidade de referências externas –, seja reelaborando símbolos da sociedade de consumo em pinturas monumentais ou figuras ameaçadoras. Num constante vaivém entre o íntimo e o público, também criou móveis acessíveis e modulares que têm acompanhado gerações de brasileiros, tornando sua obra quase familiar.
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Pintor, gravador, fotógrafo e designer de móveis, o artista carrega uma rica mistura de gêneros e técnicas em sua trajetória. De tudo isso, Geraldo nos deixou rastros e restos, com os quais ele mesmo brincou, batizando de Sobras sua última série de obras, nas quais tornou públicos certos traços de sua vida.
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Sua carreira é aqui retratada de forma cronológica, oferecendo-se uma visão panorâmica capaz de ressaltar as relações entre as práticas e as épocas. A mostra ainda é pontuada por palavras do próprio Geraldo e por uma seleção de documentos de seu arquivo pessoal.
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Michel Favre‍