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Ciclos de filmes dedicados a diretores como Carlos Nader, Joel Pizzini, Joel Zito Araújo, Júnia Rodrigues e Otto Guerra

A referência ao trabalho de realizadores ganha espaço na Itaú Cultural Play com mostras de títulos representativos da filmografia de cada um. Entre documentários, curtas e longas-metragens e animações, navegam por temas e estéticas diversas.

A diversidade de produção estética e temática é uma das características da Itaú Cultural Play. São mostras de filmes que vão de obras de Carlos Nader sobre o artista visual José Leonilson e o poeta Waly Salomão, a temáticas indígenas e poéticas pela câmera de Joel Pizzini, passando por obras documentais de Júnia Torres e de Joel Zito Araújo e pelas animações para adultos de Otto Guerra.

Para mencionar alguns, de Nader o catálogo traz A paixão de JL, que faz parte da Coleção Itaú Cultural. A obra, que ganhou o Prêmio de Melhor Documentário Brasileiro no Festival É Tudo Verdade, em 2015, é um ensaio poético sobre Leonilson, morto em 1993, vítima da AIDS, construído a partir de seu diário gravado em fitas cassete nos últimos anos de sua vida.

Pan-cinema permanente, também de Nader, é um documentário sobre o irreverente, e carismático poeta Waly Salomão. Vencedor do Prêmio de Melhor Documentário da Competição Nacional no Festival É Tudo Verdade, em 2008, e do Prêmio Especial do Júri da Associação Paulista de Críticos de Arte – APCA, no mesmo ano, o filme compõe o retrato do artista, para quem o mundo foi palco de performances.  

Ainda desse diretor, Homem comum, apontado como um dos melhores documentários brasileiros da última década, acompanha a vida e o cotidiano de um caminhoneiro em suas viagens. O road movie dá lugar a uma relação de amizade entre o diretor e sua personagem e a uma série de interrogações sobre os mistérios da existência e o sentimento enigmático do mundo.  Levou o Prêmio de Melhor Documentário Brasileiro de Longa-Metragem no Festival É Tudo Verdade, em 2014.

Entre as obras de Joel Pizzini nas mostras dedicadas a diretores brasileiros na Itaú Cultural Play, vale salientar 500 almas. Documentário de temática indígena, trata da redescoberta cultural e identitária dos Guatós, dados como extintos nos anos de 1960, e reencontrados anos depois na periferia de Corumbá. Com ele, o diretor ganhou o Prêmio de Melhor Documentário de Longa-Metragem no Festival do Rio, em 2005 e o de Melhor Documentário Latinoamericano no Festival de Mar Del Plata, em 2006.

Do mesmo diretor, tem o curta-metragem Caramujo-flor, baseado na obra do poeta nascido em Cuiabá (MT) Manoel de Barros. Com Ney Matogrosso, Almir Sater, Rubens Corrêa e Tetê Espíndola no elenco, ele acompanha duas personagens entre imagens inusitadas, natureza, cantos e caramujos. Considerado representante do cinema de poesia, conquistou o Prêmio de Melhor Direção e Fotografia no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, em 1988.

Também é de Pizzini Glauce: estudo de um rosto, um curta-metragem sobre a atriz Glauce Rocha, estrela de Terra em transe, de Glauber Rocha, disponível entre os filmes clássicos no catálogo da Itaú Cultural Play. A obra traz trechos de outras produções cinematográficas protagonizadas pela atriz, incluindo cenas inéditas de Terra em transe, dispensando depoimentos, fotos e biografia.

Entre os filmes de Júnia Torres, se encontra Aqui favela, o rap representa, um documentário sobre a cena do rap em São Paulo e Belo Horizonte, que ela dirigiu ao lado de Rodrigo Siqueira. Por este trabalho, eles receberam o Prêmio Manuel Diegues Jr. de Melhor Pesquisa e Roteiro na Mostra Internacional do Filme Etnográfico do Rio de Janeiro, em 2004.

Com a realizadora negra Isabel Casimira, Júnia é co-produtora de A rainha Nzinga chegou. O roteiro traça uma travessia pelo Atlântico, do Brasil a Angola, levando Isabel às matrizes africanas da festa do congado. O filme conquistou o Prêmio de Melhor Longa-Metragem na 3ª Mostra de Cinema Negro Adélia Sampaio, em 2019, e o Pierre Verger na Mostra de Filmes Etnográficos da Associação Brasileira de Antropologia, em 2019.

Outro diretor em destaque é Joel Zito Araujo. É dele, por exemplo, Cinderelas, lobos e um príncipe encantado, documentário de 2008 (confira suas obras em cartaz na plataforma em cinema de autoria negra). Das praias do Nordeste às cidades europeias, traz entrevistas de mulheres que viveram o sonho do príncipe encantado estrangeiro, mas acabaram no mercado de exploração sexual. Recebeu menção Honrosa no 10º Festival Internacional de Cinema de Brasília e o Prêmio de Melhor filme e Direção no 9ª Festival Iberoamericano de Cinema de Sergipe, em 2009.

O Itaú Cultural também aposta nas animações para adultos em suas seleções de filmes. Neste lançamento, Otto Guerra capitaneia o gênero, que também conta com produções animadas para crianças nos ciclos Cine Curtinhas.

Um de seus filmes em exibição é A cidade dos piratas, baseado nos quadrinhos e personagens da Laerte, em uma mescla de gêneros e referências, ficção e documentário. Ganhou menção honrosa no 46o Festival de Cinema de Gramado, em 2018, e os prêmios de Melhor Direção e Roteiro no 25º Festival de Cinema de Vitória, no mesmo ano. Até que a Sbornia nos separe é mais uma das animações de Guerra no catálogo. Ele divide a direção com Ennio Torresan Jr. na fictícia Ilha de Sbórnia, onde a festa embala a vida. Recebeu o Prêmio de Melhor Filme de Ficção pelo Júri Popular na 37ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, em 2013 e o de Melhor Longa-Metragem pelo Júri Popular e Melhor Direção de Arte no 41º Festival de Cinema de Gramado, em 2013.


Acesse aqui as informações e frames para download de todos os filmes destes diretores exibidos na Itaú Cultural Play.

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