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Mostras de autoria indígena e do Norte, Nordeste e Centro-Oeste com curadoria de convidados do universo audiovisual

A representação de todos os estados brasileiros é um dos pontos importantes da curadoria da Itaú Cultural Play. Assim, foram convidados realizadores e coletivos para elaborarem mostras de filmes das diferentes regiões do país.

Um olhar do centro, Reexistências audiovisuais nordestinas, O ser amazônico e Um outro olhar: cineastas indígenas são as mostras que inauguram o catálogo da Itaú Cultural Play e levam para os usuários produções de todos os estados brasileiros. A seleção dos filmes foi feita por curadores que acompanham o que tem sido realizado nos diferentes estados do Brasil.

O Mercado Sapi, espaço criado em Goiânia em 2014, para promover conexões, trocas e diálogos voltados ao audiovisual realizado no Centro-Oeste, assina a seleção para esta mostra, que apresenta a produção recente de todos os estados da região. Em cartaz estão filmes como Maria Luiza, documentário de Marcelo Diaz sobre a primeira transexual reconhecida na história das Forças Armadas Brasileiras e aposentada por invalidez, em um processo de marcada discriminação. Conquistou as premiações internacionais para Melhor Documentário Internacional no Humano Film Festival, no México, em 2020, e de Melhor Documentário no Festival Internacional de Cinema Queer de Merlinka, na Sérvia, em 2020.

De tanto olhar o céu gastei meus olhos é um curta-metragem com carreira internacional, dirigido por Nathália Tereza e rodado em Campo Grande (MT). Wagner e Luana foram abandonados pelo pai quando eram crianças. Certo dia, eles recebem uma carta do pai propondo um encontro depois de anos. A irmã recusa o convite. O irmão se interessa em conhecê-lo. O filme ganhou o Prêmio de Aquisição do Canal Curta/Porta Curtas no 28º Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo, em 2017.

Taego Ãwa, de Marcela e Henrique Borela, de Goiás, é um documentário de temática indígena, premiado como Melhor Filme no 19º Fica – Festival Internacional de Cinema Ambiental, em 2016, e lançado no mesmo ano no circuito comercial de cinema. A produção nasceu do contato dos cineastas com velhas fitas VHS, encontradas nos armários de uma universidade, que mostravam cenas cotidianas dos Ãwa. A partir delas, de novas filmagens e de conversas com os indígenas, os diretores restituem a voz e a imagem de um povo dado como desaparecido. Foi premiado como Melhor Filme no 19º Fica – Festival Internacional de Cinema Ambiental, em 2016.

Esta mostra exibe a produção recente de todos os estados do Nordeste, selecionada pelo Nordeste Lab. Criada em Salvador, em 2015, esta é uma plataforma de articulação e fomento dedicada ao desenvolvimento do audiovisual da região. Um dos filmes em exibição é Voltei! novo longa da dupla de cineastas do premiado Café com canela. Nessa tragicomédia fantástica, Ary Rosa e Glenda Nicácio põem novamente à prova a sua versão particular da “estética da fome” de Glauber Rocha. Um cinema feito de boa dramaturgia, elenco reduzido, locação única e altas doses de expressividade. A história se passa em 2030, em um Brasil distópico e com mau governo. Realizado em 2021, ainda não teve tempo de ser premiado.

De Ramon Porto Mota, A noite amarela é uma produção da Paraíba e, por enquanto, é o único filme de terror na programação da Itaú Cultural Play. Com Ana Rita Gurgel, Caio Richard, Clara Pinheiro e Felipe Espíndola no elenco, ele gira em torno da celebração do fim do ensino médio por um grupo de adolescentes em uma casa de praia situada em uma pequena ilha do Nordeste. O clima de festa vai se desfazendo para dar lugar a uma estranha sensação de que algo sobrenatural e ameaçador paira no ar.

O curta-metragem universitário realizado no Piauí, Memórias de quando metemos o pé na estrada, de Weslley Oliveira, celebra a amizade, a aventura e o imprevisto. Fiel a Jack Kerouac – autor de Pé na Estrada, cuja epígrafe aparece nos créditos iniciais –, o diretor relata uma viagem de três jovens na Odara, uma Kombi branca. Realizado em 2020, recebeu o Prêmio de Melhor Filme pelo Júri Popular na Mostra Arretada do Seridó Cine, neste ano.

Novamente marcando a representatividade regional da nova plataforma do Itaú Cultural, Iemanjá pela última vez é um documentário produzido no Maranhão. Dirigido por Denis Carlos, em 2017, e produzido de forma independente, o filme descreve o ritual de passagem de uma menina iluminada a quem a tradição e os deuses atribuíram uma missão religiosa. O documentário cearense Não fique triste, menino, dirigido por Clébson Oscar em 2018, é do gênero experimental. Trata-se de um ensaio audiovisual composto de forma livre, não-convencional, a partir de pinturas, narrações, filmagens amadoras e música. O filme propõe um exercício poético de associação de ideias sobre o mar e a memória.

Do Rio Grande do Norte, vem o documentário A parteira, realizado por Catarina Doolan em 2019. O filme registra com abertura e objetividade as ideias e a visão particular de Donana, herdeira de uma antiga linhagem de parteiras do estado com mais de meio século de experiência. Conquistou o Troféu Câmara Cascudo do Júri Popular na Mostra de Cinema de Gostoso, em 2019 e o Prêmio Jean Rouch de Melhor Média-Metragem no 2º FFEP – Festival do Filme Etnográfico do Pará, em 2019.

A seleção de filmes desta mostra é do Matapi – Mercado Audiovisual do Norte, uma plataforma de articulação e fomento dedicada ao desenvolvimento do audiovisual amazônico. Eles fizeram um recorte da produção recente de todos os estados do Norte.

A floresta de Jonathas, longa-metragem de estreia de Sérgio Andrade, é um deles. Um dos poucos longas de ficção feitos na região, é de 2012. O protagonista mora com a família em uma zona rural do Amazonas, ajudando o pai a vender frutas na estrada. O contato com os turistas o ajuda a saber o que acontece no mundo. Um dia, ao lado de amigos, do irmão e de uma ucraniana, ele vai acampar na mata e entra em uma aventura inesperada. Recebeu o prêmio de Melhor Ator para Begê Muniz no 9º AFF – Amazonas Film Festival, em 2012.

O curta-metragem policial Fronteira em combustão vem de Roraima, dirigido por Thiago Chaves Briglia na fronteira com a Venezuela. O filme se inspira nas produções do gênero em que o herói se divide entre o crime e a família. Ação e expectativa são as principais qualidades desta obra que pode ser descrita como um thriller brasileiro. Conquistou o Prêmio Chico Mendes de Melhor Roteiro no 14º Cineamazônia – Festival de Cinema Ambiental, em 2016.

Gigantes de Palmas é do Tocantins. Mostra uma manifestação folclórica do estado, e revela o espírito coletivo do fazer artístico entre indígenas e não-indígenas. O documentário dirigido em 2018 por Wertem Nunes, celebra, de maneira poética o hábil ofício dos bonequeiros e a importância da cultura como fator de reconhecimento identitário e de união entre as pessoas.  Mereceu o prêmio de Melhor Filme pelo Público no 5° Favera – Festival de Cinema Vera Cruz, em 2018.

Outro curta-metragem, Encantes - Histórias de Laranjal do Maracá, é de Cassandra de Olieira, do Amapá. Ele apresenta o folclore local, de cavernas, pinturas rupestres e de seus antigos habitantes. O pano de fundo é uma comunidade do interior do estado, que vive há décadas entre feiticeiras e seres encantados da floresta amazônica.

Documentarista, curadora, diretora do festival fórum.doc BH, Júnia Torres fez a seleção de filmes de autoria indígena para a o catálogo da Itaú Cultural Play. Entre eles, encontram-se no lançamento da plataforma As hiper mulheres, de Carlos Fausto, Leonardo Sette e Takumã Kuikuro, com produção do Vídeo nas Aldeias.

Este trabalho é um clássico do cinema de autoria indígena e um dos filmes do gênero mais premiados e conhecidos no Brasil. Em uma aldeia dos Kuikuro, no Mato Grosso, o último pedido de uma anciã para o seu companheiro é cantar no Jamurikumalu, o maior rito feminino do Alto Xingu. Levou o Kikito Especial do Júri e de Melhor Montagem no 39° Festival de Gramado, em 2011; o Candango de Melhor Som no 44° Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, em 2011; o Prêmio de Melhor Longa-Metragem no Festival de Cinema Brasileiro de Hollywood, Estados Unidos, em 2012, e o Prêmio Al Jazeera de Melhor Documentário no Festival de Cinema Latinoamericano de Vancouver, Canadá, em 2012.

Formado em cinema pelo Vídeo nas Aldeias, Divino Tserewahú tornou-se uma referência do audiovisual de autoria indígena. É dele Waiá rini, o poder do sonho, documentário que realizou em 2011. A partir do diálogo com seu pai, um dos líderes do Wai’ái, ele revela os segredos desse rito desconhecido, que inicia os jovens na vida espiritual. Trata-se de uma iniciação secreta, essencialmente masculina, na qual os garotos passam por provações e perigos.

Yãmĩyhex - as mulheres-espírito é um documentário de Sueli Maxakali, uma das primeiras mulheres indígenas a dirigir um filme, e Isael Maxakali. Têm esse nome, os espíritos femininos desse povo, que passam temporadas nas aldeias transmitindo força e autodeterminação. A despedida é acompanhada por uma longa festa. O filme capta a passagem destas mulheres-espírito pela terra de Aldeia Verde, em Minas Gerais, a partir da ótica Maxakali.

Acesse aqui as informações e frames para download de todos os filmes em exibição nestas mostras da Itaú Cultural Play

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